NOS EUA - GOVERNO LOCAL DISCRIMINA SACERDOTES POLITEÍSTAS E OUTROS NÃO CRISTÃOS

Fonte: http://www.rawstory.com/rs/2014/05/23/virginia-county-board-says-no-followers-of-pre-christian-deities-allowed-to-deliver-prayers/?onswipe_redirect=no&oswrr=1

No Estado de Virgínia, EUA, a União pelas Liberdades Civis Americana (ACLU, no acrónimo em Inglês) acusa o governo local de ter violado a Constituição ao discriminar determinados líderes religiosos, impedindo-os de realizar orações antes de reuniões públicas.

Para quem não sabe, é comum nos EUA, tanto ao nível nacional como ao regional, que no início das sessões parlamentares se diga uma oração. E, no espírito de tolerância religiosa, estas rezas têm sido dadas não apenas por clérigos cristãos mas também por sacerdotes doutros credos.

O quadro director do governo convidou diversos sacerdotes locais para dirigirem uma prece e quase todos eles são cristãos. O mesmo organismo negou o pedido para que um sacerdote da religião pagã Wicca fosse um dos convidados. O governo local justificou esta atitude argumentando que o culto neo-pagão não está dentro da tradição judaico-cristã e «invoca Deidades politeístas, pré-cristãs.»

Esta afirmação levou a que a ACLU e a Americans United, outra organização de defesa dos direitos dos cidadãos, lançassem um processo contra o governo da Virgínia, acusando-o entretanto de discriminar também a congregação dos Sikhs. 

Estes dois agrupamentos dirigiram uma carta à autoridade governamental do município para expor o problema, aproveitando ainda para fazer notar que a alínea do regulamento correspondente que diz que os líderes religiosos que oficiarem a oração devem ser ordenados é problemática, visto que algumas religiões não requerem ordenação, enquanto outras nem clero tem sequer.