quarta-feira, dezembro 04, 2013

SOBRE A ALEGADA PROVA CIENTÍFICA DA EXISTÊNCIA DE DEUS

Agradecimentos a quem aqui trouxe este artigo, a desmentir o conteúdo do imeditamente anterior:
A notícia original, publicada no site da revista Scientific American, não tem nada a ver com o título que está sendo divulgado em sites e blogs de curiosidades, humor, pseudo-ciência, religião e teoria da conspiração.
Na fonte original que foi usada como referência pelo site, Umbanda, encontra-se uma entrevista de 2003, no qual o cientista, Michio Kaku, deu a revista Scientific American.
O que o Michio Kaku aborda na entrevista, simplesmente não tem nada a ver com Deus, mas sim com uma hipótese que não mais é levada à sério na comunidade científica.
Logo na primeira página da entrevista, encontramos:
“We would get the wormhole by grabbing it from the vacuum, because they’re everywhere. We think that at very small distances, 10-33 centimeters, spacetime becomes foamy. The dominant structures at those quantum distances are probably wormholes, little bubbles, universes that pop into existence and then pop right back out of existence.”
Entretanto isso não é assim muito aceite, como o Kaku diz. De acordo com o físico, Daniel Vieira Lopes, Doutor em Teoria das Cordas:
“Esse “foamy” do espaço-tempo, nem toda a gente acredita nisso. E mesmo assim é algo que só se comenta, não dá nem para fazer contas com isso. A única abordagem matemática razoavelmente consistente (isso é, que dá para fazer alguma coisa) que eu conheço é Loop Quantum Gravity. O grande problema da entrevista inteira é ele assumir que existe esse Quantum Foamy cheio de wormholes e ainda fala como se fosse consenso: “we think”. Não, ele e outros poucos “think” isso.
Só especificando: Loop Quantum Gravity tem um “foam” (que se não me engano é um “spin foam”) mas acho que eles passam longe de achar que existem wormholes que se conectam ao passado, ou qualquer coisa assim, ou seja, é só um número muito pequeno mesmo de físicos que leva a sério esse tipo de hipótese. Eu chutaria que o número dê pra contar nos dedos da mão.”
Mas então, será tem algum artigo que rebate essa ideia? Algum paper? Algo exemplificando bem os motivos dos físicos não levarem à sério?
“Não. É tão não levado a sério que ninguém nem menciona isso, em lugar nenhum.” – Daniel Vieira, Doutor em Teoria das Cordas.