quarta-feira, maio 09, 2012

9 DE MAIO - DIA DA EUROPA, DIA DOS ANCESTRAIS

O rapto de Europa por Zeus, transformado em touro branco
Foi determinado há uns tempos que este é o dia da Europa. A iniciativa insere-se num projecto de edificação duma comunidade de Europeus, coesa e civilizada, solidária e justa... no contexto político do humanismo democrático e social, o eixo central da política dominante.
E todavia, não deixa de ser verdade que um dia consagrado à Europa é um dia dos Europeus, independentemente da sua postura ideológica.
Em assim sendo, devem os nacionalistas salientar a excelsa coincidência de os antigos Romanos, antepassados culturais, civilizacionais e étnicos dos Europeus, iniciarem neste dia festejos estrita e eminentemente ligados à Ancestralidade - a 9 de Maio começava a Lemúria, celebração na qual se honravam os espíritos bons dos mortos, os Manes, e se aplacavam os espíritos maus dos mortos, os Lémures. Os rituais eram realizados pelo Pai de Família, ou Pater Familias, rituais esses que incluiam o gesto das figas (o polegar entre os dedos indicador e médio significa o clítoris de Larunda, ou Mania, a Mãe dos Manes, Deusa dos Mortos). Nesta altura, conduziam-se cerimónias públicas, estatais, com similar intuito, o de limpar a Pátria de influências perigosas, pois que o Estado era visto como um lar maior.


Suporte térreo do Olimpo,

Augusta pátria do Ocidental Ária,
Outra margem da Atlântida lendária,
Em Camelot matriz atemporal,
Baluarte do verbo imortal,
Da Hiperbórea, espelho quase perfeito,
Alma e Espírito a vertical e a eito

Dos Urais às Flores,
Da Hélada aos fiordes
Terra verde meiga rija e forte
Do alto céu argênteo consorte
Ninho do águia, do mocho e do corvo
Leito dos rios, fontes e lagos que sorvo
Cova do lobo, do urso e da corça ligeira
Berço da alva raça livre e guerreira

Ergue-se das raízes para o Alto
Abre caminho, a custo e a salto
Dos remotos megálitos à escalada do espaço
Anelo de etéreo cristal, vontade de indómito aço

Da tribo dos homens livres à democracia organizada
A vera face sempre mais e mais revelada
Seja morena clara a pele ou níveo o semblante
Arde o mesmo facho da Liberdade, pujante

Europa Helénica, Europa Latina, Europa Céltica,
Europa Germânica, Europa Báltica, Europa Eslava,
Dos povos já fantasmas e dos vivos a morrer
E das nações antigas que teimam em viver
Tudo Europa, grande Europa, sempre Europa

Egrégia Europa - nós, teus filhos, te louvamos

11 Comments:

Anonymous Luís Taborda said...

Caturo, por falar em ancestrais, na semana passada fui com uns amigos, visitar a Necrópole de Carenque, na Amadora. É um bocado difícil lá chegar porque não há acesso de carro: chega-se à rotunda e depois tem que se seguir a pé.Prestámos homenagem aos ancestrais e não deixei de comentar com o pessoal que a localização do monumento megalítico não deixa de ser irónica, senão veja-se: fica situado junto à Serra das Brancas - ora, a Serra das Brancas é um bairro habitado por africanos e descendentes... - Um dos símbolos da ancestralidade nacional mais remota fica num sítio com forte presença não europeia e negróide...
Curioso, de facto. Já lá esteve?
Vale a pena visitar. No Cacém existe o Moinho da Anta, outro monumento funerário megalítico.
Estou num grupo de trabalho que pretende elevar a Necrópole a símbolo da Amadora, e temos trabalhado na construção da nossa página virtual.
A propósito de Pré-História portuguesa, conhece a antiga controvérsia entre as teses indigenista e difusionista, relativas aos modelos de construção das fortificações neolíticas, que os partidários da primeira advogavam ter tido origem num desenvovimento endógeno, obra das populações autóctones, defendendo os da segunda (Eugénio Jalhay) a origem dessas fortificações em movimentos migratórios oriundos do Oriente próximo, com base em certas semelhanças encontradas com construções do Mediterrâneo Oriental? Ora esta teoria foi refutada brilhantemente por Bosch-Gimpera, que afirmou que as semelhanças encontradas entre as construções nacionais e da Ásia resultaram de uma adaptação a necessidades de protecção e expansão territorial, nada existindo nos vestígios que leve a aceitar uma imigração em massa de alóctones.

