CIA APOIOU SECRETAMENTE ARTE MODERNA EM TODO O MUNDO
A notícia já é de 1995, mas merece ser referida, para formação e informação dos ocidentais atentos - a C.I.A., ou Agência de Inteligência Central, promoveu durante mais de vinte anos a arte moderna norte-americana, o expressionismo abstracto, em todo o mundo, como forma de conquistar e influenciar as elites culturais do Ocidente. Artistas como Jackson Pollock, Robert Motherwell, Willem de Kooning e Mark Rothko foram por isso auxiliados pelos serviços secretos da maior potência ocidental. Isto para fazer frente ao ascendente ideológico-cultural soviético sobre os intelectuais da Europa e dos EUA. Foi a política secreta conhecida na CIA como «long leash» ou «coleira longa».
Teve a coisa lugar nos anos cinquenta e sessenta do século XX, ou seja, no auge da guerra fria, época em que a vasta maioria da população norte-americana ou não conhecia ou desprezava a arte moderna. Quem diz população norte-americana diz população do resto do Ocidente. O presidente Truman falou neste aspecto com voz popular ao dizer, a respeito deste tipo de arte, «se aquilo é arte eu sou um hotentote». Quanto aos artistas propriamente ditos, muitos eram ex-comunistas, inevitavelmente vistos com desconfiança na América de McCarthy ou pós-McCarthy, portanto, num período político-culturalmente marcado, nos EUA, pela perseguição estatal ao Comunismo. A declaração de Truman a respeito da arte moderna foi proferida no contexto de uma exibição internacional itinerante de «Arte Americana Avançada», quando um congressista chegou por sua vez a dizer «Sou apenas um americano burro que paga impostos para este tipo de lixo». O evento, que se destinava a contrariar a ideia, veiculada pelos Soviéticos, de que a América era um deserto cultural, acabou por ser cancelado. Avolumava-se, na Direita conservadora, de Truman e afins, uma indignação contra esta avant-garde artística, o que contrariava os esforços secretos de transmitir uma ideia sofisticada dos EUA e de transferir para Nova Iorque a supremacia cultural de Paris. Foi nessa altura que a CIA entrou em acção. Curiosamente, esta encontrava-se bem fornecida de intelectuais de Yale e Harvard e constituía uma espécie de oásis do meio cultural liberal, em contraposição à ala conservadora anti-comunista que dominava então a política oficial do país, nomeadamente ao nível governamental e também no FBI, com J. Edgar Hoover. A chamada escola cultural de Nova Iorque, prenhe de leninistas, trotskistas e alcoólicos parecia estar relativamente abrigada na CIA.
De notar que actualmente não há provas de nada disto, excepto as revelações de um antigo agente, Donald Jameson. O que diz sobre o que foi feito é particularmente esclarecedor para entender toda a questão:
«A respeito do Expressionismo Abstracto, eu adoraria poder dizer que a CIA o inventou só para ver o que acontecia na baixa de Nova Iorque e do Soho amanhã! Mas penso que o que realmente fizemos foi reconhecer a diferença. Foi reconhecido que o Expressionismo Abstracto era o tipo de arte que fazia o Realismo Socialista parecer ainda mais estilizado e rígido e confinado do que era. E essa relação foi explorada em algumas das exibições.»
De facto, o realismo socialista soviético tem inegavelmente uma verticalidade de estilo mais ou menos clássico, comparável, em certa medida, ao da arte nacional-socialista... aliás, ao lado da Arte Moderna, um cartaz de propaganda soviético parece arte «nazi»...
Continua Jameson: «De certo modo, o nosso entendimento foi ajudado porque Moscovo nessa altura era muito maldosa na sua denúncia de qualquer espécie de não conformismo aos seus próprios rígidos padrões. E portanto podia-se muito adequada e rigorosamente presumir que tudo o que criticassem tanto e tão pesadamente merecia ser apoiado de um modo ou doutro.»
O princípio de que «o inimigo do meu inimigo é meu amigo» lixou pois, mais uma vez, o Ocidente...
O apoio aos autores da arte moderna tinha de ser feito em segredo, diz Jameson, uma vez que estes tinham «muito pouco respeito pelo governo e, em particular, nenhum respeito pela CIA.»
Para ler mais detalhes sobre a operação, clicar no link acima.
De notar que actualmente não há provas de nada disto, excepto as revelações de um antigo agente, Donald Jameson. O que diz sobre o que foi feito é particularmente esclarecedor para entender toda a questão:
«A respeito do Expressionismo Abstracto, eu adoraria poder dizer que a CIA o inventou só para ver o que acontecia na baixa de Nova Iorque e do Soho amanhã! Mas penso que o que realmente fizemos foi reconhecer a diferença. Foi reconhecido que o Expressionismo Abstracto era o tipo de arte que fazia o Realismo Socialista parecer ainda mais estilizado e rígido e confinado do que era. E essa relação foi explorada em algumas das exibições.»
De facto, o realismo socialista soviético tem inegavelmente uma verticalidade de estilo mais ou menos clássico, comparável, em certa medida, ao da arte nacional-socialista... aliás, ao lado da Arte Moderna, um cartaz de propaganda soviético parece arte «nazi»...
Continua Jameson: «De certo modo, o nosso entendimento foi ajudado porque Moscovo nessa altura era muito maldosa na sua denúncia de qualquer espécie de não conformismo aos seus próprios rígidos padrões. E portanto podia-se muito adequada e rigorosamente presumir que tudo o que criticassem tanto e tão pesadamente merecia ser apoiado de um modo ou doutro.»
O princípio de que «o inimigo do meu inimigo é meu amigo» lixou pois, mais uma vez, o Ocidente...
O apoio aos autores da arte moderna tinha de ser feito em segredo, diz Jameson, uma vez que estes tinham «muito pouco respeito pelo governo e, em particular, nenhum respeito pela CIA.»
Para ler mais detalhes sobre a operação, clicar no link acima.
Não surpreende que a maior potência de um bloco civilizacional orientado por uma elite inimiga da ancestralidade tivesse andado a apoiar uma forma de arte espiritualmente oposta à estética da identidade ancestral. Mas há aqui algo mais, segundo o texto - esta conduta foi ditada menos por uma intenção ideológica apologista da arte moderna do que por uma vontade de atrair o favor da elite cultural reinante. Desde modo se salienta a profundidade a que penetrou já este espírito «anti-tradicional» no seio da elite cultural ocidental - esta encontra-se, desde há décadas, de tal modo imbuída desta militância espiritual diluidora, que o serviço secreto da maior potência mais não faz do que, sem visível debate ou confronto ideológico, fazer coro, à sua maneira, com o que entretanto está já ferreamente estabelecido.
3 Comments:
Caturo. Varg é preso suspeito de "terrorismo":
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/07/neonazista-noruegues-suspeito-de-preparar-ato-terrorista-e-preso.html
Vc está enganado Caturo! A arte moderna é filha direta do marxismo cultural, em sua grande maioria, esses artistas de vanguarda, assim como muitos arquitetos, era comunistas. Informa-te!
E eu disse o contrário? Não me faças perder tempo, pede que te expliquem o conteúdo do texto.
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