sexta-feira, março 02, 2012

COMEÇA MARÇO, MÊS DE MARTE, DEUS DA GUERRA...


Neste dia celebrava-se em Roma a Matronália, festa das mulheres, presidida por Juno Lucina, ou Juno dos Nascimentos; colocava-se louro sobre o portal da Regia e renovava-se o fogo do templo de Vesta, chama sagrada da cidade; celebra-se também o Dia de Mars Pater Victor, ou Pai Marte Vencedor, pai mítico de Rómulo, fundador de Roma

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A vulnerabilidade da literatura portuguesa deve-se, em grande medida, ao facto dos portugueses nunca terem cultivado as obras clássicas dos gregos. No universo da língua portuguesa, não descobrimos nenhuma obra que possa ser equiparável ao Fausto de Goethe, à Morte de Empédocles de Hölderlin, aos Sonetos a Orfeu de Rainer Rilke ou ao Ulisses de Joyce: o Fausto, Tragédia Subjectiva, de Fernando Pessoa revela apenas a sua indigência cognitiva que nos cobre de vergonha. A epopeia de Camões é pálida e, infelizmente, o Prometheu Libertado de Guerra Junqueiro nunca passou de esboço do poema. E onde está a versão portuguesa da Antígona de Sófocles? Quando estudava Filosofia, cheguei a assistir a duas ou a três palestras de Maria Helena da Rocha Pereira, cuja antologia da Cultura Grega, Hélade, ainda continua a ser uma obra inovadora em Portugal. Mas os seus estudos sobre cultura grega, embora interessantes, estão aquém - em termos de apropriação crítica do pensamento grego - daqueles que lhe dedicaram os especialistas ingleses, alemães e franceses: a lacuna grega não foi completamente preenchida na cultura portuguesa pela obra de Helena da Rocha Pereira. A grandeza da literatura inglesa, alemã e francesa deve-se à idealização precoce da antiga Hélade levada a cabo pelos pensadores e pelos poetas dos respectivos países. Portugal permaneceu estupidamente à margem da tarefa de apropriação critica do legado grego, e, ainda hoje, não temos edições completas das obras dos autores gregos. É certo que elas foram praticamente todas traduzidas, mas estão dispersas em traduções que exigem ser corrigidas sempre que deixam escapar a subtileza do pensamento ou mesmo a riqueza psicológica. Assim, por exemplo, lendo as traduções portuguesas dos diálogos platónicos, não conseguimos apreender a sua concepção do pensamento, pelo menos tal como a definiu Hannah Arendt: as traduções omitem que Sócrates, no seu diálogo com Cálicles, no Górgias, avança com uma noção-chave: «eu, que sou um». A sua omissão não permite descobrir que, «embora eu seja um, não sou simplesmente um, tenho um ser próprio e entro em relação com esse ser próprio enquanto meu próprio eu. Este si mesmo de cada um de nós não é de modo algum uma ilusão; faz-se ouvir falando-me - falo comigo próprio, não me limito a estar consciente de mim próprio - e, nesse sentido, embora seja um, sou dois em um e pode haver harmonia ou desarmonia no meu ser próprio. Quando discordo de outras pessoas, posso afastar-me delas; mas não posso afastar-me de mim próprio, e o melhor será, portanto, tentar pôr-me de acordo comigo antes de entrar em linha de consideração com os outros». De um modo geral, as traduções portuguesas tendem a transferir para as obras alheias a pobreza psicológica e cognitiva dos seus tradutores. A constatação frequente desta transferência levou-me a pensar que os portugueses são seres psicologicamente pobres, aquilo a que tenho chamado a mente primitiva dos portugueses, um traço provavelmente determinado por genes arcaicos inscritos no genoma lusitano. Curiosamente, o núcleo duro de colaboradores da revista Presença, em especial José Régio, avaliava a qualidade das obras literárias portuguesas em função da sua riqueza ou pobreza psicológicas. (Continua)

