GOVERNO CORTA TRINTA E SETE MILHÕES AOS IDOSOS
Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/economia/detalhe/governo_corta_37_milhoes_de_apoios_aos_idosos.html
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Em apenas nove meses deste ano, o Governo já reduziu em 37 milhões nos apoios aos idosos. Segundo a síntese da execução orçamental divulgada esta sexta-feira pela Direcção Geral do Orçamento (DGO), em Setembro deste ano, a despesa com Complemento Solidário para Idosos foi de 162,5 milhões de euros, menos 18,9 por cento do que em igual período do ano passado.
O Complemento Solidário para Idosos é uma prestação complementar à pensão que o idoso, com mais de 65, já recebe, que não superia os 167,69 euros, ou 251,58 euros no caso dos casais. Até maio deste ano, 30 mil idosos já tinham perdido esse apoio.
A austeridade imposta pelo Governo atingiu também as crianças e os jovens, isto numa altura em que mais de um quarto da população, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) encontra em privação material, uma situação que se agrava na população infantil, atingindo os 29,2 por cento. Segundo os números da DGO, o Governo cortou 23 milhões de euros no Subsídio Familiar para Crianças e Jovens (o abono de família), passando de 503,3 milhões, em setembro de 2013, para 480,1 em Setembro último (menos 4,6%).
O Rendimento Social de Inserção, o antigo rendimento mínimo garantido, também sofreu uma redução substancial, passando de 238,4 milhões de euros, em Setembro de 2013, para 222,5 milhões de euros em Setembro deste ano. Trata-se de uma redução de 15 milhões de euros (menos 6,7%).
Menos 75 milhões nos primeiros 9 meses
Os três apoios sociais somados (Complemento Solidário para Idosos, abono de família e RSI) representam já menos 75 milhões de euros, e ainda faltam três meses para terminar o ano.
Os cortes também se estendem aos apoios sociais substitutivos do rendimento do trabalho, como o subsídio de desemprego e apoio ao emprego, que passou de 2082 milhões de euros para 1 732 milhões de euros (menos 16,8%), ou seja, menos 350 milhões de euros.
Para o próximo ano, a situação não deverá melhorar, pois segundo o que está previsto no Orçamento de Estado, o Governo tenciona estabelecer um tecto no conjunto da despesa com apoios sociais para poupar 100 milhões de euros de uma assentada.
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Isto num país em que a deputagem tem sido notoriamente aumentada e em que os ricos são, consabidamente, cada vez mais ricos. É assim quando toda uma população não tem cultura democrática e cívica para se revoltar.
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