segunda-feira, junho 11, 2012

EM FRANÇA - FRENTE NACIONAL CONFIRMA-SE COMO TERCEIRA MAIOR FORÇA POLÍTICA DO PAÍS; MARINE LE PEN DERROTA MELANCHON

Um mês depois ter obtido um resultado histórico para a extrema-direita nas eleições presidenciais francesas, a sua líder, Marine Le Pen, confirma a consolidação da Frente Nacional no tabuleiro político do país e alcança o seu objectivo pessoal, eliminando o líder da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon.
A Frente Nacional (FN), que obteve neste domingo, no primeiro turno das legislativas, entre 13% e 14% dos votos, segundo estimativas, no entanto pode esperar obter apenas entre uma e três cadeiras de deputados, visto que as modalidades destas eleições, maIoritárias e em dois turnos, favorecem os grandes partidos e as alianças entre formações.
"É um resultado muito bom", "há uma verdadeira dinâmica" que pesará extremamente na constituição da Assembleia Nacional, afirmou o encarregado da campanha da FN, Florian Philippot.
O partido de Marine Le Pen pode manter os seus candidatos no segundo turno, que será disputado em 17 de Junho, em várias dezenas de circunscrições.
Para Marine Le Pen, de 43 anos, é uma vitória. Havendo ou não deputados do seu partido eleitos no segundo turno (o que não acontece desde 1998), a FN obtém o seu melhor resultado em três legislaturas.
"Confirmamos a nossa posição de terceira força política da França", "a recomposição que queremos está em andamento", declarou Le Pen após divulgados os resultados.
"Peço a todos os eleitores que querem uma oposição autêntica aos socialistas que se mobilizem no próximo domingo", disse Le Pen na sua circunscrição de Henin-Beaumont (norte), onde foi a mais votada e onde disputará com um socialista a vaga em jogo no segundo turno.
Nesta cidade do departamento (estado) de Pas de Calais, antiga região industrial que foi decaindo ao ritmo do fechamento das suas minas, Marine Le Pen encabeçou os resultados, com 42% dos votos, e ganhou o braço de ferro com o dirigente da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, que admitiu a derrota e desistiu a favor do socialista Philippe Kemel.
Longe das castigadas zonas industriais do norte, os redutos da Frente Nacional no sul da França tiveram bons resultados: a sobrinha de Marine, Marion Maréchal-Le Pen, liderou o primeiro turno no departamento de Vaucluse, com 34,6% dos votos, e enfrentará no segundo turno dois candidatos, um socialista e um da UMP (direita).
O advogado Gilbert Collard também está em boa posição no departamento de Gard, com 34,6%, diante da candidata do PS (32,9%) e um da UMP, Etienne Mourrut (23,9%), que "vacila" em se manter firme perante o candidato da FN.
Esta hesitação já é um êxito para a herdeira da extrema direita francesa, que tem trabalhado para desestigmatizar o partido de ultradireita do seu pai, Jean-Marie Le Pen, enquanto aguardava a recomposição da direita, abalada pela derrota de Nicolas Sarkozy nas presidenciais.
No entanto, o líder da UMP, Jean-François Copé, lembrou no domingo que "não haverá alianças com a Frente Nacional".

E tudo porque o raio do povinho não há maneira de perceber que votar nos «racistas» é pecado...

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

marine rules

12 de junho de 2012 às 07:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O que acham disto:

»para que serve o resultado da Frente Nacional francesa?

Para nada. Andam há uma série de anos a conseguir resultados na casa dos quinze por cento para não elegerem um só deputado graças ao sistema francês. O que acontece em França acontece em outros lados. Os partidos nacionalistas não têm hipóteses de ascender ao poder por via eleitoral. Como também não vão lá por outras vias está a situação resolvida. Não têm vocação de poder, de resto. E as coisas estão construídas para que nunca lá cheguem. Alcançam "bons" resultados, mas nem sequer conseguem influenciar políticas. Há alguma alteração significativa no rumo desgraçado que a Europa tem vindo a tomar nos últimos anos? não. A Europa continua a caminhar para o seu fim e mais nada. Imigrantes por todo o lado, quebra demográfica, economias em dificuldades, sistemas educativos miseráveis. Futuramente, com a concessão de voto aos imigrantes e descendentes a situação piorará. A direita nacionalista ou chega ao poder a curto prazo ou quando der por isso está a fazer comícios para um eleitorado constituído por estrangeiros. Como isso não vai suceder resta aos nacionalistas ficarem alegres quando alcançam quinze por cento. Grande resultado? grande resultado seriam quarenta e tal ou cinquenta por cento, uma maioria absoluta que nunca chegará em lado nenhum.«

http://acidadedosossego.blogspot.pt/2012/06/para-que-serve-o-resultado-da-frente.html

Cda vez parece mais real... revolução nacionalista!

12 de junho de 2012 às 17:04:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«O que acontece em França acontece em outros lados.»

Nem por isso. Na Suécia já estão bem representados no parlamento, na Suíça têm o maior partido, que soma e segue graças ao sistema referendário, na Áustria têm o segundo ou terceiro maior partido.


«Os partidos nacionalistas não têm hipóteses de ascender ao poder por via eleitoral.»

É exactamente o contrário que se tem passado.


«Alcançam "bons" resultados, mas nem sequer conseguem influenciar políticas.»

É exactamente ao contrário. Os Nacionalistas têm de facto exercido algum poder na Europa precisamente pela via eleitoral - porque o crescimento dos seus votos tem feito com que os políticos dominantes comecem a adoptar, ou pelo menos a prometer, reduzir a imigração, precisamente porque temem um aumento ainda maior de votos na Extrema-Direita. E tanto é isto verdade que há escassos anos as eleições presidenciais francesas foram ganhas com uma agenda tendencialmente nacionalista e anti-imigração. Poder-se-á dizer que de uma aldrabice se tratou, nomeadamente da parte do candidato da «Direita« então vencedora, Nicolas Sarkozy, que é um típico representante do sistema e nem de perto nem de longe um nacionalista, mas argumentar assim é analisar o caso superficialmente e não entender o essencial: e o essencial é a agenda nacionalista ter ficado em primeiro plano, acima das outras todas. Doravante, os valores e prioridades nacionalistas, o da defesa da identidade nacional e redução/travão da imigração, passaram a estar na ordem do dia, no eixo central da Política, o chamado «mainstream». Evidentemente que isto só por si não chega para dar a vitória aos Nacionalistas, mas Roma e Pavia não se fizeram num dia e, para já, a verdade é que as prioridades políticas da sociedade começam a ser as dos Nacionalistas.

E isto já é, inequivocamente, exercer o Poder, mesmo sem chegar ao governo. É assim que funciona a Democracia - foi assim, por exemplo, que na Holanda e na Dinamarca se fizeram várias leis a restringir severamente a imigração, precisamente por causa da elevada votação que obtiveram o PVV e a DF, respectivamente.

13 de junho de 2012 às 12:55:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

grande resultado seriam quarenta e tal ou cinquenta por cento, uma maioria absoluta que nunca chegará em lado nenhum.«

numa frança cheia de alogenos, não se sabe nem se ainda existem franceses suficientes para tal..

13 de junho de 2012 às 14:11:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

graças ao sistema francês

tapetão do zog..

13 de junho de 2012 às 14:11:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Cda vez parece mais real... revolução nacionalista!

o zog não dura até 2020..o problema é o que vai vir depois..temos de nos preparar para nos separar dessa merda e estocar adm´s..

13 de junho de 2012 às 14:13:00 WEST  

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