SALÁRIO MÍNIMO EM PORTUGAL AUMENTA APENAS OITENTA E OITO EUROS - PORTUGAL É UM DOS PAÍSES EUROPEUS COM MAIS DESIGUALDADE SOCIAL
Bem pode a elite tuga meter a sua consciência social dentro do olho do ânus. Tal escumalha é terceiro-mundista de cima a baixo. E quem não se revolta tem também a sua parte da culpa...
O salário mínimo nacional teve um acréscimo de apenas 88 euros desde 1974, enquanto que as pensões mínimas de velhice e invalidez aumentaram apenas 38 euros nos últimos 36 anos, segundo dados da Pordata.
A propósito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que se assinala segunda-feira, a Pordata divulgou alguns dados estatísticos relativamente à situação económica e social do país.
Comparando a evolução do salário mínimo e das pensões mínimas de invalidez e velhice desde 1974 até 2010, e descontando o efeito da inflação, constata-se que hoje em dia os beneficiários desses apoios sociais auferem apenas mais 88 euros e 38 euros respetivamente.
Além disso, existia mais de meio milhão de pessoas a receber o Rendimento Social de inserção, dos quais quase metade (47%) com menos de 25 anos.
A Pordata revela ainda que em 2009 (últimos dados disponíveis) Portugal era o quarto país da União Europeia (UE) com maiores desigualdades de rendimentos entre os mais ricos e os mais pobres, sendo que o rendimento dos mais ricos era 6 vezes superior ao dos mais pobres (a média europeia era de cinco).
Dados relativos ao mesmo ano demonstram que mesmo após as transferências sociais quase uma em cada cinco pessoas (17,9%) era pobre, 37 por cento dos agregados constituídos por um adulto com uma ou mais crianças e 33 por cento dos agregados só com idosos também viviam em situação de pobreza.
Em apenas quatro anos (de 2005 a 2009), Portugal passou do 17.º para o 9.º país com a taxa de risco de pobreza mais alta da UE, isto apesar de essa taxa, após transferências sociais, ter diminuído.
Sem as transferências sociais, a taxa de risco de pobreza em Portugal seria cerca do dobro do que é actualmente, revela ainda a Pordata, esclarecendo que em Portugal é pobre quem vive com um rendimento mensal (por adulto) próximo dos 400 euros.
A propósito também do Dia Internacional da Erradicação da Pobreza, a Oikos – Cooperação e Desenvolvimento recorda que em 2010 aumentaram os desastres naturais, mais de mil milhões de pessoas (uma em cada sete) passavam fome e 200 milhões sobreviviam sem emprego.
Estes dados constam de um relatório – “The World We Want” - que a organização vai lançar, no dia 17 de outubro, em simultâneo com mais de 20 países.
Este relatório, que contou com contribuições oriundas de centenas de organizações de 35 países do mundo, recorda que muitas pessoas que vivem em pobreza são de países de rendimentos baixos, mas também e cada vez mais de países de rendimentos médios, “o que altera a forma como se concebe a ajuda ao desenvolvimento”.
Por isso, recorda que hoje em dia os povos conjugam formas tradicionais de se organizarem com outras novas e tecnológicas, como o Facebook e o Twitter.
A Oikos quer que a data em que se assinala a pobreza e em que o relatório será divulgado “sirva de inspiração para todos quantos estão a querer lutar por um mundo melhor”.
7 Comments:
Oikos disse...
«O espaço democrático está a ser restringido com a entrada em vigor de leis que progressivamente ameaçam os direitos civis e políticos”, mas “as insurreições democráticas em todo o mundo estão a abrir caminho para a autodeterminação dos povos»
Isto é que é "wishful thinking"! Exceptuando o mundo Árabe, as insurreições "democráticas" são uma verdadeira piada.
