segunda-feira, dezembro 09, 2013

ISLANDESES REJEITAM SUJEIÇÃO

Agradecimentos ao camarada RC por ter dado a conhecer este artigo: http://noticiasdealmeirim.pt/doss_economia_completo.asp?id=26
O ministro islandês dos negócios estrangeiros, Gunnar Bragi Sveinsson, anunciou recentemente ao parlamento nacional que a vontade da população islandesa vai agora ser respeitada.
Após meses de conflitos abertos com a "União europeia" relativos à pesca, e numa altura em que o país estava a ser alvo de sanções comerciais por parte da comissão europeia, a coligação governamental de centro-direita recentemente eleita em Abril de 2013, decidiu por um termo final ao processo de adesão à União Europeia, cumprindo assim a sua promessa eleitoral.
Mesmo se o teor do anúncio foi obviamente declarado com uma inevitável "redondeza diplomática", esta decisão histórica torna-se definitiva; aliás o ministro declarou frente ao parlamento: "Dissolvemos a equipa e os grupos de negociação, e a partir de hoje, não haverá mais nenhuma reunião com os representantes da UE".
O governo da Islândia afirmou assim claramente enterrar o processo de adesão à União Europeia, que tinha sido iniciado em 2009.
A hipótese de referendar a decisão da adesão foi rejeitada, sabendo que as diversas sondagens sempre apontaram para o facto da maioria da população islandesa desejar conservar a sua liberdade e soberania, que perderiam se aderissem à UE.
O governo islandês apontou para o desejo óbvio de continuar a manter uma boa comunicação assim como óptimas relações com a UE e as nações envolvidas, sem porém aderir à mesma.
Enquanto os países dominados pela "união europeia" lutam para salvar o sector bancário em total colapso, condenando as suas empresas e economias e sacrificando as suas respectivas populações, a Islândia segue uma direcção completamente oposta.
Após a grave eclosão da crise criada pelos bancos islandeses em 2008, a Islândia encontra-se agora no caminho da recuperação económica. A taxa de desemprego recuou de 9,5 para menos de 4,4%. Com a economia em clara expansão as importantes desigualdades salariais foram reduzidas, o orçamento de Estado está praticamente equilibrado, e o Pais encontra-se manifestamente numa lógica de dinâmica positiva, que o fez começar a sair da crise.
A população islandesa interrogada por referendo relativamente ao pagamento das dividas aos credores, respondeu pela negativa, considerando que os credores tinham tirado benefícios e lucros gigantescos durante muitos anos, com os juros supostos cobrir os riscos dos empréstimos, e que a negação do pagamento da divida era legítima.
A Islândia decidiu assim limpar a mesa. Nacionalizou os seus bancos, e os antigos políticos e banqueiros considerados como culpados da situação abismal financeira à qual tinha chegado o Pais, foram julgados ou estão em vias de o ser.
A vontade de salvaguardar a sua soberania permitiu à população recolocar o país numa lógica de crescimento. Hoje o poder de compra médio dos islandeses já está praticamente ao nível em que se encontrava antes da crise. Nestas condições, não existe nenhum motivo para que a nação mergulhe no caos no qual se encontram os países submetidos às inteiras ordens de Bruxelas, o caminho considerado pelos islandeses como o da mediocridade, da falta de liberdade e da decadência.
A nação afasta-se do colapso da UE, e imitando nações como a Noruega ou a Suíça, livres da união europeia, e que se encontram com economias em bom estado, níveis de desemprego baixíssimos, economias em expansão, e populações gozando plenamente dos seus direitos, da sua liberdade e soberania.
A Islândia conseguiu mostrar que além de ser uma nação de fraca dimensão (um pouco maior que Portugal), deseja porém gozar da sua soberania, da sua moeda, dos reguladores económicos que são as suas fronteiras, e poder livremente actuar em total liberdade, não se submetendo às directivas ordenadas pelos tecnocratas da UE e os tratados europeus, podendo assim levar a cabo livremente politicas e escolhas conjunturais adequadas com as necessidades e a realidade do País.
Os Islandeses decidiram eleger os políticos que lhes prometeram não aderir à UE. E a promessa foi cumprida. Como o aponta a imprensa de certos países da Europa: "A Islândia é uma grande nação, composta por gente gigante".

Notas breves:
População islandesa: 322 mil habitantes (2/3 da população do Luxemburgo)
Superfície da Islândia: 123 mil km² (30% maior que Portugal, 4 vezes maior que a Bélgica e 47 vezes maior que o Luxemburgo)
PIB per capita: 33.100 Euros (Um PIB próximo do PIB per capita da Bélgica, e 37% do PIB per capita do Luxemburgo).


Nem sequer sou daqueles que acha que a UE é um bicho papão. E não tenho interesse nenhum em que Portugal saia de tal organização - sabendo como é a merda da elite tuga, tugo-tropicalista, pró-brasuca e cheia de desprezo pelo povo, facilmente se imagina como o País rapidamente seria atirado para o terceiro-mundo, por vontade de muita gentinha até se colocavam cargas explosivas ao longo da fronteira com Espanha para que o rectângulo português se deslocasse daqui para fora como jangada de pedra ao encontro das Afro-Américas meridionais, com cheirinho quentinho a moamba, a samba e a massa popular alegre trabalhando por tuta e meia e aguentando o seu quotidiano de tropical sorriso na face... 
No nosso caso, e mal por mal, antes a U.E....



9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Como é que vais retirar a nacionalidade aos alógenos estando na UE? Como é vais deportar os milhões de alógenos que tens cá estando na UE?
Nem penses nisso que a UE não deixava.

9 de dezembro de 2013 às 18:45:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não deixa? Quem é que disse que não deixa? Se os principais governos da UE tiverem nacionalistas no poder, achas que não deixa? Eu acho que deixa ou pelo menos não se opõe.

9 de dezembro de 2013 às 18:48:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

A UE tem regras antifas, e portanto não, não deixava.
E estar à espera que os principais governos da UE sejam nacionalistas é o mesmo que estar à espera que saía o euromilhões.

9 de dezembro de 2013 às 18:52:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não. Estar à espera que Portugal tenha um governo nacionalista agora é que é como esperar ganhar o euromilhões. Muito, mas muito mais facilmente os nacionalistas chegam ao poder em França, ou na Áustria, por exemplo, ou mesmo na Suécia, ou em Itália, ou até na Grécia, que em Portugal. Portanto, é bem mais fácil a UE deixar de ter regras antifas do que Portugal.

9 de dezembro de 2013 às 19:16:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Parece-me que grande parte desses nacionalistas quer sair da UE.

9 de dezembro de 2013 às 19:37:00 WET  
Blogger Caturo said...

Pois quer. E se os seus países saírem mesmo da UE antes que o Nacionalismo se fortaleça em Portugal, então aí é que Portugal está seriamente fodido.

9 de dezembro de 2013 às 19:48:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ou então não, que se esses países saírem da UE, esta será destruída, e que implicará o fim da mama para as forças do sistema, o que abrirá as portas para a ascensão da extrema-direita.

9 de dezembro de 2013 às 20:11:00 WET  
Blogger Caturo said...

Cá seria cedo de mais para isso. A Extrema-Direita portuguesa, ainda pequena, seria abafada pelo poder que substituísse as forças do sistema.

9 de dezembro de 2013 às 20:27:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

A extrema-esquerda é demasiado heterogénea para chegar rapidamente ao poder, e portanto a extrema-direita portuguesa terá tempo para crescer muito.

9 de dezembro de 2013 às 21:48:00 WET  

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