CARTA ABERTA DE REACÇÃO PAGÃ ÀS DECLARAÇÕES DE VICE-PRESIDENTE DA COMISSÃO EUROPEIA

Em recente visita à Grécia, o vice-presidente da Comissão Europeia e comissário europeu da Indústria e Empreendedorismo, Antonio Tajani, declarou, a terminar o seu diplomático discurso, que  «(nós Europeus) somos todos gregos!», referindo-se ao fundamento helénico da cultura ocidental; seguidamente acrescentou que «sem a Grécia seríamos bárbaros ou pagãos».

Trata-se de asserções aparentemente inofensivas, feitas de lugar-comum e bom senso (embora pouco...), como convém à circunstância, o que, note-se, não significa que ainda assim deva passar incólume. O combate ideológico faz-se diariamente, sempre que a oportunidade o permita, e os alicerces doutrinais inimigos podem e devem ser atacados. Foi isso mesmo que fez, na ocasião, a organização helénica YSEE, ou Supremo Conselho Nacional Helénico, numa carta aberta datada de anteontem, dirigida ao supracitado vice-presidente da Comissão Europeia, conforme aqui se lê em Grego e abaixo se traduzem alguns excertos, na medida do possível, paciência: http://paganproud1.blogspot.gr/2013/03/blog-post_12.html

 

«Senhor,

 

Durante a conferência das PME, organizada pela Comissão Europeia (...), tentou elogiar os espectadores modernos gregos com a rotulagem trivial de que metade de um bilhão de europeus têm  a sua raiz cultural na Grécia, mas com a adição lamentável qde ue "se não fosse a Grécia ainda seríamos bárbaros e pagãos ".Então perguntamos-lhe directamente a que Grécia se refere. Por que a Grécia todos nós sabemos que deu a civilização à Europa, a Grécia e mais tarde os Romanos, mas nessa altura era "pagã" (... ?...), «pagã» conforme lhe chamaram ofensivamente os cristãos da Europa.

Se a Europa hoje, senhor, tem uma cultura e não obriga os seus nacionais a deixar os "demónios" ou já não queima pessoas em piras, como fez há séculos, é devido à redescoberta «pagã» do Renascimento. A cultura também vem dos "pagãos" gregos. Uma cultura distorcida devido a formas monoteístas dentro das mentes de algumas pessoas que fizeram isso. E é esta redescoberta distorcida que não é capaz de impedir que a Europa chegue na barbárie social de hoje, ou seja, o desaparecimento completo do Humanismo "pagão" e a dominação posterior completa do economicismo monoteísta, que transforma as pessoas de hoje em custos: custos do trabalho, custos de pensões para reformados e assim por diante.(...)

(Assinatura abaixo)Supremo Conselho do Nacional da Grécia

 

 

Não surpreende que Tajani tivesse dito o que disse, partindo de um pressuposto cristão e anti-pagão, que provavelmente é muito natural a seu ver - o sujeito é do partido monarquista italiano, beato até à medula...