A triste verdade é que as multidões de "indignados", os "occupy Wall Street", as "gerações à rasca” e afins não têm qualquer solução ou estratégia de longo prazo para a promoção do crescimento económico dos seus países. Protestam raivosamente com os seus cartazes anti-capitalismo e as suas t-shirts com o assassino Che Guevara mas, para além das palavras de ordem e dos chavões primários contra a alta finança, nada de concreto e de viável se lhes vê.
A verdadeira autodeterminação dos povos só chega quando a nação atinge um nível de maturidade democrática suficientemente elevado para exigir a responsabilização dos políticos corruptos, exigindo soluções e paradigmas de acção consistentes. Vimos isso na Islândia, com a criminalização dos responsáveis pela dívida e pela recusa (consagrada em referendo) de pagar a dívida.
Enquanto isso não acontecer aqui, tudo o que temos são um bando de mendicantes com egos imerecidos à espera que os outros lhes dêem dinheiro.
Oikos também disse...
“as pessoas estão fartas da pobreza e de alimentar os ditadores”.
Mas a quem é isto se refere em concreto? Só pode ser à famigerada “primavera árabe”, porque na Europa não há ditadores (pelo menos, oficialmente)!
Acho piada a esta tendência recente por parte da esquerda em querer meter a “primavera árabe” (eufemismo politicamente correcto para a ascensão do islamismo pseudodemocrático à la Turquia) no mesmo saco juntamente com os protestos na UE e nos EUA.
Querer equiparar a burguesia ocidental aos ditadores do terceiro mundo caídos em desgraça não pode dar bom resultado...
«Bem pode a elite tuga meter a sua consciência social dentro do olho do ânus. Tal escumalha é terceiro-mundista de cima a baixo. E quem não se revolta tem também a sua parte da culpa...»
As elites não podem ser totalmente dissociadas dos seus povos, afinal eles podem ser elite mas continuam a ser portugueses.
Aí é que está o erro de análise. Isso é não perceber que, na actualidade, o clima de alienação anti-nacional que se vive no seio das elites ocidentais desde há muito tempo facilita o distanciamento entre a elite e o resto da população, fazendo com que, cada vez mais, a elite seja como o capital - não tenha pátria.
No caso particular, a coisa agrava-se devido à indiferença da população portuguesa diante da Política, o que deixa à chico-espertagem reinante mais impunidade para fazer o que quer.
Afonso de Portugal disse...
Oikos também disse...
“as pessoas estão fartas da pobreza e de alimentar os ditadores”.
Mas a quem é isto se refere em concreto? Só pode ser à famigerada “primavera árabe”, porque na Europa não há ditadores (pelo menos, oficialmente)!
Acho piada a esta tendência recente por parte da esquerda em querer meter a “primavera árabe” (eufemismo politicamente correcto para a ascensão do islamismo pseudodemocrático à la Turquia) no mesmo saco juntamente com os protestos na UE e nos EUA.
Querer equiparar a burguesia ocidental aos ditadores do terceiro mundo caídos em desgraça não pode dar bom resultado...
17 de Outubro de 2011 18h02min00s WEST
epá,não era na counterjihad que falavam na união europa ditadora?
lol
«Aí é que está o erro de análise. Isso é não perceber que, na actualidade, o clima de alienação anti-nacional que se vive no seio das elites ocidentais desde há muito tempo facilita o distanciamento entre a elite e o resto da população, fazendo com que, cada vez mais, a elite seja como o capital - não tenha pátria. »
Claro que sim, mas um membro da elite portuguesa continua a ser etnicamente português, ou seja, mesmo com toda a impregnação intelectual de que foi alvo continua a possuir certas características (vícios, defeitos, qualidades) do "ser português".
Nem tanto ao mar nem tanto à terra, obviamente. Mas o ser etnicamente português não garante absolutamente nada em termos ideológicos. Traidores sempre os houveram em toda a parte, inclusivamente em Portugal. E, em matéria de mentalidades, o elemento dominante na elite reinante é o da traição instituída - o cosmopolitismo militante e o ser apátrida como condição «ética».
Enviar um comentário
<< Home