segunda-feira, janeiro 23, 2012

PRESIDENTE DA JERÓNIMO MARTINS DENUNCIA POLÍTICA DOS BAIXOS SALÁRIOS

Notícia de há duas semanas mas cada vez mais actual: http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2247329
O presidente da Jerónimo Martins, Soares dos Santos, defendeu hoje que o custo do trabalho não é um problema em Portugal, considerando mesmo "errada" uma política de salários baixos, mas defendeu uma maior flexibilização dos despedimentos.
"O problema de Portugal não é o custo do trabalho mas um problema de produtividade, no dia em que a produtividade aumentar baixam os custos do trabalho", disse hoje Alexandre Soares dos Santos, à margem de uma entrega de prémios organizada pela revista Exame.
O empresário disse ainda que a contribuir para a baixa de produtividade está também o absentismo dos trabalhadores.
Para contrariar a baixa produtividade, o dono do Pingo Doce considerou que uma "política de salários baixos é errada" porque "não convence ninguém a trabalhar mais e faltar menos".
(...)
Argumento talvez realista, este último, mas ainda assim perigoso de se dizer, vindo de quem vem - parece, senão uma justificação, pelo menos uma certa aceitação ou postura de «compreensão» para com o absentismo, que é, objectivamente falando, o não cumprimento do dever...
De qualquer modo, é de sobremaneira esclarecedor que um dos donos do capital nacional venha dizer isto em público, deixando claro que os salários baixos que a elite tuga paga aos trabalhadores portugueses é, não a impossibilidade de pagar salários mais altos, mas sim a intenção de manter os trabalhadores em situação de semi-miséria tendencialmente terceiro-mundista.
E o povo aguenta - não se revolta, nem mesmo depois de ouvir uma destas.


3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

«flexibilização dos despedimentos.»

FILHOSDAPUTA TERCEIRO-MUNDISTAS!

24 de janeiro de 2012 às 16:45:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

o azevedo também tem as empresas fora de portugal...

24 de janeiro de 2012 às 16:45:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

abaixo a fuga de capital

24 de janeiro de 2012 às 17:11:00 WET  

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