sexta-feira, junho 29, 2012

DEPUTADO DO CDS QUER JOVENS FORA DA SEGURANÇA SOCIAL

Fonte: http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=566155&tm=9&layout=121&visual=49 (texto originalmente redigido sob o novo acordo ortográfico mas corrigido aqui para a ortografia portuguesa)
O deputado do CDS Michael Seufert, estudante e um dos mais novos parlamentares portugueses, defende que os contratos para jovens que procuram o primeiro emprego deviam ser "mais flexíveis" e "isentos de contribuições para a Segurança Social", revela o site P3. Para este deputado, as empresas conseguiriam assim cortar 30 por cento nos custos com o trabalhador, e os jovens ficariam fora da Segurança Social.
Na entrevista que deu ao P3 anteontem, Seufert admite que a proposta não seja "politicamente correcta", mas a sua ideia é "embaratecer a contratação sem mexer nas remunerações": "Entre estar desempregado sem apoio ou com um apoio fraco e ir trabalhar e poder fazer a diferença, acho que era preferível trabalhar", diz o deputado.
Para o deputado de 29 anos, é preciso flexibilizar a lei laboral e ele próprio não se importa de ficar fora do sistema de Segurança Social: "É provável que a reforma que vou ter quando chegar aos 60 ou 65 anos, se é que vou ter, seja insignificante", diz o deputado.
O deputado do CDS defende ainda que o secretário de Estado da Juventude, Alexandre Mestre, tem razão quando defende que as pessoas têm de sair da sua zona de conforto. "A nossa visão de sair do curso superior e começar a trabalhar numa empresa e isso ser um emprego para a vida à porta de casa acabou", diz Seufert ao P3. "Muitas pessoas ainda pensam assim e outras felizmente já não."
Como propostas para resolver o problema do desemprego jovem, Michael Seufert defende ainda as recentes medidas de beneficiar os cursos superiores com maior empregabilidade, para além do auto-emprego e do empreendedorismo. "A nossa geração é do Erasmus e da migração", diz o deputado, que considera "natural" que a emigração seja também uma opção neste momento.

O partido que tipicamente representa os interesses do capitalismo conservador mais uma vez a virar-se contra o povo e, desta feita, a fazer coro com a restante hoste capitalista, que apoia a emigração e a imigração, contra as «zonas de conforto», leia-se, as pátrias e os direitos dos nacionais. Nada que surpreenda quem saiba o que é esta gente. Do ponto de vista nacionalista, não é em nada melhor do que a Esquerda - mas em absolutamente nada, pelo contrário. Aliás, nunca nenhum partido da Extrema-Esquerda tuga se lembrou de fazer a apologia da emigração, nem promoveu, que eu saiba, medidas burocráticas destinadas a dificultar o retorno dos imigrantes - portanto, dos estrangeiros - ao seu país de origem.


15 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«Do ponto de vista nacionalista, não é em nada melhor do que a Esquerda - mas em absolutamente nada, pelo contrário.»

A Esquerda é militantemente antirracista, os liberais económicos apátridas só se lhes convier. Por isso a esquerda é muito pior.

29 de junho de 2012 às 17:06:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Até está bem visto e era o que eu costumava pensar. Mas a verdade é que no seio dessa cambada há também uma certa mentalidade universalista e moralidade anti-racista, especialmente na versão «lusofonista», «atlantista», aliás, minho-timorista capitalista.

29 de junho de 2012 às 19:12:00 WEST  
Anonymous Afonso de Portugal said...

Caturo disse...
"Mas a verdade é que no seio dessa cambada há também uma certa mentalidade universalista e moralidade anti-racista, especialmente na versão «lusofonista», «atlantista», aliás, minho-timorista capitalista."

Exactamente. Aliás, o problema do comentário do anónimo das 17:06 é que aos liberais económicos o multirracialismo convém quase sempre, por ser sinónimo de mão-de-obra barata. E por ser sinónimo de mercados além-fronteiras.

Eu pessoalmente, vejo poucas diferenças entre a esquerda anti-racista e a direita à la CDS.
Ambos são perversos, de maneiras diferentes.

Os esquerdistas vêem nos imigrantes a oportunidade de diluir a identidade nacional por via da miscigenação e da diluição cultural, para então poderem implantar a tal sociedade sem classes com que tanto sonham.

