PALESTRA SOBRE DRUIDISMO E «XAMANISMO» CELTA
Caitlín Matthews é uma das maiores referências internacionais na área do Druidismo e Xamanismo Celta. Autora prolífica, tem mais de 50 livros publicados (em cerca de 20 línguas), na área do paganismo, celtismo, xamanismo, druidismo, tradição arturiana, entre outras.
Na próxima Sexta-feira, 19 de Outubro, irá dar uma palestra sob o tema "Druidismo, Vidência e Xamanismo Celta - Inspiração, Conhecimento e Visão", enquadrada no curso de Sábado: "Visões Celtas - Vidência, Presságios e Divinação da Natureza." Estes eventos terão lugar na sede da OBOD - Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas em Portugal, a Casa do Fauno, que se encontra perto da Quinta da Regaleira, em Sintra.
Acerca da palestra, diz-nos: «Os videntes e druidas do antigo mundo Celta sonhavam e visionavam para o povo. Embrulhavam-se nos seus mantos e entravam em transes incubatórios, procurando respostas, cura e conhecimento para guiar a tribo. Hoje, seguimos as suas pisadas através das práticas do Xamanismo Celta, escutando a inspiração do Awen ao procurarmos equilíbrio para o nosso ambiente, com as nossas visões verdadeiras.»
E sobre o curso: «Este curso explora o reino da divinação e profecia Celta, que em tempos recuados fez parte da prática dos vates, os druidas-videntes do mundo antigo. Os ovates, sábios inspirados e videntes ancestrais, utilizavam a percepção subtil para reconhecer a verdade imanente da natureza. Os participantes irão aprender como empregar os métodos tradicionais, incluindo as "Três Iluminações" – antigas formas irlandesas de divinação oracular através do encantamento, ressonância e incubação xamânica – e o "Augúrio de Brighid", que era utilizado pelos antigos freers da Escócia gaélica. Haverá oportunidade para serem pronunciados e recebidos oráculos e augúrios, através do dha shealladh ou "as duas visões" e de outros métodos tradicionais.»
Ambas as actividades têm inscrições limitadas, que podem ser feitas através da página internet da Casa do Fauno, podendo também aí ser consultado o respectivo programa: www.casadofauno.wordpress.com
Caitlín Matthews é uma escritora, cantora e professora cujo trabalho pioneiro conduziu inúmeras pessoas à riqueza da herança espiritual do Ocidente.
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11 Comments:
Como sabemos, o debate público/privado é tão antigo quanto pelo menos os gregos na nossa cultura ocidental.
O que se passa porém neste momento a nível nacional, europeu, e mundial, é um fenómeno muito peculiar da história, que certamente terá diversas interpretações de acordo com a opção político/ideológica de cada um, expressa ou tácita. É um problema de filosofia política, em última análise, obviamente.
Parece porém ser geral a opinião (a impressão, para não dizer a aflição) de que estamos num momento particularmente inquietante e grave no sentido de que a crise do capitalismo que atravessamos não é exactamente como outras. O sistema capitalista, implantado há séculos no Ocidente, e hoje globalizado, alimenta-se precisamente da inquietude e crise, vivendo sobretudo do lucro no curto prazo. Mas enquanto no chamado Estado social (ou Estado-providência, para que ainda aponta a Constituição), e que era a face optimista/humanitária do sistema (a oposta foram os fascismos) se prometia a redistribuição de uma parcela desse lucro através do Estado, em bens e serviços aos cidadãos, acontece que agora a finança internacional parasitou o sistema e, para superar a crise a favor do lucro (de poucos), está a condenar à pobreza e à miséria a maioria dos cidadãos e dos bens/serviços que lhes foram prometidos. Apresenta-se como credora, ditando as regras do jogo e condicionando os governos como muito bem quer, ainda por cima sob o aspecto de virtuosos adiantamentos de capital a juros por ela mesma determinados. Mas foi tal finança que levou à criação (subjectiva e objectiva) da situação caótica que, se levada ao extremo, a ela própria a médio prazo a ameaça. Evidentemente que o problema que se põe, de carácter apocalíptico diria, é saber como poderá um tal sistema existir, numa forma altamente sofistiscada e tecnológica de dominação, condenando o ser humano a “homo sacer”, no sentido que lhe dá G. Agamben, inspirado no direito romano (ver o livro “Estado de Excepção”, publicado pelas Ed. 70). Na verdade, quando já não houver senão uns poucos consumidores (nome actual dos cidadãos), nem trabalho/empregos para a maior parte, e o sistema de segurança social colapsar (hoje um jornal diz que será em 2020) mas apenas eventualmente tecnologia altamente sofisticada, gostaria de ver a que tipo de filme de ficção científica os então ainda sobreviventes assistirão.
