segunda-feira, dezembro 16, 2013

PNR DENUNCIA ATENTADO À CALÇADA PORTUGUESA

A calçada portuguesa é um dos símbolos inalienáveis da nossa identidade, dá uma decoração maravilhosa às nossas cidades e já há muito tempo que faz parte do nosso imaginário nacional.
Em especial na cidade de Lisboa, esta verdadeira forma de arte, que já deveria ter sido classificada como Património da Humanidade, proporciona uma luminosidade e uma alvura que não têm paralelo em mais nenhum lugar, embeleza a cidade e atrai muitos turistas, não só à chamada “Zona Histórica” mas também a outros pontos.
Recentemente, resolveu o dr. António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, perpetrar mais um ataque à nossa identidade cultural, desta vez através da destruição de uma boa parte da calçada portuguesa que adorna as ruas de Lisboa.
Para juntar ao não declarado e já conhecido desrespeito inato pela cultura portuguesa que demonstram os políticos deste regime pró-subserviência ao estrangeiro, o pretexto apresentado pelo dr. António Costa para este atentado é o de melhorar a mobilidade dos idosos. Propõe-se pois o autarca a acabar com a calçada portuguesa na sua quase totalidade, deixando-a apenas nas “zonas turísticas”. Sendo um dever de qualquer responsável político tomar as medidas necessárias para tornar o quotidiano dos idosos mais confortável, a verdade é que não vemos em Lisboa quaisquer outras obras – bem mais urgentes – que facilitem a mobilidade dos nossos idosos, nem a calçada foi um problema assim tão grave, ao longo dos anos, para tantas e tantas gerações de idosos que já a percorreram. No entanto, o dr. Costa persiste em acreditar que este ataque ao nosso legado cultural é indispensável para a mobilidade. Curiosamente, não o vemos a mandar construir rampas de acesso às passadeiras, nem sequer o vemos a lutar contra a criminalidade que a partir de certas horas impõe um verdadeiro recolher obrigatório aos nossos idosos em certas zonas de Lisboa. Ou sequer a melhorar os pavimentos, que estão uma autêntica vergonha, em muitos dos quais só de jipe se torna aconselhável transitar. Com a sua mente condicionada pelo universalismo socialista, o dr. António Costa prefere pois uma medida que, como se já não bastasse ser questionável, implica a destruição do nosso legado cultural. “Também torna a manutenção dos passeios mais económica”, lê-se nas entrelinhas. De facto, nada como o cheiro do dinheiro para tornar esta classe política de incapazes em gente capaz de tudo, até mesmo de atentar contra a identidade da terra onde nasceu.

Perante esta situação o PNR propõe:

- o início de um processo que vise a classificação da Calçada Portuguesa como Património da Humanidade por parte da UNESCO.
- a reforma da escola de calceteiros, de modo a que forme profissionais qualificados e competentes.
- a valorização da profissão de calceteiro, para impedir a sua saída para o estrangeiro, situação cada vez mais frequente.
- a classificação da Calçada Portuguesa como Património Nacional e proibir a sua destruição onde ela exista.
- a restauração e a nivelação de todos os trechos da calçada que se encontrem degradados e desnivelados.
- a construção de rampas de acesso às passadeiras e edifícios públicos, de forma a facilitar a mobilidade dos idosos e incapacitados.
Pela defesa do nosso legado cultural e da nossa identidade nacional! Por uma Lisboa, Cidade Portuguesa!

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não sei o que seria deste país sem o PNR...

16 de dezembro de 2013 às 18:30:00 WET  
Anonymous Cunistorgis said...

A destruição patrimonial em Portugal tem longa História e deve-se à falta de valores das elites. Elites com valores houve num passado distante, recordo as lutas dos primeiros reis contra a Igreja ou a moirama.

Mas voltando à destruição patrimonial, se repararem até por volta dos anos 40/50 as nossas cidades seguiram os traços europeus, mas já Salazar destruiu imenso património desnecessariamente em Lisboa, Porto ou Coimbra.

É nos anos 60 que começa o grande descalabro, é introduzido o mamarracho, e as cidades começam a parecer dignas da América latina ou do Magrebe. Ele é antenas, portas e janelas em alumínio, marquises, edifícios de boa traça e volumetria demolidos, o azuleja rasca de WC pindérico a cobrir fachadas, fios de electricidades, lixo, escumalha social a vender droga nas ruas, comércio tradicional tomado por chineses ou indianos...

Há vilas e cidades destruídas em 40 anos, agora parecem dignas do Norte de África, caso de Olhão!

Isto precisa de uma Quarta República com urgência que faça a devida renovação moral às elites e ao povo.

Mas laica, nada de católicozinhos adeptos do Portugal de Timor ao Minho e das tropicalidades.

16 de dezembro de 2013 às 19:08:00 WET  
Anonymous Cunistorgis said...

Só uma curiosidade. Qual a origem da chama como símbolo? Se quiseres responde-me por e-mail, se não quiseres dizer aqui. É aquilo do paganismo que estou a pensar?

16 de dezembro de 2013 às 20:31:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não sei exactamente qual a origem da chama como símbolo nacionalista. Aqui neste curioso texto
http://www.academia.edu/1752119/The_Branding_of_European_Nationalism_perpetuation_and_novelty_in_racist_symbolism
diz-se que a intenção do uso de tal imagem se prende com a evocação do fogo da purificação, mas lá que há aqui uma excepcional, e magnífica, digo eu, coincidência, disso não restam dúvidas - efectivamente, em Roma, berço da Latinidade que herdámos, todo o lar e também a própria cidade de Roma tem o seu fogo sagrado, centro e fulcro do espaço e da estirpe, a chama de Vesta, Deusa do Fogo Sagrado do Lar e da Pátria. Como alguém notou aqui, os partidos nacionalistas que ostentam a chama como emblema são todos latinos ou quase todos...

17 de dezembro de 2013 às 02:54:00 WET  
Anonymous Cunistorgis said...

Associava a chama a outro símbolo pagão. Hei-de investigar.

19 de dezembro de 2013 às 18:34:00 WET  
Blogger Caturo said...

Qual?

19 de dezembro de 2013 às 20:32:00 WET  

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