segunda-feira, janeiro 26, 2015

SOBRE A SIMPATIA DE HITLER PELO ISLÃO

Fontes:
http://actualidad.rt.com/actualidad/163839-hitler-islam-terrorismo-historia
http://www.wsj.com/articles/book-review-ataturk-in-the-nazi-imagination-by-stefan-ihrig-and-islam-and-nazi-germanys-war-by-david-motadel-1421441724
http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/books/reviews/islam-and-nazi-germanys-war-by-david-motadel-book-review-how-muslims-were-lured-to-the-nazi-cause-9888026.html
http://www.independent.co.uk/arts-entertainment/books/reviews/islam-and-nazi-germanys-war-by-david-motadel-book-review-how-muslims-were-lured-to-the-nazi-cause-9888026.html
*
Foi há poucas semanas publicado em Inglaterra um volume intitulado «Islam and Nazi Germany's war», ou «O Islão e a Guerra da Alemanha Nazi», da autoria de David Motadel, da Universidade de Cambridge. Motadel explica aqui como foi um «dos intentos mais vigorosos de politizar e instrumentalizar o Islão na História moderna», tentativa atribuída a Adolf Hitler no seu esforço de guerra contra a Judiaria e as Democracias.
As citações de palavras de Hitler aqui apresentadas indicam uma clara simpatia do ditador austríaco pelo credo de Mafoma: «a nossa desgraça foi termos escolhido a religião errada. Porque é que tem que ser o Cristianismo, com a sua obediência e sonolência?», terá Hitler perguntado, retoricamente, ao seu arquitecto, Albert Speer. De acordo com Motadel, Hitler via no Islão uma «Männerreligion» ou «religião de homens», anunciando que os «guerreiros de Islão» vão para o paraíso dos guerreiros onde terão à sua disposição as húrias, as ditas setenta e duas concubinas para cada homem. Dizia Hitler, segundo Motadel, que uma religião assim corresponderia melhor ao «temperamento alemão» do que «a imundice judaica e a frivolidade sacerdotal» do Cristianismo.
Como já foi noticiado neste blogue, Hitler admirava fervorosamente o primeiro presidente da Turquia, o ditador laico Mustafa Kemal Atatürk, nomeadamente no que respeita à submissão da religião ao Estado, à expulsão dos Gregos e à matança dos Arménios.
Afirma Motadel que durante a Segunda Guerra Mundial houve muçulmanos a lutar em ambos os lados, mas só entre os NS e os muçulmanos, acrescenta, haveria uma conexão político-espiritual, mercê do comum ódio à Democracia, aos Judeus e aos Bolcheviques.
Não deve esquecer-se entretanto a contribuição do embaixador da Alemanha no Egipto Eberhard von Stohrer. Depois de ter exercido este cargo, lançou a 18 de Novembro de 1941 um memorando com um «programa islâmico extensivo» e estabeleceu a atitude da Alemanha Nazi a respeito dos muçulmanos. A seu ver, o Islão era «similar ao Nacional-Socialismo»: ambas as ideologias partilhavam os valores da obediência ao líder, da crença na família e do empenhamento na guerra.

De notar que em  Abril de 1942 Hitler declarou que o Islão é «incapaz de cometer actos de terrorismo», tendo sido assim porventura o primeiro líder europeu a fazê-lo.

Durante a guerra, os muçulmanos das Balcãs foram incluídos pelas autoridades nazis na lista dos «Povos racialmente valiosos da Europa». O líder dos árabes da Palestina, Haj Amin al Husseini, Grande Mufti de Jerusalém - uma das maiores autoridades do mundo em matéria de Islão, note-se - recrutou milhares de muçulmanos para servir nas SS. Chegou a haver neste corpo de combate uma unidade de muçulmanos. Em Novembro de 1944, o Grande Mufti e Heinrich Himmler, comandante-chefe das SS, criaram em Dresden a Escola Militar de Imãs, sob os auspícios das SS. O escritório Alemão de Estrangeiros criou por seu turno um Instituto Central Islâmico em Berlim. 
A Irmandade Muçulmana, que hoje agita as hostes islâmicas, aceitou financiamento da Alemanha Nazi e muitos dos membros desta organização islamista apoiavam abertamente a propaganda nazi.
Depois do fim da guerra, alguns muçulmanos nazis terão conseguido entrar no governo da Arábia Saudita como assessores.


Pode também recordar-se, digo eu, que Hitler comentou em certa ocasião preferir que os Francos de Carlos Martel tivessem sido batidos pelos muçulmanos na Batalha de Tours (732), o que teria levado porventura à islamização da Europa...
Quanto à sua observação da atitude e fé guerreira dos muçulmanos, nomeadamente no que respeita à crença de que o combatente depois de tombar na batalha atinge o paraíso onde viverá lautamente, é verdade que similar conceito post-mortem existe também no mundo germânico original, é mesmo nisso que consiste o mito do Valhalla com as suas Valquírias e guerreiros mortos em combate. Mas o Islão está bem longe de ser só isso. O Islão é também sujeição total a Alá e obediência ao líder, como acima se lê, o que se coaduna com a índole anti-democrática e furherista do Nacional-Socialismo. Hitler, como germânico que era, lá saberia o que entende por «temperamento alemão», com isso não discuto, eu que nunca pus sequer os pés na Alemanha, mas lá que todo este espírito totalitário apresenta um aspecto bem pouco europeu, e muito oriental, lá isso apresenta, o que até bate certo com o facto de que Hitler tinha como grande inspirador um asiático, Kemal Atatürk, como aqui já foi referido há relativamente pouco tempo. Talvez isso não preocupasse demasiado o autor do Mein Kampf que certo dia terá comentado com desdém as frustres cabanas de lama dos primitivos germânicos que o excêntrico Heinrich Himmler andava a tentar pôr de pé, como aqui se lê: http://en.wikipedia.org/wiki/Greater_Germanic_Reich#Germanic_mysticism...


3 Comments:

Anonymous Carlos said...

Porém, os islâmicos daquela época não são como os de hoje.

Treinados e armados pela KGB durante décadas, doutrinados a ter ódio de tudo o que é ocidental, certamente o führer não mostraria a mesma simpatia se ainda estivesse vivo.

27 de janeiro de 2015 às 16:56:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

A Esquerda tem andado, desde pelo menos a última década, a defender e/ou desculpar o terrorismo islâmico e a travar uma "jihad" contra a "islamofobia" e os "islamófobos". Agora, como começa a ver a coisa a ficar mais apertada, ainda mais desde o atentado muçulmano contra o Charlie Hebdo, já anda a afrouxar a defesa fanática do Islão, tentando agora, numa atitude de puro descaramento, passar a ideia que isso é "coisa de nazis" e sacudindo assim a água do capote como se não fosse nada com eles.

28 de janeiro de 2015 às 11:12:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Porém, os islâmicos daquela época não são como os de hoje.»

Nada o indica, pelo contrário. O ódio islamista ao Ocidente - e a tudo o resto que não seja islâmico, mormente a Índia hindu - vem de longe e bem antes de Hitler ascender ao poder já Winston Churchill tinha salientado a intolerância e o perigo islâmico para o mundo.

29 de janeiro de 2015 às 20:59:00 WET  

Enviar um comentário

<< Home