«THE PAGAN QUEEN» - «A RAINHA PAGû
Se o vídeo não funcionar, clicar aqui: https://www.youtube.com/watch?v=7x05ONFfwnM
Consegui finalmente, depois de cinco anos de espera e frequente busca, ter acesso ao filme que acima se pode, por enquanto, ver gratuitamente nesta ligação - aproveitai, leitores de bom gosto...
Trata-se de uma co-produção checo-norte-americana datada de 2009 que mistura lendas checas com material mitológico-folclórico da Europa Central, nomeadamente de herança germânica, embora o cerne da história seja obviamente eslavo, o que de resto nem é contradição das piores quando se tem em conta a proximidade étnica, histórica e geográfica entre as populações. A história, que se passa no tempo do Paganismo ainda não ameaçado ou sequer contaminado pelo Cristianismo, conta a lenda da fundação de Praga, capital dos Checos, tendo por cerne da narrativa uma rainha pagã que era vidente, Libuše de seu nome, lidando com o seu povo, os seus rivais, os seus amores e as suas irmãs, a curandeira Kazi e a sacerdotisa Teta. De lembrar que a mulher com poderes divinatórios constitui elemento importante do antigo folclore germânico - lembrar Aurínia, Veleda e outras, de que fala Tácito na sua obra «A Germânia», referindo o respeito imenso que os homens germânicos tinham por tal tipo de profetizas.
As paisagens são belas, as actrizes também, as imagens rituais embora simples e talvez demasiado curtas são de qualquer modo convincentes, lamenta-se é a relativa pobreza dos meios mas, sobretudo, que aquilo esteja falado em Inglês. Soa sempre a falso, quando não a palermice, ouvir tanta gente junta a expressar-se numa língua conhecida que não é a sua. Jovens e maduros trajados de peles a dar corpo à sua herança mitológica ancestral nas profundezas da Europa Central não deviam ter de falar o idioma da Coca-Cola e dos Mcburgueres e das pastilhas elásticas. É uma espécie de anti-climax mas sem piada. Corta-lhe violentamente muito do apelo étnico que poderia e deveria infundir. Não sei quem é que teve tal ideia, mas não me surpreenderia nada que mais uma vez os americanos tivessem lixado a coisa. E não arranjarem maneira de meterem ali um preto já foi uma sorte.
Mesmo assim a película vê-se bem e é mais uma para a relativamente ainda escassa contagem da filmografia épica de conteúdo étnico europeu.
As paisagens são belas, as actrizes também, as imagens rituais embora simples e talvez demasiado curtas são de qualquer modo convincentes, lamenta-se é a relativa pobreza dos meios mas, sobretudo, que aquilo esteja falado em Inglês. Soa sempre a falso, quando não a palermice, ouvir tanta gente junta a expressar-se numa língua conhecida que não é a sua. Jovens e maduros trajados de peles a dar corpo à sua herança mitológica ancestral nas profundezas da Europa Central não deviam ter de falar o idioma da Coca-Cola e dos Mcburgueres e das pastilhas elásticas. É uma espécie de anti-climax mas sem piada. Corta-lhe violentamente muito do apelo étnico que poderia e deveria infundir. Não sei quem é que teve tal ideia, mas não me surpreenderia nada que mais uma vez os americanos tivessem lixado a coisa. E não arranjarem maneira de meterem ali um preto já foi uma sorte.
Mesmo assim a película vê-se bem e é mais uma para a relativamente ainda escassa contagem da filmografia épica de conteúdo étnico europeu.
6 Comments:
... E o idoma também de Shakespeare, Joyce e Somerset Maugham.
O Inglês é a nova Lingua Franca.
Para travar a imigração «não devemos pagar-lhes médicos» diz le pen
http://www.tvi24.iol.pt/503/internacional/marine-le-pen-franca-imigrantes-ilegais-frente-nacional-melilla-extrema-direita/1547762-4073.html
O eurodeputado e cabeça de lista às eleições europeias do FPÖ (extrema-direita austríaca) afirmou que na União Europeia "só os alemães e os austríacos" é que trabalham, entre outras opiniões polémicas divulgadas esta semana.
"Todos se riem dos alemães e dos austríacos, dos portugueses aos [europeus] do Leste, dos suecos aos sicilianos, não se pode levá-los a sério, porque eles têm todos só um metro e sessenta", afirmou Andreas Mölzer, eurodeputado austríaco. Estas palavras foram proferidas num comício do FPÖ em Viena no mês passado,
http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3784370&seccao=Europa&utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook&page=-1
bem, eu tenho 1,80. sou mais alto que muito alemão. essa boca não me atinge.
Se é um filme sobre um povo Germânico então não há tantas "parvoíces" em dar preferência ao Inglês no lugar do Checo.
Não é um Povo germânico... é um Povo eslavo.
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