DISCURSO DO PRESIDENTE DO PNR EM OLIVENÇA
Dadas as circunstâncias, o discurso proferido pelo Presidente, José Pinto-Coelho, ao contrário do que é habitual, ficou-se por um escasso resumo daquilo que estava escrito e que seria suposto dizer. Após as breves palavras proferidas, foi identificado pela Guarda Civil, cuja chegada já antes estava iminente. Aqui fica o texto na íntegra para se ler e divulgar.
Portugueses, Nacionalistas!
Hoje comemoramos o 1º de Dezembro pela última vez nestes moldes e por ser um dia de Domingo, já que os traidores se encarregaram de matar este feriado maior, submissos que são a mentalidades ditadas por um cínico pensamento economicista e de escravidão a ordens supra nacionais.
O PNR celebra e celebrará sempre o 1º de Dezembro, fazendo-o desta vez, de modo simbólico, em Olivença, terra portuguesa ocupada por outro país. Hoje mesmo, militantes do PNR do Norte, estão também a celebrar esta data nacional em Guimarães, cidade berço da nossa nacionalidade, e nós aqui, nesta cidade perdida da nossa Nação.
Trata-se contudo de uma mesma comemoração do Dia da Restauração, e como tal, de um acto simbólico. Mas os símbolos também são importantes e não só o pão!
Na essência de uma Nação há dois patamares distintos, mas que naturalmente coexistem: o dos valores espirituais e o dos factores materiais. Ambos nos importam, sim. Uns não podem fazer ignorar os outros, mas os primeiros são a base de tudo e a melhor garantia dos segundos.
Só o cuidado esmerado pelos valores espirituais, que não se vêem nem sentem no imediato, pode garantir o maior e sustentado sucesso dos factores materiais que se vêem e sentem no imediato. Mas ceder nos primeiros é destruir os segundos!
Uma nação pode viver a guerra e a paz, a crise e a prosperidade, os ventos favoráveis e as tempestades, mas se não estiver bem ancorada nos seus Valores fundamentais facilmente sucumbe perante abanões e traições. Mas conseguirá superar os maus momentos e as páginas negras se estiverem saudáveis os seus verdadeiros alicerces: Identidade, Cultura, Língua, Tradição, Soberania e Símbolos.
Despidos destes Valores, ainda que pontual e virtualmente prósperos, não passaremos de um povo de escravos. Aliás, o resultado disso mesmo está hoje à vista em Portugal.
Hoje, justamente por se ter abdicado dos Valores fundamentais, os portugueses sofrem a falta de justiça, de esperança e de futuro. O desemprego, o emprego chantageado, a emigração, a insegurança, a injustiça, os cortes em todo o lado, os aumentos de preços e de impostos são chagas que a todos afligem, com toda a razão, mas cujo combate está à partida comprometido, com sacrifícios em vão, pois continuamos nas mãos dos grandes responsáveis pela destruição consciente dos Valores nacionais, destruição essa que lhes permitirá mais facilmente domesticar o nosso povo se conseguirem desprovê-lo da sua Alma. Só correndo com esta gente se poderá resgatar Portugal. E só revigorando o espírito e os Valores nacionais se encontrarão os meios e as forças para esta missão de restauração e de renovação da Pátria que convoca os verdadeiros Portugueses!
Os portugueses que se deixaram narcotizar e venderam a alma, bem podem agora gritar – e até com razão! – e convocar manifestações, fazer greves e promover patéticos abaixo-assinados, mas nada disso resolve os problemas, pois deixaram-se transformar num povo de carneiros. A sua luta é por isso débil e vã, já que destruíram ou deixaram destruir o que era essencial.
Procuram salvadores entre os traidores que nos trouxeram a este estado de coisas; deixam-se colonizar culturalmente; escravizam-se pela mentalidade consumista; corrompem-se por objectivos individualistas; encolhem-se por cobardia; calam-se por falta de convicção; consomem do politicamente correcto e mentiroso; estupidificam com o lixo divulgado nos meios de comunicação social…
Só este estado de letargia explica o ridículo e criminoso do (des)Acordo Ortográfico, imposto por políticos ignaros contra a quase totalidade dos linguistas e a imensa maioria dos portugueses, que mesmo assim o aceitam por falta de coragem de reacção e de desobediência a um crime destes. Só este estado de letargia explica como se pode condicionar os agentes da ordem e dar espaço de manobra ao crime cada vez mais violento e organizado.
Uma luta só se ganha se alicerçada em Valores e ideologias! Se é verdade que as realidades, espiritual e material interagem e são ambas importantes para a Nação, se é verdade também que há prioridades e urgências nas suas resoluções, não é menos verdade que há hierarquia na sua importância e que o primado dessa hierarquia pertence sem dúvida à Alma da Nação! Por isso, só com a saúde dos Valores espirituais se pode assegurar a vitória e o sucesso no que toca a tudo mais.
Toda a luta travada por objectivos individualistas ou sectários é estéril e votada ao fracasso a prazo. Quando se encolhe os ombros perante o essencial, bem se pode lutar no pontual, que é tudo vão e derrotado à partida.
Olivença, cujo solo agora pisamos, é disso um bom exemplo. O “deixa andar”, o “encolher de ombros” o “não me afecta” acaba por se transformar em derrota. É por isso que Espanha, tendo assinado em 1815 o Tratado de Viena e reconhecido que Olivença é Portugal, até hoje não nos devolveu esta parcela de território nacional perante o deixa andar dos portugueses. É por isso que esta postura apática de submissão à União Europeia, ao capital apátrida, aos governantes corruptos e a toda a espécie de ataques aos nossos valores, poderão muito bem transformar a prazo todo o nosso País numa imensa Olivença.
Ainda é tempo de travarmos esta marcha para a perda de independência e escravidão, mas para tal só o espírito nacionalista nos pode valer. E só o PNR é portador desta Chama e desta ideologia nacionalista que há-de resgatar Portugal.
Viva Portugal, do Norte a Sul, das Ilhas a Olivença!
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