AS MALABARICES DE QUEM DIZ AOS OUTROS QUE VIVEM ACIMA DAS SUAS POSSIBILIDADES
Numa página Facebook, o artigo é de Louçã mas, não contendo comunistagens e politiquices correctas, alter-globalismos e abjectas anti-racistices, merece ser lido (texto a negro):
Malabarice, por Francisco Lousã
Um dia, P. Passos Coelho inventou este termo a propósito de qualquer coisa: malabarice. Não explicou, mas esta filha do malabarismo e da vigarice, que não existe ainda nos dicionários (pelo menos no Aurélio), foi uma magnífica contribuição para a literatura nacional, que só posso saudar.
Malabarice é o que estamos a viver hoje....
Malabarice é o secretário-geral do Parlamento apresentar informações falsas para proteger o seu correligionário, quando tem obrigação de prestar informações verdadeiras.
Malabarice é Passos Coelho fingir que abdicou de 10% a título de exclusividade quando recebia 15% por ser vice-presidente da bancada, o que o impedia de receber os malabaristas 10%.
Malabarice é receber um subsídio de reintegração quando já se tem um trabalho pago e se continua a ocupar o mesmo posto no mesmo trabalho pago.
Malabarice era uma empresa que pedia por intermédio de um amigo (Miguel Relvas) um financiamento de 1,2 milhões para formar 1063 técnicos para 9 aeródromos, dos quais só 3 estavam abertos e tinham dez trabalhadores.
Malabarice foi agora a explicação de Passos Coelho para o dinheiro que recebeu da Tecnoforma enquanto declarava exclusividade no Parlamento.
Malabarice é dizer que não recebeu qualquer remuneração certa e jogar com palavras, quando se fazia pagar em despesas de representação, que na época era a forma de não pagar imposto.
Malabarice é não dizer quanto recebeu nessas despesas de representação.
Malabarice é viver com subterfúgios para não pagar impostos e depois impor um colossal aumento de impostos aos trabalhadores e reformados.
Malabarice é dizer a todos os outros que vivem acima das suas possibilidades e usar todas as suas próprias possibilidades para não pagar os seus impostos.
A gente de rapina é assim... com toda a «idoneidade» moral dita leis e proclama necessidades austerizantes, exigindo ao povinho que se agache (ainda) mais porque tem de ser, e que se agache sem gemer nem ser piegas, é comer e calar, enquanto por outro lado saca à tripa forra sem pedir desculpas, dizendo-se perfeitamente justificado.
Imagino, divagando, o que é que malta desta seria capaz de fazer caso se visse na circunstância de ter de viver com o salário mínimo... deixar-se-iam estar, conformados?... Ou, pelo contrário, é deste material humano que se fazem os assaltantes de bancos e demais piratagem?...
Fica a questão.
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