EM FRANÇA - FN ULTRAPASSA SOCIALISTAS E PASSA À SEGUNDA VOLTA EM ELEIÇÕES
Na votação de Lot-et-Garone, departamento do sudoeste de França, o partido nacionalista Frente Nacional (FN) passou à segunda volta no processo eleitoral destinado a substituir Jérôme Cahuzac, o agora caído em desgraça e anterior ministro do Orçamento - e, ao fazê-lo, a FN passou à frente do Partido Socialista, actualmente no poder através do presidente François Hollande.
O candidato do UMP (maior partido da «Direita», do anterior presidente, Nicolas Sarkozy), Jean-Louis Costes, presidente da câmara local, alcançou 28.7% dos votos; a FN teve vinte e seis por cento os votos, através do seu candidato Étienne Bousquet-Cassagne. Os socialistas não fora além dos 23.7%.
Os socialistas perdem assim um lugar na câmara baixa do parlamento, mantendo aí, por enquanto, a maioria absoluta.
O presidente, Hollande, afirmou que os resultados da eleição não passam de uma consequência do escândalo de fuga aos impostos em Abril que forçou Cahuzac a demitir-se: «quando há escândalos, e neste caso houve um, verifica-se sempre a tentação de votar na Extrema-Direita», disse, em entrevista.
Na Extrema-Esquerda não porque, quer-se dizer, não, porque não, porque não calha... coisas...
O líder do UMP, Jean-François Coupe, declarou por seu turno que esta votação constitui um repúdio da política dos socialistas de Hollande. Mesmo assim, o candidato socialista derrotado, juntamente com o líder do Partido Socialista, Harlem Désir, apelou aos seus apoiantes que votassem no candidato do UMP na próxima volta, a 23 de Junho, numa chamada «Frente Republicana» para enfrentar o avanço político da FN...
A FN, em contrapartida, garante que constitui a única verdadeira alternativa política nesta competição, acusando o UMP de ser tão corrupto como Cahuzac.
Não é só o UMP que se mostra corrupto, de resto - o que safa o poder instituído é que o método eleitoral em França faz com que a FN, apesar da boa votação que alcança, não tenha mais de dois deputados no parlamento nacional... Enfim, uma pirueta a que os donos do sistema se vêem obrigados para contornarem o voto «racista e xenófobo» do povinho, que ainda por cima marra em votar nos «racistas e xenófobos», ora isto é que é um raio de um povinho que não há maneira de perceber que a elite não gosta no voto «racista e xenófobo»...
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