NA EM TEMPOS LIVRE ALBION - FAMOSA SÉRIE DE HUMOR CENSURADA POR «RACISMO»

Fonte: http://www.dailymail.co.uk/news/article-2266738/Censorship-row-BBC-cuts-racist-lines-classic-Fawlty-Towers-episode.html

No Reino Unido, a produção cómica dos anos setenta «Fawlty Towers», que se tornou num clássico do humor e nos anos oitenta chegou a ser transmitida em Portugal, por diversas vezes, pela RTP, e em 2000 foi votada pelos profissionais da indústria como a melhor série britânica de sempre, está novamente a ser transmitida pela BBC - mas com um cortezito numa piada, para não ofender as pessoas, porque se destina a passar num horário familiar...

Em causa está o episódio «Os Alemães», em que o pequeno hotel de Basil Fawlty, personagem interpretada por John Cleese - integrante do célebre grupo humorístico Monty Python - tem como hóspedes um grupo de alemães. Fawlty está obcecado em não os ofender, fartando-se por isso de dizer aos seus subordinados «não falem da guerra!», e depois acaba por ser ele próprio quem acaba por fazê-lo constantemente, das mais variadas e bizarras maneiras, incluindo uma estapafúrdia imitação de Adolf Hitler.

Mas o episódio não foi censurado para evitar ofender os vizinhos europeus, não, que esses, sendo europeus, estão obrigados a aguentar todas as brincadeiras e mais algumas...

O que foi cortado foi o que nesse episódio foi dito por uma outra personagem, o major Gowen (Ballard Berkeley), em que este contava a Fawlty uma conversa tida com uma mulher: «O estranho foi que durante toda a manhã ela fartou-se de se referir aos Indianos como pretos. "Não, não, não", disse eu, "os pretos são os das Índias Ocidentais. Esta gente é monhé."»

Choveram as críticas, sobretudo de telespectadores, contra esta pequenita censura anti-racista, argumentando um deles que o major não era sequer o tipo de personagem com quem é suposto rir mas sim de quem é suposto rir, ou seja, é figura que está ali para ser ridicularizada... o que não admira, visto que já nos anos setenta a elite cultural reinante era anti-racista e o major Gowen salientava-se na série pelas suas tiradas racistas...

Note-se entretanto que nessa mesma cena o mesmo major tece considerações negativas sobre os Alemães, e Fawlty comenta que a respeito deles é preciso perdoar-lhes e esquecer, acrescentando um quase desabafo «sabe Deus como, bandalhos!..», mas isso já não é preciso censurar, obviamente...

 

Claro está que nem numa passagem nem noutra há qualquer ridicularização ou degradação dos Negros, dos Indianos ou dos Alemães mas sim de quem os discrimina e/ou despreza/hostiliza. Mas, pelo sim pelo não, a parte relativa aos não europeus é suprimida e acabou, que é para o povinho perceber que não é lícito rir a partir de uma frase que contenha palavras «feias« para designar gentes alógenas, porque com coisas sérias não se brinca... como diz a beatem, «graças para com Deus, muitas, graças com Deus, poucas...»... e o Amado Outro, seja o negro ou qualquer outro não europeu, é realmente o «deus» da «religião» anti-racista, que é a «religião» oficial da elite actualmente reinante no Ocidente.