2 de março de 2012 às 11:53:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ora, uma tal avaliação é mais psicológica do que estética, e, segundo penso, tem a sua razão de ser no facto de podermos constatar na vida diária a pobreza psicológica dos nossos interlocutores portugueses. Como é evidente, não estou a inserir Helena da Rocha Pereira no quadro da pobreza psicológica: os seus estudos sobre cultura grega estão aí para testemunhar a sua luta heróica contra a indigência mental e cognitiva dos portugueses. Mas os portugueses, além de serem seres psicologicamente pobres, são também seres malevolamente ingratos: o esforço de Helena da Rocha Pereira não teve eco nas suas mentes vazias. Os portugueses condenam ao exílio interior todos aqueles que, entre eles, ousam pensar: o pensamento germinal dos outros agride-os de tal modo que se apressam a apagar todos os seus vestígios geniais. Helena da Rocha Pereira ainda não morreu, mas já foi enterrada em vida. As diversas mortes de Florbela Espanca são tentativas desesperadas de escapar à condenação-julgamento do público português, sendo o seu grande temor ser morta depois de ter morrido. É o carácter dilacerante desta experiência de ser um exilado na sua própria terra que leva os poetas e os pensadores portugueses a fazer dela o tema fundamental das suas obras. Porém, para se libertar da prisão que é Portugal, este tema deve abrir-se ao mundo exterior, além das fronteiras portuguesas. Ora, a leitura de Homero permite refrescar este tema obsessivo da poesia-pensamento português. Chegou a altura de regressar ao lar, o tema imortalizado por Homero e presente no Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett e nos Simples de Guerra Junqueiro! (Não sei se repararam que a fala de Aquiles, onde ele diz que preferia permanecer vivo como escravo de um homem pobre a ser rei dos mortos, questiona o núcleo duro da Ilíada: as duas obras apresentam concepções do mundo distintas. É sempre gratificante pensar que foi um mesmo poeta - Homero - que articulou estas duas concepções do mundo e da vida.)

2 de março de 2012 às 11:54:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

«Nada permanece. Será que construímos uma casa para ficar para sempre, será que selamos um contrato para que valha em todos os tempos? Só a crisálida da libélula é que solta a sua larva e vê o sol na sua glória. Desde os dias antigos que nada permanece. Que semelhantes são os mortos os que dormem - são como uma morte pintada! Que há entre o senhor e o servo quando ambos chegaram ao seu fim? Os Anunnaki, os juízes, vêm juntos, e com Mammetun, a mãe dos destinos, decretam os destinos dos homens. A vida e a morte distribuem, mas o dia da morte não revelam». (Epopeia de Gilgamesh)

2 de março de 2012 às 11:56:00 WET  
Blogger Caturo said...

«A epopeia de Camões é pálida»

Não me lixe. Uma das maiores obras literárias da Humanidade é «pálida»? Só se for pelo alvo brilho...

2 de março de 2012 às 17:50:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

É o cumulo, ao ponto que isto chegou.
É mesmo por isso que a extrema direita tem que vencer, seja em Portugal, em França, Inglaterra, por ai fora. Não existe outra solução, ou vencemos nós, ou o anti-racismo matará as nações da Europa numa amalgama de multiculturalismo sem freio que é genocídio.
Odivelas por exemplo já parece um pequeno kosovo a crescer, com pretos, zucas e outra merda que nada de bom gera na nossa sociedade, NADA MESMO.
Portugal branco resiste!!!! através do PNR, defende no os nativos, seja através de outras organizações, MON (se for ao estilo da Casa Pound). A Causa Identitária ainda existe?

4 de março de 2012 às 02:34:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Não me lixe. Uma das maiores obras literárias da Humanidade é «pálida»? Só se for pelo alvo brilho...

pois, eu nunca entendi isso..como algo brilhante e luminoso pode ser sofismado com algo sem brilho nem lux..

4 de março de 2012 às 11:34:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

a palavra é dubia; pode descrever um brilho fraco quase negro perdido na imensidão do espaço tipo a terra vista da voyager como tambem quando o rosto reflete mais lux pela diminuição dos micro-vasos ja que o sangue passa a se concentrar em areas vitais com o frio..mais o2 no cerebro, coração, pulmões, etc..extremidades mais frias com menos sangue a mais de 30 graus aquecido pela quebra de macro-moleculas do metabolismo pos-alimentação..

creio que seja daquelas palavras com mais de um significado em que sofismam um com o outro com fins de impor os desvalores aliens tal como o de sempre..subsidiar o lixo simiesco..outrixo inferiorista simian/etc..anti-apice evolutivo (inveja?)

4 de março de 2012 às 11:40:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

A epopeia de Camões

foi uma das poucas obras que fez a lingua tuga ganhar um pouco de respeito em outras partes do mundo ariano e humanoide a serio..aquela grande civilização crucial para a formação da primeira e grandiosa civilização onde o sol nunca se pôs..termo só depois plagiado pelos ingleses..e alias tinha um idiota no youtube querendo diminuir a grande civilização iberica no seu auge do xv-xvi-xvii dizendo que só os ingleses tinham uma civilização complexa e o resto eram meras tribos se tudo de complexo que eles fizeram ja foi herdado dos outros..vide a cia das indias e cia..

4 de março de 2012 às 11:44:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

e vc acha mesmo que alguem saido de uma terra onde só tem estupro e latrocinio justamente por causa dos seus gens primitivos irá mudar só por que mudou de jus soli?ele apenas irá levar os gens primitivos junto e deixar ele se refletir no meio igual a quando estava na sua terra de origem..quando vc fala zucas e pretos quer dizer pretos e derivados/negroidizados..não que todo zuca o seja, mas se a maioria sai do eixo vd-df é obvio que nesse caso a afirmação é verdadeira..

6 de março de 2012 às 13:04:00 WET  

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