EM MEMÓRIA DE JULIANO, GRANDE VULTO DO OCIDENTE
Quer Lhe chamasse Hélios, Apolo ou Mitra, o Sol era para Juliano a teofania por excelência, a manifestação do Deus que tinha como seu guia de eleição.
Cíbele, a «Mãe dos Deuses» à Qual Juliano consagrou um hino.
No dia 26 de Junho de 363 d.c., morreu em combate, contra os Persas, o imperador Juliano, cognominado, pelos cristãos, de «Apóstata» e, pelos pagãos, de «Grande».
Juliano, nascido em Alexandria (norte do Egipto) mas de ascendência ilírica (da Ilíria, estirpe indo-europeia ou ariana que será, eventualmente, antepassada dos modernos Albaneses), foi educado em duas grandes vias ontológicas: dum lado, a cultura clássica greco-romana; do outro, o Cristianismo. Cedo mostrou preferência pela primeira, recusando cada vez mais, à medida que crescia, os ensinamentos da religião invasora, isto é, a de Jesus, ao qual ele chamava «Galileu».
Leu os grandes filósofos pagãos, entre os quais Platão, e os neoplatónicos também, tais como Celso, Jâmblico, Porfírio. Devido ao facto de que o Cristianismo tinha sido imposto e o Paganismo era já então perseguido, Juliano teve de esconder a sua veneração pelos Deuses antigos, até chegar a ser de facto imperador, em 361.
A partir daí, e tendo o apoio do seu exército - além de filósofo, era grande estratega militar e cobriu-se de glória na campanhas bélicas que dirigiu, nomeadamente na Germânia - Juliano iniciou a restauração da religião pagã, renovando templos pagãos em ruínas que tinham sido saqueados por cristãos e realizando cerimónias religiosas por toda a parte, o que muito desagradou aos seguidores do crucificado. Diz-se que o dardo que causou a morte de Juliano em combate não foi arremessado pelo inimigo (persa), mas sim por um dos seus próprios soldados cristãos, no meio da refrega. Em sendo verdadeira esta hipótese, confirma-se, por completo, a justeza das palavras de John Locke: todas as religiões devem ser toleradas, excepto aquelas que, pela sua própria natureza (por criarem um Estado dentro do Estado), ponham em causa a salvaguarda da Pátria.
Um dos principais argumentos de Juliano contra o Cristianismo, baseava-se, em traços gerais, no seguinte: porque é que os Greco-Romanos devem aceitar em exclusivo um Deus dos Judeus e que um dos seus profetas - Jesus - diz ser de todos os homens? Porquê abandonar os Deuses que foram realmente honrados pelos antepassados da Grécia e de Roma e honrar apenas uma Divindade do deserto semita?
Depois de ferido pelo dardo, falou, enquanto morria, com os seus homens, discursando sobre a morte e sobre o medo, afirmando, como Sócrates, que não havia motivo para temer o óbito. A respeito desta última cena da sua vida, disseram os cristãos que as suas últimas palavras teriam sido «Venceste, Galileu!», mas nunca foi historicamente provado que o imperador pagão tenha mesmo dito isso.
Sem prejuízo do culto que prestava à generalidade dos Deuses, Juliano tinha especial veneração pelo Sol Invictus (Sol Invencível), por Zeus (Deus do Céu, do Raio e da Justiça, arquetipicamente indo-europeu ou ariano), por Apolo, por Mitra (antigo Deus ariano da luz e dos contratos) e pela Mãe dos Deuses. Conhecem-se actualmente pelo menos duas orações compostas por Juliano em honra dos Deuses (clicar para ler). Sabe-se também que se iniciou em várias religiões da época, entre as quais o Mitraísmo, que poderia ser hoje a religião dominante no Ocidente se o Cristianismo tivesse sido detido, isto no dizer do historiador Renan.
Dizia ele «Fazer por zelo tudo o que está ao seu alcance, é, na verdade, uma prova de piedade», sendo a piedade aqui entendida, não no sentido cristão, que é «compaixão», mas sim no significado original do termo, isto é, pagão, pois que Pietas é o dever religioso para com os Deuses e para com a Pátria.
É de reter esta sua declaração sumária e concisa sobre o modo como encarava o Divino:
«A primeira coisa que devemos pregar é a reverência para com os Deuses. É apropriado que efectuemos o nosso serviço aos Deuses como se Eles estivessem presentes ao pé de nós e nos estivessem a ver, e mesmo que não sejam vistos por nós pudessem dirigir o Seu olhar, mais poderoso do que qualquer luz, tão fundo como os nossos pensamentos mais escondidos.»
Quem quiser saber mais, pode ir cultivar-se no site da The Julian Society.
Poderiam ser destes os vitrais dominantes por todo o Ocidente, se Juliano não tivesse morrido antes do tempo...
4 Comments:
Isto foi apenas o espasmo final de um moribundo (paganismo), afinal a verdadeira religião triunfou sobre
esse cadáver putrefado e ignominioso.
não podemos deixar que o esforço dele tenha sido em vão..fuck 1.0s e derivados..
« cadáver putrefado e ignominioso.»
Alto, que cadáver putrefacto e ignominioso foi o corpo do judeu morto, Jesus de Nazaré, isto objectivamente falando - primeiro, porque morreu (cadáver), segundo porque, sendo cadáver, acabou por se degradar (putrefacto), e ignominioso porque morreu em ignomínia, uma vez que a crucificação era nesse templo aplicada aos criminosos.
Depois, alguns crentes disseram que o corpo não tinha ficado na sepultura, que se tinha levantado e subido aos céus, mas isso já é uma questão de fé (e fé muito forçada, que acreditar numa coisa dessas é dose...).
Quanto ao Paganismo, nunca esteve moribundo - foi, isso sim, assassinado. Mas agora está de volta, porque os europeus ainda existem e os seus Deuses são imortais.
Isto foi apenas o espasmo final de um moribundo (paganismo), afinal a verdadeira religião triunfou sobre
esse cadáver putrefado e ignominioso.
verdadeira religião na zona alien, isso sim..e nem nela por que esta ja tinha o baal e cia..
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