QUEDA DO REGIME DE CADÁFI FORTALECE PODER ISLAMISTA NO NORTE AFRICANO - INSURGÊNCIA ISLÂMICA NO MALI E NA ARGÉLIA

Agradecimentos ao camarada RC por me ter dado a conhecer este artigo, sinal dos tempos: http://adf.ly/Hgm3w

O caso dos reféns mortos na Argélia e a operação militar que a França está a levar a cabo contra os islamistas no Mali são parte de um recrudescimento da crise no continente africano, algo previsto pelo malogrado líder líbio Muamar Cadáfi. Dizem os especialistas que nos últimos tempos os islamistas do norte africano não só aumentaram os seus arsenais quando se apoderaram das armas do regime de Cadáfi como também criaram uma rede de campos de treino para os chamados «insurgentes» islâmicos, isto é, para os militantes do Islão que lutam em vários países contra os tegimes laicos, cristãos ou «insuficientemente» muçulmanos.

Com efeito, em Março de 2011 Cadáfi declarava: «eu pessoalmente desempenho um papel estabilizador na região de África. Se a situação na Líbia é desestabilizada, a Alcaida mandará aqui. A Líbia converter-se-á no segundo Afeganistão e os os terroristas chegarão à Europa». Antes disso já o líbio tinha estabelecido um acordo com o governo italiano, comprometendo-se a servir de barreira norte-africana à iminvasão oriunda da África subsariana. Enquanto isso, lançava de quando em vez alarmes sobtre a marcha da islamização pela Europa adentro, tendo num deles chegado a denunciar o cavalo de Tróia que a Turquia representaria na União Europeia.

Suspeito por isso que, no fundo no fundo, Muamar Cadáfi era, ou veio a ser, um gajo porreiro para o Ocidente, que fazia o jeito e os fretes aos ocidentais mais conservadores, a troco de apoio ao seu poder laico e sossegadamente repressor. Com esse «dique» já esboroado, a enxurrada verde aproxima-se mais e mais das portas da Europa.