AVANÇO DO MOVIMENTO POLÍTICO ANTI-IMIGRAÇÃO NA EUROPA

Fonte: http://geocurrents.info/cultural-geography/the-rapid-rise-of-the-xenophobic-right-in-contemporary-europe

O mapa, que parece valioso no que à Europa em geral diz respeito, refere no caso português o PP (Partido Popular), ou CDS, que, como se sabe, está bem longe de poder ser considerado como de «Extrema-Direita»... ostenta no seu discurso a necessidade de controlar a imigração, mas está no governo que tornou mais difícil o retorno dos imigrantes do terceiro-mundo aos seus países de origem, para além de ter ficado em silêncio quando o líder deste governo apelou à emigração. Este é também um partido que de uma posição contrária ao ingresso da Turquia na União Europeia passou para o lado oposto e agora apoia a eventual entrada da Ásia Menor pela Europa adentro. Todavia... é um partido que popularmente está associado à rejeição da imigração, tanto que não é incomum ouvir-se no seio do povo tiradas do tipo «o Portas é que tem razão!» quando o tema de conversa é o da imigração ou o da criminalidade cometida por imigrantes. Ainda assim, o seu discurso não é tão frequentemente anti-imigração como o dos outros partidos europeus citados no mapa.

Quanto ao artigo, o seu autor diz tentar definir o que há de comum entre os países europeus onde o «extremismo» nacionalista e anti-imigração mais cresce; chega à conclusão, diz, que é muito difícil explicar o dito fenómeno, pelo menos com base nos critérios que aborda, a saber, o do nível económico dos países e o do nível de homogeneidade/heterogeneidade étnica. Afirma por isso que cada país tem de ser estudado caso a caso.

Do que não há dúvidas é do crescimento do poderio político da Extrema-Direita, mesmo em países onde tal desenvolvimento não se julgaria verosímil.