sexta-feira, novembro 25, 2011

LÍDER DA FRENTE NACIONAL - MUNDIALISMO NÃO, EUROPA SIM

(...)
Creditada com 18% das intenções de voto para as presidenciais de 2012, Marine Le Pen pegou à pouco mais de um mês nas rédeas do partido após 40 anos de liderança de Jean Marie Le Pen. O seu objectivo é conquistar o poder.

Maria Cecilia Cacciotto, euronews:
Depois de 40 anos de liderança do seu pai sucede-lhe como presidente da Frente Nacional. Anunciou mudanças. Pergunto-lhe: como é que vai distanciar-se em relação à política do seu pai?

Marine Le Pen, presidente da Frente Nacional:
Antes de mais eu não tenho de distanciar-me porque tenho particular orgulho do percurso do meu pai, que conseguiu criar, em França, um partido que defende a nação, que é o único movimento face ao conjunto de partidos mundialistas que colonizam a classe política e que conseguiu perdurar.
(...)
euronews:
A Europa não vos interessa muito, cito-vos,…

M. Le Pen:
Não, eu nunca disse isso…nunca disse isso. Pelo contrário, a Europa interessa-me porque a combato com todas as minhas forças. Em todo o caso a União Europeia, não a Europa. A Europa é uma civilização, um território e eu sou europeia. Mas a União Europeia é uma estrutura que considero totalitária, é a União Soviética Europeia.

Sim, quanto mais avança, mais ela se constrói sem povo e mesmo contra o povo. Depois impõe-nos diretivas. Não vemos bem o que nos dá, é preciso dizê-lo, a não ser arruinar a nossa economia, reprimir-nos no plano orçamental, reprimir-nos no plano monetário, impor-nos um modelo de vida de que não é o nosso.

euronews:
Se for eleita presidente vai fazer sair a França da Europa?

M. Le Pen:
Eu acredito que a União Europeia está morta, ela brilha com a luz de uma estrela morta. Ela pensa que está viva mas ela já está morta, porque a moeda, que ela constituiu e em torno da qual se criou, está também morta. Hoje tenta-se salvar o euro a todo o custo. Mas a que preço?

Não quero que o meu povo seja obrigado, como o irlandês, a baixar 12% do salário mínimo, a reduzir o abono de família, a reduzir os subsídios de desemprego, a reduzir os direitos dos funcionários. Se esse é o preço que temos de pagar para salvar o euro eu digo que é melhor sair da Europa é melhor sair do euro.

euronews:
Que futuro vê então para a Europa?

M. Le Pen:
Acredito que é preciso reconstruir tudo. Penso que a Europa pode viver se se construir em redor do conceito de Europa das Nações, que respeite as soberanias nacionais, que seja uma Europa da cooperação. É, de forma objetiva, a única que deu bons resultados.

euronews:
No passado dia 23 de Outubro, em Viena, houve uma reunião de vários partidos de extrema-direita, incluindo os italianos da Liga do Norte e o FPO austríaco. Eles decidiram lançar uma campanha para promover um referendo sobre a adesão da Turquia à União Europeia. Você não participou. Não foi convidada ou tem uma posição diferente sobre esta adesão?

M. Le Pen:
Não, de todo. Sabe, estávamos em plena competição interna na Frente Nacional e esperávamos saber quem seria eleito presidente para iniciar os contactos necessários. Eu creio que precisamos de ter contactos com um certo número de partidos europeus e estou pronta a participar na organização, em França, de um referendo sobre a entrada da Turquia. Eu sou contra a adesão da Turquia.
(...)

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

ja vai tarde a ue..e não deixará saudades, muito pelo contrario..sem a ue, a europa ainda seria europa e não esse plagio mal feito de eua decadentes..

só não sei se paris tem jeito..apesar de ser uma boa candidata, o que ela pode fazer depois da herança maldicta do chirac-sarcocÔ?

25 de novembro de 2011 às 20:52:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Srs este será o futuro da europa se pessoas como esta nao subirem ao poder: http://edition.cnn.com/video/?hpt=hp_c2#/video/bestoftv/2011/11/25/sr-pakistan-text-message-obscene-words.cnn

26 de novembro de 2011 às 13:18:00 WET  

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