APENAS VINTE E CINCO POR CENTO DOS FRANCESES ACREDITAM NO «DEUS» CRISTÃO

Fonte: http://www.alertadigital.com/2012/01/14/la-francmasoneria-sigue-cosechando-frutos-francia-ya-ha-dejado-de-ser-un-pais-catolico/

Em França, uma conhecida revista religiosa, «Le Monde des Religions» («O Mundo das Religiões»), divulgou na passada semana dados sobre a religiosidade no País que indicam uma acentuada queda da Cristandade em território gaulês - nos últimos vinte anos, o culto cristão perdeu trinta por cento dos seus adeptos. Efectivamente, no início dos anos noventa os católicos constituiam oitenta por cento da população total - actualmente não vão além dos cinquenta e um por cento, mas, note-se, apenas metade destes diz crer em «Deus» e afirmam que são católicos por uma questão de tradição familiar. A sondagem revela ainda que só dez por cento dos Franceses vai à missa regularmente.

Os ateus, em contrapartida, subiram de vinte e quatro por cento, em 1994, para trinta e um por cento agora; os muçulmanos constituem quatro por cento da população total, os protestantes situam-se nos três por cento, os Judeus não vão além de um ponto percentual.

Verifica-se pois que o grosso da população não adere a cultos alógenos, novos ou antigos - nem ao Cristianismo nem ao Islão, credo este que, de facto, dissemina-se muito mais pela via demográfica (pela exponencial auto-multiplicação de muçulmanos por via da sua elevadíssima taxa de natalidade) do que por qualquer outra.

A respeito do culto cristão, é significativo que boa parte da sua sustentação na actualidade europeia se deva a uma questão de «tradição», ou seja, de algo que é na sua essência de carácter pagão, não de carácter cristão - a ideia da continuidade da religião dos antepassados. Na doutrina cristã, pelo contrário, o indivíduo é chamado individualmente a «assumir a sua cruz» e a, individualmente, unir-se com Cristo, pelo que uma massa humana verdadeiramente cristã é uma massa de indivíduos, todos iguais, nunca de famílias. Aliás, em nome da sua alegada «verdade», Jesus até dizia vir incitar à guerra no seio familiar, chegando até mesmo a afirmar que quem não «odiasse» os seus país e a si mesmo (portanto, ao seu próprio ego, à sua própria personalidade em sociedade), não era digno de o seguir. Mais tarde, um dos grandes autores intelectuais do pensamento cristão, Tertuliano, viria a dizer que o cristão tinha obrigação até de andar por cima da sua própria mãe se esta fosse obstáculo ao caminho de Cristo. Todavia, a natureza humana tradicional, na qual assentam o(s) Paganismo(s), foi sempre de tal maneira forte que aos pregadores da Cristandade não restou outra via que não a de cristianizarem famílias inteiras e, mutatis mutandis, nações por atacado. E é esse cimento contraditório na sua raiz que vem aguentando, a modos que com cuspo, a Cristandade no Ocidente... mas aguentando cada vez menos, como os números demonstram.

Porque, tarde ou cedo, a verdade vem ao de cima - e quanto mais liberdade o Europeu tiver para ser como é, menos o Cristianismo terá lugar em solo europeu. Quanto mais Europa menos Cristianismo.