Já os minho-timoristas vêem nos imigrantes a possibilidade de ressuscitar a utopia do império ultramarino, ao qual dão, erradamente, o nome de Portugal. O argumento usual é que os alógenos podem ser portugueses desde que adoptem a nossa cultura e costumes. Claro que nem mesmo eles acreditam que isso seja possível: basta ver que o próprio líder do CDS, o Paulinho das feiras, passou anos a dizer que a Turquia não fazia parte da Europa… para agora, cheio de lata, vir exigir o estado islâmico no seio da UE.

30 de junho de 2012 às 01:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A Esquerda é militantemente antirracista, os liberais económicos apátridas só se lhes convier. Por isso a esquerda é muito pior.

sim, o capital da fundação ford marxista cultural é de esquerda..jeje

alguns dizem até que os capitalistas apelaram para o marxismo cultural com medo do classico lhes tomarem tudo..

tipo quando financiaram 1917 com medo de os anarquistas continuarem liderando a esquerda e destruir eles..

1 de julho de 2012 às 04:39:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Até está bem visto e era o que eu costumava pensar. Mas a verdade é que no seio dessa cambada há também uma certa mentalidade universalista e moralidade anti-racista, especialmente na versão «lusofonista», «atlantista», aliás, minho-timorista capitalista.

na verdade na espanha e cia isso é ainda pior..e por isso mesmo la os partidos nacionalistas não prosperam..não é só o imperialismo de castela..no twitter é só o que tem..o que contribui pra isso tambem é que a america espanhola possuem muitos de etnicidade parecida com os espanhois, enquanto nos demais imperios economicos/mercantis, a distancia era bem maior..isso se deu por que a espanha se focou na america e na america a população nativa não predominou, enquanto no resto a população nativa nunca chegou a ser minoria..

1 de julho de 2012 às 04:43:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

isso talvez por que o territorio das americas era muito grande e ao contrario de outros mainlands, mais umido, ou seja, não tinha zonas tão secas pra fazer a população se concentrar em zonas umidas..

1 de julho de 2012 às 04:44:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

30 de Junho de 2012 1:31:00 WEST

na verdade os smithianistas originais eram pre-marxistas culturais..com medo do comunismo classico eles concederam tudo mas não a propriedade, ou seja, são tão burros e pensam a curto prazo..

quanto aos minho-timoristas são idiotas uteis da esquerda e da centro-esquerda capitalista mal taqyiada de pseudo-direita..

1 de julho de 2012 às 04:47:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

*possui

2 de julho de 2012 às 07:22:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«na verdade na espanha e cia isso é ainda pior..e por isso mesmo la os partidos nacionalistas não prosperam»

É ao contrário, Espanha mantém maior distância em relação às ex-colónias do que Portugal.

2 de julho de 2012 às 18:20:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

É ao contrário, Espanha mantém maior distância em relação às ex-colónias do que Portugal.

se vc for no twitter e nas comus secretas que eu visitei vai ver que la o minho-timorismo é ainda pior..

3 de julho de 2012 às 02:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

por isso que madrid é cheia de equatorianos e cia..

3 de julho de 2012 às 02:31:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não é só por causa própria que digo que o brasuca desta vez tem razão. A verdade é que quem tem um império poderoso às costas tem mais tendência natural para se sentir tentado a defendê-lo com unhas e dentes. A Causa Nacionalista terá por isso de enfrentar, internamente, os minho-timorismos espanhol, francês, inglês e russo.

3 de julho de 2012 às 15:38:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Tão minho-timoristas que os espanhóis são...

http://www.forocoches.com/foro/showthread.php?t=1034555

Tópicos destes sobre pretos e brasucas não se vêm em fóruns portugueses, a esses tratamo-los por «irmãos».

E lembrar também que somos a única ex-potência colonial que adoptou a língua duma ex-colónia sua.

3 de julho de 2012 às 21:34:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Tratamo-los por irmãos quem? Não há um único nacionalista português que o faça, do mesmo modo que muitos espanhóis também tratam os sul-americanos de lingua espanhola como irmãos.

3 de julho de 2012 às 22:12:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Tratamo-los por irmãos quem? Não há um único nacionalista português que o faça»

Nem disse que o faziam.


«muitos espanhóis também tratam os sul-americanos de lingua espanhola como irmãos.»

Sim eu sei.

3 de julho de 2012 às 22:37:00 WEST  

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