CELEBRAÇÃO DO MAGUSTO DE 11 DE NOVEMBRO, EM HONRA DO DEUS DA GUERRA
Magusto do dia 11 de Novembro, celebrado em Lisboa em honra do Deus da Guerra e dos mortos caídos em combate. Nas fotos está presente:
- uma réplica em mármore vermelho de uma pátera da Divindade Band Araugel;
- uma bandeira de Neton, Deus da Guerra e possivelmente dos mortos em combate;
- réplica de uma estátua de guerreiro de pedra lusitano-galaica representando porventura os Ancestrais do Povo;
- uma ponta de lança, representando uma arma atribuída ao Deus da Guerra;
- duas espadas, falcata em representação da herança celtibérica e gládio romano em representação da herança celtohispano-romana.
- uma réplica em mármore vermelho de uma pátera da Divindade Band Araugel;
- uma bandeira de Neton, Deus da Guerra e possivelmente dos mortos em combate;
- réplica de uma estátua de guerreiro de pedra lusitano-galaica representando porventura os Ancestrais do Povo;
- uma ponta de lança, representando uma arma atribuída ao Deus da Guerra;
18 Comments:
Faz tempo que reparei que Neton parece ser um dos seus Deuses favoritos, Caturo. Estou certo?
“The art of living has no history: it does not evolve: the pleasure which vanishes vanishes for good, there is no substitute for it. Other pleasures come, which replace nothing. No progress in pleasures, nothing but mutations.” ... ROLAND BARTHES (12 November 1915 – 26 March 1980)
A falcata é lindissima!!!
Que instrumento de guerra incrivel!
«Faz tempo que reparei que Neton parece ser um dos seus Deuses favoritos, Caturo. Estou certo?»
Sim.
"Sim."
Há algum motivo especial?
Vocês pagãos são uns retardados que acreditam em fantasias toscas inventadas por povos supersticiosos e ignorantes. Esta crença de vocês é motivo de gargalhadas, kkkkkkkk....
Deve ser por isso quecv estás tão irritado, palhaço beato adorador de um judeu morto, ehehehh...
«"Sim."
Há algum motivo especial?»
Inspiração, sinais.
"Vocês pagãos são uns retardados que acreditam em fantasias toscas inventadas por povos supersticiosos e ignorantes. Esta crença de vocês é motivo de gargalhadas, kkkkkkkk....
13 de Novembro de 2012 23:49:00 WET
Caturo disse...
Deve ser por isso quecv estás tão irritado, palhaço beato adorador de um judeu morto, ehehehh..."
Mortas e enterradas estão as vossas crendices atrofiantes e esclerosadas, ahahahah...
A tendência futura é para a arreligiosidade, nada mais que o ateísmo puro e duro sem metafísicas nem realidades alternativas, com vista ao progresso intelectual humano e social.
O vosso tempo já passou, ou ainda queriam continuar a domar as mentes dos seres pensantes? Dêem lugar ao novo Homem, o Homo Oeconomicus e saiam de cena, pois já nos enfadam a vista e a alma...
Podes bem meter a arreligiosidade na peida juntamente com o «Homo Oeconomicus», que é uma aberração histórica de tendência infra-humanizante, uma vez que o ser humano autêntico não está completo sem a componente religiosa. A arreligiosidade actual é nada mais do que um estado de transição, dado que se observa de modo praticamente exclusivo na Europa e restante Ocidente, por reacção contra o credo cristão, que cai a olhos vistos. E se as crenças antigas estivessem de facto mortas, não estavam agora a renascer, igualmente por todo o mundo branco, especialmente onde a arreligiosidade era mais militante.
ALTO AÍ! ALTO AÍ!
Mas afinal esta associação não tem como objectivo reencontrar os seus traços ancestrais?
Neste caso, estamos a falar dos Lusitanos.
A propósito...Quem é esse Neton?
É Endovélico o pai de todos nós?
É Atecina que nos proporciona boas colheitas?
É Nabia protectora das entradas para o mundo dos mortos?
É Bandua a protectora da nossa nação?
É Trebaruna a protectora dos nossos guerreiros?
Eh pá... se estais a tentar trazer a cultura do nosso povo para a luz então não misturem as coisas. Os celtas andaram por aqui, isso é certo, mas o nosso povo apenas absorveu, na altura, algumas particularidades materiais dos celtas, MATERIAIS- a forja do ferro, troca de bens, organização tribal, construção de antas e menires, etc... mas em termos religiosos nada se alterou, quando os romanos cá chegaram eles até começaram a venerar os nossos deuses.
Agora trazer uma divindade estrangeira a nós é um bocado confuso. Não sei o que realmente estão a querer com isto.
Não te baralhes. A ideia de que a influência céltica foi apenas material já ficou para trás, sem credibilidade alguma. A celticidade está bem presente ao longo de toda a faixa ocidental hispânica, incluindo Alentejo e Algarve, onde Lagos deriva de Lacóbriga. Aliás, há ainda quem defenda a tese da origem céltica arcaica dos Lusitanos. A maioria dos autores, todavia, inclina-se para a teoria segundo a qual os Lusitanos descendem de uma migração indo-europeia mais arcaica que a dos Celtas; certos filólogos afirmam o parentesco do Lusitano com línguas italiotas tais como o Úmbrio; pode até ser, digo eu, que os Lusitanos descendam de uma migração arcaica que partiu do grande ramo Celto-Italiota antes ou durante a separação dentro deste ramo entre o ramo céltico, por um lado, e o italiota, por outro. É curioso que na Polónia exista uma região com o nome de Lusatia, donde terá segundo alguns partido a cultura dos Bryges, Povo das Balcãs (eventualmente na origem dos Phrygios, Frígios); repare-se na semelhança entre Bryges e a terminação -briga, que se encontra nos topónimos da época romana mas que é de origem pré-romana da faixa ocidental ibérica, desde a galaica Nemetóbriga à algarvia Lacóbriga, sem esquecer Conímbriga, Arábriga, Miróbriga, Meríbriga, Caetóbriga (Setúbal), Talábriga...
