DISCURSO DE ABERTURA DOS II ESTADOS GERAIS DO PNR
Fonte: http://www.pnr.pt/sem-categoria/discurso-de-abertura-dos-ii-estados-gerais-pnr-pelo-vice-presidente/
Volvidos dois anos desde os primeiros Estados Gerais, e da introdução do Nacionalismo Renovador no panorama político nacional, é com grande grado que vejo e constato o seu crescimento e os primeiros frutos.
Não foi fácil no início: muitas dúvidas se colocaram, não tanto entre nós mas principalmente entre aqueles que nos rodeavam, pois tinham receio da perda da nossa identidade enquanto nacionalistas, de deixarmos cair alguns dos nossos Valores, de perdermos pedaços daquilo a que chamamos o nosso ADN.
Claro que estas questões não se colocavam nas nossas cabeças, pois nada disso estaria em causa: afinal era por essa Identidade e valores que lutávamos e estávamos dispostos a dar o passo em frente. O ADN era intransmutável, tal os nossos Valores e convicções. Esta necessária nova atitude seria para resgatar o Nacionalismo do gueto ideológico em que tinha mergulhado e da espiral de guerrilhas internas que não davam estabilidade ao partido, sendo essa uma das muitas razões para a nossa estagnação e para a incompreensão das nossas ideias por parte da sociedade civil e de muitos dos nossos, que apesar de se reverem no Nacionalismo não se reviam no PNR.
Este passo foi o culminar de muitos anos se experiências e tentativas frustradas de dar continuidade a um projecto. Na nossa mente, um dos objectivos que estava sempre presente era o de abrir o Nacionalismo à população em geral, deixar de falar para dentro das nossas hostes à procura da solução. Isso sim, era limitativo, e terminava sempre no mesmo: frustração e guerras internas. Sabíamos que, para o PNR crescer, necessitávamos de gente nova, gente que não estivesse presa ao passado nem com os vícios adquiridos. Sangue novo com novas ideias eram o caminho e seriam o futuro.
Tivemos de começar praticamente do zero, arrumar a casa e dar a conhecer o Nacionalismo Renovador para então crescermos. Claro que nem todos estavam abertos a isso, havia os que queriam ficar agarrados ao passado, ao conforto daquilo que conheciam: ideias novas não seriam para eles, estavam mais à vontade em discutir ideias hoje passadistas mas de pessoas que no seu tempo fizeram história e tiveram a coragem para serem inovadores e construírem algo de raiz, algo que os nossos passadistas ainda não entenderam. O que teria sido dos seus ídolos se, naqueles tempos passados, não tivessem tido a coragem de ser inovadores?
Esses, de uma forma natural (e por vezes não tão natural) afastaram se e seguiram o seu próprio caminho. Ainda bem, e esse foi o seu contributo para o Nacionalismo Renovador: não estando dispostos a aceitá-lo, então saíram e, ao menos, não ficaram a servir de entrave.
Então, com a possibilidade de começar praticamente tudo de novo, mas com a experiência do passado, pudemos dar início a este projecto, começar a necessária limpeza de imagem, continuar a adaptar o nosso programa político em função da conjuntura e da realidade, procurar atrair novos quadros fiéis à nossa ideia, organizar um conjunto de acções que pudessem granjear simpatias e atrair novos militantes, adoptar uma nova imagem com cores mais atraentes e modernas, adoptar uma linguagem mais actual e mais perceptível por parte da população e utilizar palavras chave mais construtivas e positivas. Afinal de contas, e disto sempre soubemos, grande parte da população pensa como nós, nem que seja em surdina, mas não vota em nós. E há que inverter esta situação. Este fora, de resto, um dos muitos obstáculos encontrados: o problema da comunicação, ou melhor, da incapacidade que tínhamos demonstrado em comunicar.
Bem sei que sofremos de um bloqueio mediático deliberado pela comunicação social a nível nacional, muito desse bloqueio resultado de erros cometidos pelos nacionalistas no passado, mas também de uma mentalidade adversa aos ideais nacionalistas que resultou da revolução de 74 e, actualmente, até mesmo de directivas Europeias que pretendem excluir todos aqueles que não adoptem o pensamento da nova ordem europeia, aliada da nova ordem mundial.
