sexta-feira, dezembro 06, 2013

INQUISIÇÃO ANTI-RACISTA JÁ TEM INDEX MUSICORUM PROHIBITORUM (ÍNDICE DE MÚSICAS PROIBIDAS) NA ALEMANHA

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://www.publico.pt/mundo/noticia/policia-alema-desenvolve-aplicacao-para-identificar-musica-neonazi-1615173
A música é uma das maiores armas de recrutamento de jovens para grupos neonazis na Alemanha, e para fazer diminuir o seu uso entre os neonazis, a polícia do estado federado da Saxónia desenvolveu uma aplicação para que os agentes possam rapidamente identificar se uma música está na lista das que têm letras neonazis ou racistas, um sistema semelhante ao Shazam que, depois de gravar alguns segundos de uma canção, identifica nome do tema e autor.
A polícia regional do estado do Leste alemão – um dos dois estados federados em que o partido de extrema-direita NPD tem deputados no parlamento – sublinha a vantagem de poder "poupar recursos e permitir identificações muito rápidas" de algumas músicas. No ano passado, 79 temas com letras que glorificam o nazismo ou racistas foram incluídos numa lista de um organismo de supervisão de media prejudiciais a menores (e que têm restrições à sua venda, e não podem ser acessíveis a menores de 18 anos), diz a revista Der Spiegel. A lista tem um total de 1090 músicas, diz o diário britânico The Guardian.
A polícia usaria a aplicação para intervir rapidamente se esta identificasse alguma destas músicas em concertos ou manifestações de extrema-direita, e poderia ainda mais facilmente detectar a sua emissão em rádios online.
Os temas neonazis são em geral de géneros mais pesados, como rock ou heavy metal, mas há cada vez mais variedade de género musical. "Temos encontrado de quase tudo, excepto bandas de swing de extrema-direita", brinca o especialista em radicalismo de direita Bernd Wagner ao Guardian.
E, tal como evitam dizer "Heil Hitler", codificando-o num "88" (H é a oitava letra do alfabeto), os neonazis estão também a evitar as músicas no índex, começando a usar mais canções folk de cantautores nacionalistas ou temas punk com mensagem anti-sistema mais gerais.
Representantes dos estados federados estão esta semana a discutir o uso da aplicação, mas antes é preciso que advogados analisem se a identificação automática de música num local público poderia constituir vigilância acústica.
Esta discussão ocorre quando o Bundesrat (Conselho das Regiões, que representa os 16 estados federados) começou um processo para a ilegalização do Partido Nacional Democrata (NPD), acusando-o de ligação com a ideologia nazi e de pretender destruir o sistema democrático alemão.
A Alemanha começou a ver com outros olhos a ameaça neonazi depois da revelação-choque, em 2011, de que uma série de assassínios de imigrantes, na maioria turcos, tinha sido obra de um trio neonazi, do qual apenas sobreviveu um elemento (Beate Zschäpe, actualmente a ser julgada). O facto de a polícia nunca ter desconfiado de uma motivação de extrema-direita (os crimes foram descobertos por mero acaso numa tentativa falhada de assalto a um banco dos dois elementos que se suicidaram de seguida) levou a um questionar da acção das autoridades, que decidiram levar a cabo uma reavaliação de casos entre 1990 e 2011.
Segundo o Neue Osnabrücker Zeitung, a polícia reanalisou centenas de casos, e suspeita agora de possíveis motivações racistas em 746 mortes – os números oficiais do Governo tinham apontado apenas 60 vítimas de crimes de extrema-direita.
Na Alemanha, há uma série de organismos, estatais ou privados, que tentam agir para prevenir o recrutamento de novos neonazis ou ainda ajudar a sair arrependidos que já tenham entrado no movimento. Também aqui há acções originais, como a distribuição de t-shirts com motivos aparentemente de extrema-direita, mas em que estes desaparecem após a primeira lavagem para aparecer uma mensagem de incentivo à saída da ideologia neonazi.

Enquanto isso, a Resistência Europa à iminvasão continua, de uma maneira ou doutra, tendo de desenvolver novos métodos para fazer chegar a sua mensagem à população, tanto quanto possível, para pelo menos constituir um contingente de resistentes europeus, que poderão cerrar fileiras se/quando chegar a hora do lobo.


1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

e pensando apenas no dinheiro, tanto dinheiro gasto com este processo, a analise e reanalise da musica que tem de ser proibida. Poderia estar a ser aplicado a desempregados, proteger a raça, apoiar a natalidade, medicina, ciencia, mas esta a ser aplicado em analisar musicas que devem ser proibidas.
Ridiculo

6 de dezembro de 2013 às 01:57:00 WET  

Enviar um comentário

<< Home