OS MUÇULMANOS HOSTILIZAM OS JUDEUS NA EUROPA? A CULPA É... DOS EUROPEUS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (POIS 'TÁ CLARO...)

Fonte: http://latitude.blogs.nytimes.com/2012/01/09/the-new-scapegoats-of-europe/

Numa tarde de Novembro de 2010, a jovem Océane Sluijzer, judia de treze anos de idade, foi violentamente agredida por colegas numa região da Bélgica. Os agressores chamavam-lhe «porca judia» e diziam-lhe que «voltasse para o seu país.»

Duas semanas depois, o embaixador dos EUA na Bélgica, Howard Gutman, de origem judaica, mencionou este caso num discurso a respeito do ressurgimento do anti-semitismo na Europa e argumentou que os conflitos entre judeus e muçulmanos são a transposição da guerra do Médio Oriente (entre Judeus e Palestinianos) para território europeu.

De facto, a Comissão Nacional Consultiva dos Direitos Humanos contou oitocentos e quinze actos de violência anti-semita em França no ano de 2009, comparados com quatrocentos e cinquenta e nove no ano anterior, e concluiu que o indesmentível aumento da violência contra os judeus constituiu uma resposta à Operação Chumbo Fundido, incursão militar israelita na faixa de Gaza em princípios de 2009.

A Brookings Institution, grande «think-tank» (grupo de análise e intervenção político-intelectual) norte-americano, acha oportuno o momento de dizer que a culpa é... dos Europeus... por não integrarem devidamente os muçulmanos. Os descendentes dos imigrantes turcos e norte-africanos ainda são referidos como segundas e/ou terceiras-gerações em vez de cidadãos europeus (belgas, franceses ou alemães, etc.), porque os Europeus não conseguem imaginar como é que o Islão pode combinar-se com uma identidade europeia (laica) e também porque os conceitos anti-muçulmanos, vindos da Extrema-Direita, tornaram-se mais populares, e por isso os muçulmanos transformaram-se nos novos bodes expiatórios da Europa, substituindo os Judeus. E, portanto, afirma a referida instituição, se os muçulmanos tivessem mais oportunidades económicas, iriam recorrer menos à violência sem freio... e a maneira de resolver casos como o da agressão à jovem Océane não é ouvir o que tem a dizer o líder nacionalista judeu Benjamin Netanyahu, mas sim em fazer com que as agressoras se sintam mais belgas...

Em suma - a culpa é do Europeu, como sempre. Não se pense que a opinião veiculada pela Brookings Institution constitui um caso isolado - facilmente se veria o grosso da intelectualidade me(r)diática a concordar com ela, até a fazer dela um dado adquirido, que é de bom tom citar tantas vezes quanto possível. Porque corresponde a um dos paradigmas fundamentais da elite reinante, portanto, a um dos Sacrossantos Dogmas da Boa e Sã Doutrina da Santa Madre Igreja Anti-Racista e Multiculturalista dos Últimos Dias do Ocidente - o Dogma da Inequívoca e Indesmentível e Insanável Culpabilidade do Europeu Diante do Alógeno. Aconteça o que acontecer, a culpa é do Europeu e acabou. Quando um europeu comete um crime contra um não europeu, é inexpiável crime de racismo e acabou; quando em vez disso um não europeu comete um crime, seja em que parte for do planeta, seja contra quem for, claro que não se vai condená-lo simplisticamente!, não, em vez disso urge «considerar as causas profundas do problema», debruçar-se atentamente sobre o contexto sócio-económico, sobre as condicionantes culturais, sociais, económicas e políticas e tal, e depois tudo vai desaguar à culpa do Europeu - e a partir daí está encontrada a «causa profunda do problema», que é, como se sabe, «o racismo!!!!!!» Por isso, do mesmo modo que qualquer bem pensante sócio-me(r)diático dirá que os Europeus é que têm a culpa das guerras em África, por causa da «escravatura», da «descolonização» (como se o fim da escravatura não fosse algo de exclusiva e unilateralmente imposto pelos Europeus, e a descolonização não fosse também um produto da cultura política europeia), e da venda de armas europeias aos africanos (sim, os africanos não seriam capazes de se chacinarem mutuamente só com facas e lanças...), do mesmo modo que o Europeu tem a culpa das guerras em África, dizia, também tem a culpa que Judeus e muçulmanos se odeiem mutuamente há mil e cem anos, talvez porque Maomé, que comandou massacres cometidos por muçulmanos contra judeus, fosse na verdade um agente secreto infiltrado pelo MI6 no meio dos Árabes só para suscitar a guerra entre os semitas, porque os Europeus querem o petróleo e assim...

Recorde-se, entretanto, que no Islão o judeu é considerado, não como um inimigo sem perdão, mas como um inferior, tolerável na medida em que seja submisso à autoridade do muçulmano. Imagine-se agora como não será a guerra dos muçulmanos contra quem, além de não lhes aceitar a autoridade, também não seja nem judeu nem cristão, como acontece cada vez mais com a população europeia...