Outro dos muitos problemas era o de encontrar militantes que estivessem dispostos a dar a cara pelo Nacionalismo e estivessem preparados para falar em nome do mesmo.
Muitos encaravam o Nacionalismo da mesma forma como se encara uma sociedade secreta, não davam o nome em publico nem a cara e, quando tinham de falar em nome dos nossos ideias, deixavam-se enredar pelas perguntas manhosas dos jornalistas à procura de vender jornais. O resultado era sempre uma viagem ao passado, uma disputa entre comunismo, liberalismo e fascismo, em suma, nada de construtivo para o presente e muito menos uma visão para o futuro.
Esta foi mais uma das vitórias do Nacionalismo Renovador: o grande teste foram as últimas Eleições Autárquicas, nas quais, em vários pontos do País, tivemos candidatos dispostos a dar a cara, com uma mensagem coerente e atraente e sem a eterna preocupação do regresso ao passado, afinal já tínhamos algo de novo para mostrar e estávamos concentrados no futuro.
Pela primeira vez, também nos foi dada a possibilidade de dar entrevistas na comunicação social local. Muitos de nós, candidatos, já tínhamos um trabalho de base realizado e os jornalistas e os jornais locais já sabiam da nossa existência. Tínhamos algo para mostrar e acima de tudo, credibilidade para falar. Que sensação tão boa essa, vivida por muitos de nós ao vermos que o esforço começava a dar frutos e que as populações estavam interessadas em ouvir o que tínhamos para transmitir e propor!
Chegamos à parte dos resultados, da concretização: as expectativas por mim colocadas não eram muito elevadas tendo em conta a nossa escassez de meios para fazermos uma campanha que chegasse a toda a gente. Mesmo assim, no caso de Alcobaça, triplicámos a votação, e tenho consciência de que todos os candidatos fizeram tudo o que estava ao seu alcance para que o partido pudesse crescer em votos. Mas, muitas vezes, isso não chega: costumo dizer que tivemos um resultado proporcional aos meios disponíveis e empregues.
O boicote da comunicação social a nível nacional, os inexistentes recursos financeiros, a inexperiência da parte dos nossos candidatos e o facto de fazermos isto a part time – pois o PNR não tem dinheiro para pagar a funcionários e, ao contrário de outros, nós temos de trabalhar nas nossas profissões para podermos ter comida à mesa – foram factores determinantes para os parcos resultados, mas foi sem dúvida um começo.
Os objectivos destes Estados Gerais são:
- Abrir o Nacionalismo a quem o queira conhecer e dar a conhecer o partido a quem normalmente não participa nas nossas acções.
- Envolver e convidar a participar aqueles que nos acompanham, de forma também a poderem dar o seu contributo nas linhas gerais do partido.
- Trabalhar e enriquecer as linhas mestras do programa e assim consolidar o Nacionalismo Renovador.
- Dar a conhecer o nosso candidato para as Europeias e fornecer-lhe mais algumas ferramentas para a sua árdua batalha.
- Fazer deste evento uma festa e um convívio da grande família nacionalista renovadora!
O que pretendemos é que se debata estes assuntos, com o pensamento no presente e de alguma forma a projectar o futuro.
Estamos atentos principalmente aos resultados e ao crescimento do nosso partido congénere em França, e também nosso aliado na AEMN, a Front National.
A FN teve a capacidade de olhar e pensar no futuro de França, abandonou os passadismos e optou por uma imagem moderna, apelativa e adequada à sua realidade. Sim, alguns até podem dizer que fizeram concessões, mas o que seria da FN se mantivesse a mesma postura e atitude dos anos 70? Provavelmente, acabaria, e com ela as esperanças de milhões de franceses, numa França livre e que albergasse franceses livres!
Esta não é uma luta pelos nossos umbigos e vaidades, tudo isso terá de ser deixado de lado: temos um objectivo e tudo faremos para o cumprir.
Nós, tal como eles, só temos duas opções: ou nos adaptamos e tentamos salvar o essencial, ou fechamo-nos e deixamos que o rolo compressor do Mundialismo nos esmague. Não temos a poção mágica de uma famosa aldeia gaulesa, que nos faça resistir eternamente.