Agora Neton... Neton é simplesmente a Divindade pré-romana mais bem conhecida, na Sua função, da Península Ibérica. Repara que até no caso de Endovélico há algumas dúvidas, actualmente, sobre a Sua real natureza. No caso de Neton a questão é inequívoca: Macróbio escreveu, na Saturnália, que Neton é um «Marte», ou seja, um Deus da Guerra. Macróbio escreveu o seguinte:
Accitani etiam, Hispana gens, simulacrum Martis radiis ornatum, maxima religione celebrant, Neton vocantes.
O que pode ser traduzido como
«Os Accitanos, um povo Hispano, venera com a maior devoção uma imagem de Marte adornado com raios, ao qual chamam Neton.»
Os Accitanos eram um Povo da zona sudeste de Espanha. A zona pode ter sido classicamente considerada como ibera, mas não é impossível que os Accitani fossem celtas ou celtiberos. Mais a norte, foram encontradas duas inscrições com palavras similares: numa, Neito, noutra, Neitin. Numa delas estão, não muito longe da palavra, desenhos de várias mãos direitas. Ora os Lusitanos sacrificavam a mão direita dos guerreiros vencidos ao Deus da Guerra, segundo Estrabão. Na Estremadura espanhola, foi em Cáceres (área presumivelmente lusitana) encontrada uma inscrição com Netoni. Em Portugal, região de Condeixa-A-Velha, foi encontrada uma ara dedicada a um Deus Netus. Portanto, Neton pode bem ter sido adorado pelos Lusitanos. Talvez fosse o mesmo que Cosus e Bandua (se Bandua for um Deus, ou se houver um Bandus e uma Bandua, como alguns dizem).
Já agora, as possíveis ligações aos Citas e ao resto do mundo indo-europeu são fascinantes. Os Citas adoravam o Deus da Guerra na forma de uma espada sobre a rocha (raiz do mito de Excalibur?). Os Citas sacrificavam o braço direito dos inimigos ao Deus da Guerra. Quem diz braço diz evidentemente mão. Na Irlanda, Nuadu/Nuada é o Deus da Espada e do Braço/Mão de Prata. A arma de Nuadu é a Espada (talvez a Claíomh Solais, ou «Espada da Luz»). Nuadu é chamado Nuadu Airgetlám, que significa Nuadu da Mão de Prata. «Lám» é traduzido umas vezes como «mão» outras como «braço». E isto é muito interessante, como se verá mais à frente.
Na Irlanda há um outro Deus, Net, ou Neit, considerado como Deus da Guerra. Ora há quem considere que Nuadu e Net são na Irlanda o mesmo Deus.
Esta é a parte científica-especulativa do tema.
Agora, falo das partes mais especificamente religiosas... repara nesta coincidência que tem todo o ar de sinal divino: Portugal tem mais de noventa e dois mil quilómetros quadrados, mas a sua indústria militar foi-se desenvolver precisamente numa zona de Lisboa que se chama... Braço de Prata.
Leukitanea bänd aiwizas!
Ocorreu-me de uma divindade que nós chamamos Neto
Tez escarlate túnica vermelha e lança ensanguentada,
Pelas suas mãos os caídos carregar,
Fazendo-os para o outro mundo caminhar,
Pela lâmina da sua espada.
Talvez seja o deus em concreto a que te referes.
Paz, pão e liberdade
Leukitanea bänd aiwizas!
Em relação aos povos dos balcãs. Devias procurar saber mais um bocado.
Duas pistas:
Língua Indo-Europeia
Albânia
Pois isso sei eu, não percebo donde vem essa recomendação... claro que as Balcãs são totalmente indo-europeias na sua linguística, quem terá dito o contrário?
Os Albaneses, apesar de culturalmente turquizados, descendem fundamentalmente dos antigos Ilírios, parece, que eram um Povo indo-europeu. E mesmo que não descenda dos Ilírios, não há dúvida que o Albanês é um idioma indo-europeu.
«Ocorreu-me de uma divindade que nós chamamos Neto
'Tez escarlate túnica vermelha e lança ensanguentada,
Pelas suas mãos os caídos carregar,
Fazendo-os para o outro mundo caminhar,
Pela lâmina da sua espada.
Talvez seja o deus em concreto a que te referes.»
Refiro-me a Neto, de facto.
Esplendor da face que mata
Clarão da lâmina nua
Senhor de braço de prata
A rútila mão é só sua
O sopro do corpo desata
Num frio brilho de Lua
São Dele os caídos no ósseo mar vasto
Que ao abutre e ao corvo dão rude pasto
Com eles cavalos e bodes ascendem
Em fagulhas mil que ao alto se estendem
Donos da glória que se lhes não tira
Trepam ao céu na chama da pira
Argênteo punho não falha
Dá brio e cor à batalha
Touro que é rei no combate
Muralha no meio do embate
Tomba para sempre quem calha
Do mais cantará outro vate...
Publicado este ano, em Março, mês do Deus da Guerra, numa terça-feira, que em Português arcaico se diz Martes, por ser o dia semana consagrado a Marte
http://gladio.blogspot.pt/2013/03/a-neton.html
Enviar um comentário
<< Home