UNIVERSIDADE GALEGA FAZ PRESUNTO PARA MUÇULMANOS
Agradecimentos a quem aqui trouxe esta notícia que se afigura um pequenito sinal dos tempos: http://expresso.sapo.pt/ourense-inventa-o-presunto-islamico=f765841#ixzz2C259YJmw
Quando comprámos as primeiras cabras, houve um certo conflito: a Faculdade de Ciências não sabia se havia de registá-las como bens de inventário ou como renováveis". O "campus" de Ourense retomou a vida depois do verão e, no Departamento de Tecnologia dos Alimentos, a professora Inmaculada Franco volta a deparar-se com os cortes orçamentais do Governo.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros financiou, durante dois anos, o seu projeto de presunto de cabra, visando conseguir um produto de carne curada que valorize o caprino de Marrocos. Agora, sem verbas governamentais para a investigação, chegou a fase das conclusões. "Estamos a publicar os resultados", comenta a docente.
Em 2010, a Universidade de Vigo comprou em Marrocos seis animais abatidos segundo a "sharia", ou lei islâmica. Em 2011, adquiriu mais 12. A procura de uma alternativa para os países de religião islâmica, que proíbe o presunto de porco, foi realizada com a colaboração e o entusiasmo da Universidade de Tânger e foi ali que se instalaram as câmaras para levar a cabo o processo de salga e secagem da carne.
O Governo espanhol chegou a pagar uma bolsa a uma brilhante aluna marroquina que veio redigir uma tese sobre o assunto.
Este ano já não houve compra de cabras no reino alauita. Eram todas fêmeas velhas, jubiladas como fábricas de leite (demonstrou-se que o odor sexual do macho marcava, irremediavelmente, o presunto). O ano letivo passado foi dedicado à análise e à degustação.
Quase tudo se aproveitou destas cabras, que morreram viradas para Meca, de acordo com a lei, sangradas em vida com um simples golpe na base do pescoço, pelo qual deve brotar a seiva até que o coração deixe de bater.
(Leia mais na edição de novembro do Courrier Internacional, já nas bancas.)
Isto numa época em que oficialmente tanto se defende os direitos dos animais. O lóbi muslo pode muito, sobretudo quando casado com o típico xenocentrismo da elite culturalmente reinante no Ocidente.
posted by Caturo at segunda-feira, novembro 12, 2012
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home