Volvidos dois anos desde os primeiros Estados Gerais, e da introdução do Nacionalismo Renovador no panorama político nacional, é com grande grado que vejo e constato o seu crescimento e os primeiros frutos.
Não foi fácil no início: muitas dúvidas se colocaram, não tanto entre nós mas principalmente entre aqueles que nos rodeavam, pois tinham receio da perda da nossa identidade enquanto nacionalistas, de deixarmos cair alguns dos nossos Valores, de perdermos pedaços daquilo a que chamamos o nosso ADN.
Claro que estas questões não se colocavam nas nossas cabeças, pois nada disso estaria em causa: afinal era por essa Identidade e valores que lutávamos e estávamos dispostos a dar o passo em frente. O ADN era intransmutável, tal os nossos Valores e convicções. Esta necessária nova atitude seria para resgatar o Nacionalismo do gueto ideológico em que tinha mergulhado e da espiral de guerrilhas internas que não davam estabilidade ao partido, sendo essa uma das muitas razões para a nossa estagnação e para a incompreensão das nossas ideias por parte da sociedade civil e de muitos dos nossos, que apesar de se reverem no Nacionalismo não se reviam no PNR.
Este passo foi o culminar de muitos anos se experiências e tentativas frustradas de dar continuidade a um projecto. Na nossa mente, um dos objectivos que estava sempre presente era o de abrir o Nacionalismo à população em geral, deixar de falar para dentro das nossas hostes à procura da solução. Isso sim, era limitativo, e terminava sempre no mesmo: frustração e guerras internas. Sabíamos que, para o PNR crescer, necessitávamos de gente nova, gente que não estivesse presa ao passado nem com os vícios adquiridos. Sangue novo com novas ideias eram o caminho e seriam o futuro.
Tivemos de começar praticamente do zero, arrumar a casa e dar a conhecer o Nacionalismo Renovador para então crescermos. Claro que nem todos estavam abertos a isso, havia os que queriam ficar agarrados ao passado, ao conforto daquilo que conheciam: ideias novas não seriam para eles, estavam mais à vontade em discutir ideias hoje passadistas mas de pessoas que no seu tempo fizeram história e tiveram a coragem para serem inovadores e construírem algo de raiz, algo que os nossos passadistas ainda não entenderam. O que teria sido dos seus ídolos se, naqueles tempos passados, não tivessem tido a coragem de ser inovadores?
Esses, de uma forma natural (e por vezes não tão natural) afastaram se e seguiram o seu próprio caminho. Ainda bem, e esse foi o seu contributo para o Nacionalismo Renovador: não estando dispostos a aceitá-lo, então saíram e, ao menos, não ficaram a servir de entrave.
Então, com a possibilidade de começar praticamente tudo de novo, mas com a experiência do passado, pudemos dar início a este projecto, começar a necessária limpeza de imagem, continuar a adaptar o nosso programa político em função da conjuntura e da realidade, procurar atrair novos quadros fiéis à nossa ideia, organizar um conjunto de acções que pudessem granjear simpatias e atrair novos militantes, adoptar uma nova imagem com cores mais atraentes e modernas, adoptar uma linguagem mais actual e mais perceptível por parte da população e utilizar palavras chave mais construtivas e positivas. Afinal de contas, e disto sempre soubemos, grande parte da população pensa como nós, nem que seja em surdina, mas não vota em nós. E há que inverter esta situação. Este fora, de resto, um dos muitos obstáculos encontrados: o problema da comunicação, ou melhor, da incapacidade que tínhamos demonstrado em comunicar.
Bem sei que sofremos de um bloqueio mediático deliberado pela comunicação social a nível nacional, muito desse bloqueio resultado de erros cometidos pelos nacionalistas no passado, mas também de uma mentalidade adversa aos ideais nacionalistas que resultou da revolução de 74 e, actualmente, até mesmo de directivas Europeias que pretendem excluir todos aqueles que não adoptem o pensamento da nova ordem europeia, aliada da nova ordem mundial.
