quarta-feira, janeiro 23, 2013

PNR ALERTA PARA EVENTUAL LOGRO DO OPTIMISMO SOBRE O RETORNO DE PORTUGAL AOS MERCADOS

Fonte: http://www.pnr.pt/2013/01/23/jurodependentes/
O Governo e o PS congratulam-se com o regresso de Portugal aos mercados. Qual toxicodependente que fez uma desintoxicação paga com o suor e o trabalho da família, voltamos a consumir agora em doses menores de juros, para daqui a uns tempos voltarmos ao centro de tratamento chamado Troika.
Imaginemos uma família onde o rendimento é cada vez menor e onde os gastos não param de aumentar, obrigando-a a recorrer cada vez mais ao crédito. Mereceria certamente a critica de todos nós. O mesmo se pode dizer de um Governo que, longe de procurar mais rendimentos por força do aumento de produção, prefere endividar-se neste caso particular só para gozo particular e para nos fazer acreditar num inicio de um novo ciclo. Nada mais errado. Todas as previsões apontam para uma recessão económica, para um aumento do fosso entre o Produto Interno Bruto e a dívida, sobretudo da dívida externa. O governo PSD/CDS, apoiado pelo PS e com um “nim” dos partidos folclóricos da esquerda, caminha assim cada vez mais para o abismo, igual ao da família que demos como exemplo; cada vez mais endividado, empregando o “ordenado” no pagamento da dívida (em vez de o usar para produzir mais riqueza), refém dos agiotas da banca internacional, estendendo a mão à ajuda externa que, a pouco e pouco, mina o que resta da nossa independência e soberania, principais garantes da nossa sobrevivência enquanto povo livre.
Continuamos a defender que a fuga à crise está na aposta na produção nacional, a par de um corte profundo nas gorduras do Estado (o que até agora só foi muito tenuemente feito). As ajudas internacionais devem ser aplicadas na ajuda à produção, o que significará mais riqueza, mais trabalho e, por consequência, mais impostos para o Estado, podendo o mesmo então realizar obra sem recorrer a empréstimos. Portugal tem empresários com ideias e potencial, tem mão de obra qualificada e trabalhadores capazes (quando convenientemente remunerados e motivados), tem conhecimento nas universidades (que se perde, ou então vemos as nossas descobertas fugir para fora) e tem terrenos agrícolas férteis e zona piscatória capazes de satisfazer a grande parte das nossas necessidades. Só governos formados por gente manifestamente incapaz ou manifestamente capaz de tudo não consegue pôr em marcha o projecto de recuperação nacional de que tanto necessitamos. “Fraco Rei faz fraca forte gente”.

5 Comments:

Blogger Titan said...

Combinar uma espiral recessiva com um endividamento galopante só pode dar merda.

23 de janeiro de 2013 às 19:51:00 WET  
Blogger Afonso de Portugal said...

Portanto, de acordo com os nossos governantes, a solução para acabar com a dívida é... contrair mais dívida! Brilhante!

E eu que dizia mal daqueles gajos que perdem tudo nos casinos! Ao menos eles têm a desculpa do vício do jogo!

24 de janeiro de 2013 às 01:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

aposta na produçao nacional? deus me livre

ja trabalhei em varias empresas e de longe mas bem de longe, trabalhar em empresas alemas, inglesas é bem melhor. Pagam mais, ha melhor ambiente, melhor gestão, melhor organização, menos stress, etc. Trabalha-se menos por estar tudo bem gerido e organizado. Ja nas portuguesas trabalha-se mais, bem mais e ganha-se bem menos. Até roubam nas horas extra, até pagam abaixo da lei.

Eu acho que todos tinhamos a ganhar se todas as empresas fossem germanicas ja que a esmagadora maioria dos portugueses sao um zero à esquerda no que toca a gerir empresas. Todos teriamos mais poder de compra.

25 de janeiro de 2013 às 00:02:00 WET  
Blogger Caturo said...

Foda-se, mais vale pobres e independentes do que bem alimentados e sempre subalternos.

25 de janeiro de 2013 às 16:51:00 WET  
Blogger Titan said...

"Eu acho que todos tinhamos a ganhar se todas as empresas fossem germanicas ja que a esmagadora maioria dos portugueses sao um zero à esquerda no que toca a gerir empresas. Todos teriamos mais poder de compra."

Ó-meu-vendido-de-vistas-curtas, não há nada que impeça os gestores portugueses de passarem a gerir melhor as suas empresas com os devidos estímulos. E depois o que é que achas que essas empresas germânicas fariam aos lucros obtidos em Portugal? Ah, pois é, enviariam-nos para Alemanha, e isso deixaria este país cada vez mais pobre.

25 de janeiro de 2013 às 18:46:00 WET  

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