segunda-feira, fevereiro 27, 2012

«JOVENS» EM CIDADE FRANCESA MONTAM EMBOSCADA A BOMBEIROS - E À POLÍCIA

Na cidade francesa de Lognes, cerca de trinta «jovens» (já se sabe que, tanto em França como cá, a escolinha da imprensa é a mesma: «jovens» é eufemismo para dizer pivetes não europeus) atacou forças policiais que se encontravam a proteger bombeiros caídos em emboscada.
Tudo começou quando estas dezenas de meninos resolveram pôr as ruas em pé de guerra e virar caixotes do lixo. Um deles telefonou aos bombeiros para dar falso alerta de incêndio. Quando a equipa de combate aos fogos chegou ao local, foi atacada pelos injustiçados e revoltados petizes; de imediato a polícia se dirigiu para a mesma zona no intuito xenófobo, racista e nazi-genocida de proteger os bombeiros.
À medida que a situação se agravava, iam chegando mais e mais viaturas policiais de reforços, que acabaram por totalizar a vintena de veículos. Durante uma hora manteve-se a situação de confronto, com berros, ameaças , lançamento de petardos e de bombas de fumaça contra as forças da autoridade.
Ninguém foi detido. Ficou entretanto montado um dispositivo de vigilância para evitar novas situações de conflito durante a noite.
Pouco antes das oito da noite, a esquadra de Champigny-Sur-Marne foi atacada à pedrada por um grupo de jovens de onze e doze anos. Momentos antes, a polícia tinha descoberto no bairro vários artefactos incendiários prontos para serem usados. Ao perseguir alguns suspeitos, foram os polícias atacados por jovens que lhes atiraram pedras e um cocktail Molotov que não chegou a explodir. Desta vez dois jovens menores de quinze anos ficaram detidos.
Em Julho do ano passado, esta esquadra foi atacada duas noites seguidas com cocktails Molotov, vários petardos e fogos de artifício.

Este é pois mais um dos muitos exemplos aqui referidos do que tem assim de repente um ar de treino de «jovens» para uma futura guerra civil dos alógenos contra os representantes da autoridade indígena...

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Nos países subdesenvolvidos, a arte (literatura, pintura, escultura) entra quase sempre em conflito com as classes possidentes, com o poder instituído, com as normas de vida estabelecidas. Em revolta aberta, o artista, originário por via de regra da média e da pequena burguesia ou mais raramente das classes proletárias, contesta o statu quo, propõe soluçõ...es revolucionárias ou, quando estas não podem sequer divisar-se, limita-se a derruir (ou a tentar fazê-lo pela crítica, violenta ou irónica) o baluarte dos preconceitos, das defesas que os beneficiários do sistema de produção ergueram contra as aspirações da maioria. Nas sociedades industriais mais adiantadas, o artista pode permanecer numa atitude idêntica de inconformismo; porém, os resultados da sua actividade de criação e reflexão tornam-se matéria vendável e, nalguns casos, matéria integrável.

O consumo do objecto artístico, seja ele o livro, o quadro ou o disco, quando feito sob uma tutela de opinião, que os meios de comunicação de massa, em escala larguíssima , exercem, torna-se, senão totalmente inócuo, pelo menos parcialmente esvaziado do seu conteúdo crítico. Despotencializa-se. Amolece. É o que se verifica, por exemplo, em boa parte, nos Estados Unidos. A ideologia repressiva da liberdade no mundo capitalista monopolista torna-se tanto mais perigosa quanto aborve, ou procura absorver, as próprias formas políticas de exercício das liberdades ditas essenciais, quando aceita no seu seio o escritor, acusador iconoclasta por natureza, recuperando-o em banho asséptico, limando-lhe os dentes. Mas, entendamo-nos, nem sempre o artista se dá conta dessa operação, até porque nem sempre, de facto, é ele próprio o paciente da operação que lhe reduz a perigosidade, senão que o é, sim, a sua obra, a qual, pelo poder diminutivo de uma dada comercialização, se rectifica.

Urbano Tavares Rodrigues, in "Ensaios de Escreviver"

27 de fevereiro de 2012 às 18:41:00 WET  

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