Outro dos muitos problemas era o de encontrar militantes que estivessem dispostos a dar a cara pelo Nacionalismo e estivessem preparados para falar em nome do mesmo.
Muitos encaravam o Nacionalismo da mesma forma como se encara uma sociedade secreta, não davam o nome em publico nem a cara e, quando tinham de falar em nome dos nossos ideias, deixavam-se enredar pelas perguntas manhosas dos jornalistas à procura de vender jornais. O resultado era sempre uma viagem ao passado, uma disputa entre comunismo, liberalismo e fascismo, em suma, nada de construtivo para o presente e muito menos uma visão para o futuro.
Esta foi mais uma das vitórias do Nacionalismo Renovador: o grande teste foram as últimas Eleições Autárquicas, nas quais, em vários pontos do País, tivemos candidatos dispostos a dar a cara, com uma mensagem coerente e atraente e sem a eterna preocupação do regresso ao passado, afinal já tínhamos algo de novo para mostrar e estávamos concentrados no futuro.
Pela primeira vez, também nos foi dada a possibilidade de dar entrevistas na comunicação social local. Muitos de nós, candidatos, já tínhamos um trabalho de base realizado e os jornalistas e os jornais locais já sabiam da nossa existência. Tínhamos algo para mostrar e acima de tudo, credibilidade para falar. Que sensação tão boa essa, vivida por muitos de nós ao vermos que o esforço começava a dar frutos e que as populações estavam interessadas em ouvir o que tínhamos para transmitir e propor!
Chegamos à parte dos resultados, da concretização: as expectativas por mim colocadas não eram muito elevadas tendo em conta a nossa escassez de meios para fazermos uma campanha que chegasse a toda a gente. Mesmo assim, no caso de Alcobaça, triplicámos a votação, e tenho consciência de que todos os candidatos fizeram tudo o que estava ao seu alcance para que o partido pudesse crescer em votos. Mas, muitas vezes, isso não chega: costumo dizer que tivemos um resultado proporcional aos meios disponíveis e empregues.
O boicote da comunicação social a nível nacional, os inexistentes recursos financeiros, a inexperiência da parte dos nossos candidatos e o facto de fazermos isto a part time – pois o PNR não tem dinheiro para pagar a funcionários e, ao contrário de outros, nós temos de trabalhar nas nossas profissões para podermos ter comida à mesa – foram factores determinantes para os parcos resultados, mas foi sem dúvida um começo.
Os objectivos destes Estados Gerais são:
- Abrir o Nacionalismo a quem o queira conhecer e dar a conhecer o partido a quem normalmente não participa nas nossas acções.
- Envolver e convidar a participar aqueles que nos acompanham, de forma também a poderem dar o seu contributo nas linhas gerais do partido.
- Trabalhar e enriquecer as linhas mestras do programa e assim consolidar o Nacionalismo Renovador.
- Dar a conhecer o nosso candidato para as Europeias e fornecer-lhe mais algumas ferramentas para a sua árdua batalha.
- Fazer deste evento uma festa e um convívio da grande família nacionalista renovadora!
O que pretendemos é que se debata estes assuntos, com o pensamento no presente e de alguma forma a projectar o futuro.
Estamos atentos principalmente aos resultados e ao crescimento do nosso partido congénere em França, e também nosso aliado na AEMN, a Front National.
A FN teve a capacidade de olhar e pensar no futuro de França, abandonou os passadismos e optou por uma imagem moderna, apelativa e adequada à sua realidade. Sim, alguns até podem dizer que fizeram concessões, mas o que seria da FN se mantivesse a mesma postura e atitude dos anos 70? Provavelmente, acabaria, e com ela as esperanças de milhões de franceses, numa França livre e que albergasse franceses livres!
Esta não é uma luta pelos nossos umbigos e vaidades, tudo isso terá de ser deixado de lado: temos um objectivo e tudo faremos para o cumprir.
Nós, tal como eles, só temos duas opções: ou nos adaptamos e tentamos salvar o essencial, ou fechamo-nos e deixamos que o rolo compressor do Mundialismo nos esmague. Não temos a poção mágica de uma famosa aldeia gaulesa, que nos faça resistir eternamente.
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