sexta-feira, dezembro 07, 2012

AUMENTA O NÚMERO DE ANGOLANOS E BRASILEIROS A IREM EMBORA DE PORTUGAL

A crise económica e o desemprego em Portugal estão a levar muitos imigrantes, sobretudo brasileiros e angolanos, a regressar aos seus países de origem, avançou um responsável da Organização Internacional das Migrações (OIM).
Desde 2008 e até Outubro deste ano, o número de imigrantes que pediram apoio à OIM para regressar aos seus países de origem aumentou mais de 80%, sendo que o grande aumento se verificou de 2009 para 2010.
 Os dados são apenas parciais, já que são contabilizados apenas os imigrantes que pedem apoio da Organização Internacional para as Migrações, ao abrigo do Programa de Apoio ao Retorno Voluntário e à Reintegração (PRV), avisa o responsável pelo programa Luís Carrasquinho, referindo que estes valores "representam uma percentagem pequena da população imigrante em Portugal".
No entanto, a informação permite verificar que, a partir de 2010, houve "um aumento acentuado" de imigrantes a querer regressar ao seu país de origem.
Em 2008 e 2009, os números de beneficiários deste apoio foram, respectivamente, de 347 e 381 pessoas.
Em 2010, o número saltou para as 562 pessoas, continuando a crescer em 2011, para 594.
Até Outubro deste ano, a OIM já apoiou o regresso de 626 imigrantes.
As justificações são quase sempre as mesmas: desemprego, dificuldades de acesso ao mercado de trabalho e precariedade no vínculo laboral, além das dificuldades em regularizar a situação em Portugal.
 "Podemos dizer que, de uma forma transversal, ambas estão relacionadas com a situação de crise económica que o país atravessa", admite Luís Carrasquinho.
Angola e Brasil são os países para onde há mais pedidos de regresso, também se tratarem de "economias emergentes", explicou.
"Mais de 90% dos pedidos que recebemos correspondem a nacionais de economias emergentes como Brasil e Angola, o que de certa forma está também na base da decisão de querer regressar ao país de origem".
A comunidade angolana, adiantou, "é uma das mais representativas no contexto do PRV", logo a seguir à brasileira. Ainda assim, a evolução nos últimos anos demonstrou que a vontade dos angolanos de regressar a casa diminuiu.
"Em 2008, das 347 pessoas apoiadas, apenas 7% (25 beneficiários) eram angolanos. Em 2009 e 2010, registou-se um ligeiro aumento percentual no que concerne à comunidade angolana (32 beneficiários em 381 candidatos apoiados em 2009, ou seja, 8%, e 53 beneficiários em 562 candidatos apoiados em 2010, ou seja, 9%)", disse.
No entanto, em 2011, o valor percentual dos candidatos angolanos caiu para metade.
"Em 594 candidatos, apenas 26 eram nacionais angolanos, o que corresponde a um valor de 4%", enquanto até Outubro desde ano, "apenas 16 cidadãos angolanos beneficiaram do PRV de um total de 626, ou seja, 2% do total), referiu.
De acordo com os dados da OIM, os imigrantes que têm apoio no regresso a casa trabalhavam sobretudo no sector dos serviços, nomeadamente nas limpezas domésticas e na restauração) e da construção civil.

Magra consolação para quem os queria ver a regressar aos seus países em muito mais larga escala... Mas ponto, ainda assim, há que dar um viva à crise, pois que mal por mal, mais vale um país pobre e com a sua identidade salvaguardada do que um país pobre, ou mesmo rico, mas cujo Povo indígena tenha já sido diluído e/ou etnicamente substituído.


5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Os que já cá estão superam isso tudo numa questão de um ou dois anos. O caminho é muito mau o que estamos a seguir.

8 de dezembro de 2012 às 01:30:00 WET  
Blogger Afonso de Portugal said...

O único problema (para além da pobreza do país) é o êxodo dos portugueses étnicos que está a acontecer em simultâneo.

Não sei se adiantará muito livrarmo-nos de alguns brasileiros e angolanos se, paralelamente, nos estamos a livrar também de portugueses étnicos.

8 de dezembro de 2012 às 19:03:00 WET  
Blogger Caturo said...

Bem, do mal o menos... e antes um Portugal semi-desértico do que atafulhado de alógenos.

10 de dezembro de 2012 às 02:52:00 WET  
Anonymous Luso-bostileiro said...

Espero que continuem a sair. Quando me mudar para Bragança não vou querer encontrar lá nenhum brasileiro a poluir a paisagem e estragar-me o descanso de aposentado.

10 de dezembro de 2012 às 15:19:00 WET  
Blogger Afonso de Portugal said...

Luso-bostileiro disse...
«Espero que continuem a sair. Quando me mudar para Bragança não vou querer encontrar lá nenhum brasileiro a poluir a paisagem e estragar-me o descanso de aposentado.»

Então essa tua alcunha é ironia?

11 de dezembro de 2012 às 16:44:00 WET  

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