Cumprimentos Cordiais

10 de maio de 2012 às 16:57:00 WEST  
Anonymous Luís Taborda said...

http://www.youtube.com/watch?v=gwXqowK5B9Q


Pode ver este vídeo. Peço desculpa pela fraca qualidade da imagem.

10 de maio de 2012 às 17:08:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Nunca estive na Serra das Brancas, e de facto o nome é irónico na actual circunstância que descreve... é uma ironia de certo modo inversa à da Cova da Moura, porque aqui sim, a terra está cheia de «mouros», aliás, migrantes vindos de África (embora negros, ao contrário dos de há mil e trezentos anos). Isto abstraindo do facto de que na verdade as Moiras da tradição folclórica nacional serem na verdade uma espécie de antigas Fadas da tradição mitológica arcaica, eventualmente pré-romana...

Sobre o que diz da pré-história portuguesa, não estou suficientemente informado para tecer um comentário abalizado a respeito da polémica, a qual aliás já me tinha referido, num comentário antigo, que eu infelizmente não publiquei por não responder. Mas nessas coisas tenho para mim que as coincidências não existem ou pelo menos não se deve contar com elas, a menos que não haja qualquer explicação plausível para as mesmas. Se as parecenças com as edificações do Mediterrâneo Oriental existem, é porque provavelmente daí foram trazidas, o que, segundo diz, o próprio Bosch-Gimpera não nega. A única polémica que me parece de pé deriva da oposição entre a possibilidade de uma migração maciça ou uma simples difusão em grupos mais restritos. E, por essa via, creio que a genética pode ser útil, uma vez que, segundo tenho lido, a influência genética de uma massa humana vinda no neolítico é em Portugal mais fraca do que no resto da Europa.

10 de maio de 2012 às 17:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Estatutos de Limpeza de Sangue em Espanha:

«Los Estatutos de limpieza de sangre fueron el mecanismo de discriminación legal hacia las minorías españolas conversas bajo sospecha de practicar en secreto sus antiguas religiones -marranos en el caso de los ex-judíos y moriscos en el de los antiguos musulmanes- que se estableció en España durante el Antiguo Régimen. Consistían en exigir (al aspirante a ingresar en las instituciones que lo adoptaban) el requisito de descender de padres que pudieran asimismo probar descendencia de cristiano viejo. Surgen a partir de la revuelta de Pedro Sarmiento (Toledo, 1449), a consecuencia de la cual se redactó la Sentencia Estatuto y otros documentos justificativos, que a pesar de ser rechazados incluso por el papa Nicolás V, tuvieron una gran difusión en gobiernos municipales, universidades, órdenes militares, etc.

Su principal problema, y que causó el rechazo inicial por el papado, era el hecho de que presuponían que ni siquiera el bautismo lavaba los pecados de los individuos, algo completamente opuesto a la doctrina cristiana. »


http://es.wikipedia.org/wiki/Estatutos_de_limpieza_de_sangre

10 de maio de 2012 às 18:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O que é nacional é bom:

http://fugas.publico.pt/Vinhos/304717_um-tinto-alentejano-vai-vencer-concurso-mundial-de-vinhos-so-falta-saber-qual

10 de maio de 2012 às 18:54:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Sobre o que diz da pré-história portuguesa, não estou suficientemente informado para tecer um comentário abalizado a respeito da polémica, a qual aliás já me tinha referido, num comentário antigo, que eu infelizmente não publiquei por não responder. Mas nessas coisas tenho para mim que as coincidências não existem ou pelo menos não se deve contar com elas, a menos que não haja qualquer explicação plausível para as mesmas. Se as parecenças com as edificações do Mediterrâneo Oriental existem, é porque provavelmente daí foram trazidas, o que, segundo diz, o próprio Bosch-Gimpera não nega. A única polémica que me parece de pé deriva da oposição entre a possibilidade de uma migração maciça ou uma simples difusão em grupos mais restritos. E, por essa via, creio que a genética pode ser útil, uma vez que, segundo tenho lido, a influência genética de uma massa humana vinda no neolítico é em Portugal mais fraca do que no resto da Europa.



