sexta-feira, novembro 18, 2011

HOMICÍDIOS DE IMIGRANTES TURCOS DÃO AO SISTEMA NA ALEMANHA O PRETEXTO PARA CRIAR REGISTO DE MILITANTES NACIONALISTAS

Foi preciso que os autodenominados Nacionais Socialistas na Clandestinidade fossem descobertos – ainda que tarde – para a Alemanha acordar para o fenómeno que se está a registar no país há vários anos: o aumento dos grupos de extrema-direita e o renascimento dos ideais nazis junto das gerações mais jovens de alemães.
Desde o fim-de-semana passado que a indignação cresce no país pelo facto de, durante 13 anos, as autoridades não terem conseguido detectar a existência de um novo grupo neonazi responsável por, pelo menos, dez homicídios – mesmo depois de, em 1998, ter sido descoberta uma oficina de fabrico de bombas caseiras numa garagem alugada pela alegada líder do movimento. Beate Z. entregou-se, entretanto, às autoridades, depois de uma explosão na sua residência, no sábado, ter levado a polícia a descobrir os corpos de dois membros do grupo e várias informações sobre a actuação dos neonazis.
Ontem, e depois de a chanceler Angela Merkel ter vindo classificar o terrorismo de extrema-direita no país como “uma vergonha nacional”, o ministro do Interior anunciou que está para breve a criação de um registo de neonazis e militantes de extrema-direita perigosos, à semelhança do já existente banco de dados para extremistas islâmicos. “Os dados sobre extremistas de direita violentos e crimes de motivação política de extrema-direita serão unificados”, explicou ontem Hans-Peter Friedrich ao jornal “Süddeutsche Zeitung”.
A medida surge para tentar apaziguar os ânimos num país que continua a tentar esquecer Adolf Hitler, o Terceiro Reich e os crimes nazis. Mas nem todos parecem dispostos a esquecer facilmente que a polícia e os serviços secretos alemães falharam redondamente ao não detectar a existência desta nova célula neonazi – que a cada dia ganha nova forma nos media.
De acordo com informações avançadas ontem pela imprensa, um dos casos mais misteriosos dos últimos anos para a polícia alemã – os “homicídios do kebab” – terão sido levados a cabo por Beate Z. e pelos dois companheiros, Uwe B. e Uwe M. (que se terão suicidado na casa da líder pouco antes de esta a ter feito explodir). O caso dos nove pequenos empresários imigrantes mortos a tiro entre 2000 e 2007 em várias cidades alemãs foi investigado durante vários anos por 160 especialistas, que seguiram 3500 pistas e 11 mil pessoas e analisaram milhões de registos telefónicos e de cartões de crédito sem sucesso. A descoberta da arma usada nos crimes na residência de Beate Z. acabou com as dúvidas, mas só veio agravar a indignação – que acabou por ser acentuada pela informação avançada pelo “Frankfurter Allgemeine” de que um agente secreto alemão, especializado na luta contra os movimentos neonazis e de extrema-direita, ter alegadamente ajudado o grupo a matar imigrantes.
(...)

Olha que coincidência curiosa... conforme se lê no link seguinte, este http://islamversuseurope.blogspot.com/2011/11/sarrazin-to-blame-for-kebab-murders-in.html#more
sucede que, há dez anos, o governo alemão tentou proibir o NPD, Partido Nacional Democrata, de Extrema-Direita, suspeito de inspiração nacional-socialista. Armou-se um grande processo em tribunal contra esta força partidária... até ao momento em que se descobriu que tinha havido uma infiltração maciça de agentes secretos alemães no NPD e que, coincidentemente, muitos dos aspectos que mais incriminavam o NPD tinham na verdade sido produzidos por esses infiltrados ao serviço do sistema... Mais: o pretexto que levou o NPD a tribunal foi precisamente um caso de homicídio com o qual o partido não tinha afinal nenhuma ligação.

Agora, em 2011, descobre-se que um agente secreto ajudou um grupo cuja actividade serve como pretexto para passar a vigiar os «nazis»... ele há de facto coincidências do chamado camandro...
Portanto, quando texto jornalístico acima (a itálico) diz que «foi preciso que os autodenominados Nacionais Socialistas na Clandestinidade fossem descobertos – ainda que tarde – para a Alemanha acordar para o fenómeno» do retorno do NS, o que está de facto a dizer é isto: o fenómeno do NS anda há muito tempo a incomodar e até a assustar a elitezinha reinante e portanto foi preciso um caso destes para se justificar «democraticamente» uma medida anti-democrática...

Entretanto, voltam a ouvir-se vozes a exigir que o NPD seja proibido, assim, sem mais quê nem para quê; no mesmo registo moral, flagrantemente desonesto,  há políticos turcos na Alemanha que insinuam ser Thilo Sarrazin responsável pela criação de um clima de opinião pública que conduziu a esta matança dos empresários turcos, devido ao facto de Sarrazin ter escrito o famoso e polémico livro Deutschland Schafft Sich Ab (A Alemanha a Dar Cabo de Si Própria), muito bem recebido pelo povo, obra na qual se denuncia o efeito catastrófico que a imigração muçulmana, nomeadamente turca, está a ter para a pátria germânica. O facto de o referido título ter sido publicado anos depois de o último empresário turco ter sido abatido constitui pormenor que não atrapalha a denúncia de quem quer por força demonizar uma voz indígena lúcida que alerta os seus para o perigo da islamização e descaracterização da sua própria terra...


4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Parece que a vitima grega caiu no esquecimento. Gostei.

18 de novembro de 2011 às 14:28:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Parece que a vitima grega caiu no esquecimento. Gostei.

Mas o pior ainda são os NOSSOS...

18 de novembro de 2011 às 17:05:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Parece que a vitima grega caiu no esquecimento. Gostei.

Mas o pior ainda são os NOSSOS...

18 de Novembro de 2011 17:05:00 WET"

Esse artigo é muito interessante e devia ser analisado no Glaudius.

18 de novembro de 2011 às 17:58:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Parece que a vitima grega caiu no esquecimento. Gostei.

Mas o pior ainda são os NOSSOS...
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Cuidado é se os nossos, afinal eram "nossos" só de BI dado e cabo verdianos de origem.

18 de novembro de 2011 às 22:53:00 WET  

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