segunda-feira, janeiro 30, 2012

OCI CONTRA LEI FRANCESA QUE CRIMINALIZA A NEGAÇÃO DO GENOCÍDIO DOS ARMÉNIOS

A OCI, Organização da Conferência Islâmica, maior entidade muçulmana do planeta, criticou na passada semana o senado francês por ter aprovado a lei que criminaliza a negação do genocídio dos Arménios às mãos dos Turcos, em 1915.
A OCI declara: «Rejeitamos esta lei e considera-mo-la inconsistente com os factos históricos».

Exactamente, dito mesmo assim, «rejeitamos», como se tivesse voto na matéria a respeito da lei de um pais soberano...

Declarou também que esta lei surgiu agora para alcançar ganhos «políticos e eleitorais» e que «viola a liberdade de expressão».

Quem diria, a OCI, que anda há mais de dez anos em campanha para violar a liberdade de expressão no Ocidente, proibindo as críticas ao Islão, está agora a protestar em nome da liberdade de expressão...

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, juntou a sua voz a esta condenação, rotulando a lei como racista e acusando-a de «violar a liberdade de pensamento».

Isto, esta outra defesa da liberdade de pensamento, tem especial piada quando é destarte proclamada por uma sujeito que quis impedir o ex-primeiro-ministro dinamarquês Rasmussen de ser secretário-geral da OTAN porque Rasmussen recusou-se a obedecer às ordens muçulmanas de censurar o jornal Jyllands-Posten por este ter publicado as caricaturas de Maomé...

Efectivamente, proibir toda e qualquer divulgação de determinada perspectiva histórica constitui uma violação da liberdade de expressão. O que não deixa de ser notório é, contudo, o à vontade com que a Turquia e restante mundo islâmico nega pública e ostensivamente um genocídio cometido por muçulmanos, aliás, um ou vários, que o citado Erdogan, juntamente com outros muçulmanos, defendeu o chamado genocida de Darfur, argumentando que «um muçulmano não comete crimes daqueles»...

Imagine-se que a Alemanha, ou a Áustria, negava, juntamente com alguma grande organização nacionalista, o alegado holocausto... quantos Carmos e Trindades não cairiam por aí. Que uma gente asiática proceda exactamente do mesmo modo, contudo, não parece escandalizar os opinadores profissionais dos mé(r)dia ocidentais - pudera, só o branco europeu é que é moralmente obrigado a baixar a cerviz quando o acusam de qualquer crime que seja, porque o europeu, já se sabe, sofre do pecado original face ao Amado Outro...