Num dos seus derradeiros contributos para a Pré-História peninsular, Bosch-Gimpera resumiu o estado da questão e a sua opinião a tal respeito em termos que, ainda hoje parecem actuais e que por isso subscrevemos:


'... No creemos que estes influjos representam, como creen Almagro, Sangmeister y otros, una "colonización" a la que, según ellos, habia que atribuir los "tholoi", con falsa cúpula, y las ciudades o grandes poblados rdeados de murallas con salientes en forma de torre como Los Millares y en Portugal Pedra do Ouro, Zambujal y Vilanova de São Pedro. Que en la cultura del Eneolítico peninsular exista la influencia de las relaciones forasteras, mediterráneas, lo hemos reconocido y de ello habemos tratado. Pero ni los sepulcros megalíticos son un tipo introducido por forasteros - y probablemente tampoco la idea de la falsa cúpula - ni lo que hay en la península de influencia mediterránea autoriza para hablar de "colonización" propiamente dicha y se explica por simples relaciones comerciales todo lo intensas que se quiera, pero que no revean el establecimiento de "colonizadores" que en el se establecen'

10 de maio de 2012 às 19:12:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Quanto aos três principais povoados melhor conheciddos do território nacional - Vila Nova de São Pedro (Azambuja), Zambujal (Tores Vedras)e Leceia (Oeiras), constata-se que a génese das semelhanças entre elas se deve a necessidades comuns de defesa, o que levaria a soluções técnicas semelhantes.
Aceita-se que diferentes civilizações calcolíticas e do Bronze tenham recorrido à edificação de fortificações, ditadas por condicionantes económico-sociais específicas.

'Alcanzada la vida sedentaria normal y comenzada una vida de tipo urbano (...) las fortificaciones primitivas para defensa de los poblados se convierten naturalmente em murallas, y ellos en fortalezas; pero en todas as partes, y tanto en Los Millares como en Pedra do Ouro, Zambujal y Vilanova de São Pedro, los hallazgos revelan una cultura indígena que no deja de sero apesar de as transformaciones singulares de sus rasgos, nunca una cultura masiva como la de los lugares de origen de las relaciones e influencias'.

Bosch-Gimpera

10 de maio de 2012 às 19:29:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

http://www.prof2000.pt/users/histesfa/teresa/new_page_1.html

10 de maio de 2012 às 19:39:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

a limpeza de sangue da espanha era o inverso dos pseudo-eugenistas..era manter o dna limpo e isso de separar o material do imaterial dizendo que nem o baptismo lavava a alma ou sangue de ninguém já prova por si só que eles entendiam da hereditariedade dos gens, degeneração evolutiva e cia..apenas não tinham descoberto o dna por não terem técnicas para tal, mas já deviam usar o logos occanianiensis..

11 de maio de 2012 às 00:32:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

11 de Maio de 2012 0:32:00 WEST

E é interessante o facto de que a natureza "racista" da população espanhola sobrepunha-se à mentalidade assimilacionista do cristianismo. Isto num país que sempre teve fama de ser fervorosamente cristão.

11 de maio de 2012 às 11:54:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E é interessante o facto de que a natureza "racista" da população espanhola sobrepunha-se à mentalidade assimilacionista do cristianismo. Isto num país que sempre teve fama de ser fervorosamente cristão.

o termo sangue azul surgiu na reconquista espanhola..

11 de maio de 2012 às 21:45:00 WEST  

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