Nesta situação inédita na história, que nos coube viver, o património cultural e em particular a arqueologia com que sonhámos (qualquer que fosse o lugar/modo como tentámos e tentamos pô-la em prática) são (quase) invisíveis...
«Higher intelligence associated with "thinking like an economist"
As the world economy dusts itself down and edges towards recovery, a provocative new paper claims that people with higher intelligence are more likely to think like economists. That is, they're more likely to be optimistic about the economy; to recognise the economic advantages of markets free from government interference , and the advantages of foreign trade and foreign workers;»
http://bps-research-digest.blogspot.pt/2010/11/higher-intelligence-associated-with.html
Grande coisa... é estudo da mesma água que aqueles que mostram que as pessoas de ideias mais esquerdista-liberais são mais inteligentes do que as da Extrema-Direita: sucede simplesmente que quando a elite reinante é de ideologia x, as pessoas serão tanto mais da ideologia x quanto mais ascenderem na hierarquia social, que acaba também por ser cultural. E quem mais ascende, seja em que sociedade for, são, em geral, os mais inteligentes. Assim, numa sociedade cuja elite é imigracionista e economicista, é óbvio que as pessoas mais inteligentes, ou seja, as mais recrutadas pela elite, são também as mais influenciadas por essa mundivisão economicista e imigracionista.
«Assim, numa sociedade cuja elite é imigracionista e economicista»
Sim, mas economicista de esquerda, não de direita.
Grande coisa... é estudo da mesma água que aqueles que mostram que as pessoas de ideias mais esquerdista-liberais são mais inteligentes do que as da Extrema-Direita: sucede simplesmente que quando a elite reinante é de ideologia x, as pessoas serão tanto mais da ideologia x quanto mais ascenderem na hierarquia social, que acaba também por ser cultural. E quem mais ascende, seja em que sociedade for, são, em geral, os mais inteligentes. Assim, numa sociedade cuja elite é imigracionista e economicista, é óbvio que as pessoas mais inteligentes, ou seja, as mais recrutadas pela elite, são também as mais influenciadas por essa mundivisão economicista e imigracionista.
POIS, QUANDO NA IDADE MEDIA A DIREITA CONTROLAVA TUDO ERA OBVIO QUE TINHA MAIOR QI MEDIO..TAL COMO A DIREITA DA HELLADA QUE GEROU A PROPRIA CIENCIA..
"Sim, mas economicista de esquerda, não de direita."
Não, a elite portuguesa é economicista de direita.
E o povo em termos económicos tende mais para a Esquerda, enquanto no aspecto cultural é de Direita.
«Não, a elite portuguesa é economicista de direita.»
A maior parte dos intelectuais são de esquerda. Mas o que o estudo diz não é que pessoas mais inteligentes são economicistas, é que pessoas mais inteligentes têm mais probabilidade de terem pontos de vista económicos iguais aos dos economistas.
Não admira - quem é mais inteligente em geral informa-se mais e se está interessado em Economia (quase toda a gente, nos dias de hoje), vai ler o que dizem os economistas dominantes na praça.
"Mas o que o estudo diz não é que pessoas mais inteligentes são economicistas, é que pessoas mais inteligentes têm mais probabilidade de terem pontos de vista económicos iguais aos dos economistas."
Iguais aos dos economistas do sistema, que por causa disso aparecem 500 vezes por dia nos media, formatando assim a maneira de pensar das pessoas mais interessadas nos assuntos do país, que são geralmente as pessoas mais inteligentes do país. E portanto a inteligência neste tipo de estudos é uma variável irrelevante, que só serve para lançar areia para os olhos das pessoas.
"A maior parte dos intelectuais são de esquerda."
Pois, mas há mais elite para além dos intelectuais.
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