terça-feira, agosto 13, 2013

SOBRE O DESENVOLVIMENTO MILITAR DO GRANDE URSO ESLAVO

Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia: http://portuguese.ruvr.ru/news/2013_08_13/Soldados-russos-terao-armadura-nano-3183/
Os construtores russos estão desenvolvendo uma tecnologia de fabricação de armaduras com base num nano-pó de carboneto de boro.
As placas de cerâmica resistentes, produzidas através dessa tecnologia, serão utilizadas na fabricação de armaduras e para proteger o equipamento. Supõe-se que a nova tecnologia reduza em 4 vezes o peso da armadura, aumentando a sua eficiência em 5-6 vezes.
Novas armaduras poderão proteger das balas de 7,62 mm, suportando até 5 disparos a uma distância de 70 mm um do outro. As placas de cerâmica desenvolvidas para o equipamento militar serão capazes de retardar as balas de calibre 14,5 mm, suportando 8 disparos a uma distância de 100 mm um do outro.
Fonte: russia-vai-criar-soldados-do-futuro-1952
Irão os soldados russos receber roupas de combate como o Homem de Ferro? Ou serão robôs combatendo em vez das pessoas, enquanto os operadores humanos os vão controlando a partir de abrigos seguros?
Na Rússia arrancou o projecto "Soldado do Futuro". Os peritos partilharam com a Voz da Rússia as suas opiniões sobre o futuro combatente das Forças Armadas Russas daqui a várias décadas.
No mundo predominam dois conceitos principais para o equipamento e apetrechos do soldado do futuro. O primeiro é o operador de robôs de combate que comanda as armas a partir de um abrigo seguro. O outro é o soldado de infantaria vestido com um poderoso exoesqueleto que lhe confere a força de um Atlante. Mas enquanto o controle remoto de robôs de combate hoje já não é ficção científica, já o exoesqueleto é uma perspectiva longínqua, explica o editor principal da revista Arsenal Otechestva (Arsenal da Pátria) Viktor Murakhovsky:
"A questão dos exoesqueletos é, antes de mais, uma questão de energia: qual será a fonte de alimentação? Actualmente não possuímos fontes inovadoras. Temos a gasolina, o gasóleo ou as baterias. Mas estas têm uma eficiência bastante inferior à dos hidrocarbonetos. Enquanto não apareceram novas fontes de energia, os exoesqueletos parecem ser uma ideia bastante fantasiosa. Contudo, existem tentativas para o seu desenvolvimento. Eu penso que será possível usá-los em marchas, na aproximação ao teatro de operações, mas dificilmente em combate."
O perito é igualmente bastante céptico quanto ao conceito da guerra à distância. Viktor Murakhovsky lembrou que esse tipo de operações nem sempre se justificou, mesmo em tempo de paz, basta recordar a intercepção do drone norte-americano pelos militares iranianos. Em condições de combate terrestre esse tipo de sistema poderá levar à derrota, refere o perito: "Eu tenho dúvidas quanto a esse tipo de tecnologias. Não penso que, estando em Moscovo, possamos comandar com segurança um robô no Extremo Oriente, por exemplo. Hoje temos exemplos desses. Os EUA, nomeadamente, ao usar os seus VANT (veículos aéreos não-tripulados) de grande alcance no Paquistão, na Somália ou no Iémen, controlam-nos a uma grande distância. Mas, quero sublinhar que isso é válido para seu uso em países que não podem ser considerados como desenvolvidos."
Contudo, nem todos os peritos são tão cépticos. Na opinião do observador militar da RIA Novosti Konstantin Bogdanov, ambos os conceitos referidos merecem hoje um estudo aprofundado:
"Atualmente, a integração de quaisquer combatentes no campo de batalha no seu espaço informativo comum é uma realidade. Se o homem tem acesso ao sistema de informações e pode recolher dados sobre a localização de suas tropas e das do inimigo, assim como pode introduzir nesse sistema os dados novos que terá obtido, porque é que não se poderá integrar nesse sistema meios de controle de sistemas robotizados? Tanto os exoesqueletos, como os sistemas de controle remoto de robôs, devem ser usados em conjunto dentro da mesma operação. O seu uso combinado permitirá obter um efeito máximo no campo de batalha."


Pareceria um bom sinal para o futuro - as gentes do hemisfério norte poderem dispôr de armamento que não as obrigue a sacrificar as próprias vidas, numa eventual guerra contra as hordas quase intermináveis do terceiro mundo, feitas de gente com mais testosterona e mais habituação ao conflito e à carestia. Tal barreira defensiva permitiria a continuidade do desenvolvimento europeu no sentido do bem-estar colectivo e individual, desde que saiba guardar as suas fronteiras externas... mas também internas, porque o problema é que as supra-mencionadas hordas do terceiro-mundo não param de crescer no seio do hemisfério norte, sobretudo a ocidente, mas também no leste russo. E quem compõem os contingentes de imigrantes do Sul é muito menos influenciado pela civilização hedónica do que os autóctones.