PARTIDO ISLÂMICO «MODERADO» VENCE ELEIÇÕES NA TUNÍSIA
Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=538405 (Texto da notícia, a itálico, escrito originalmente de acordo com o novo aborto ortográfico mas corrigido por mim à luz da ortografia portuguesa)
O resultado oficial da primeira eleição livre na história da Tunísia deve ser anunciado hoje, dando vitória a um partido islâmico moderado e apontando uma tendência para outros países envolvidos na chamada Primavera Árabe.
O partido Ennahda disse que, segundo as projecções, o partido saiu vitorioso da eleição de domingo, a primeira depois da onda de rebeliões populares que começou em Dezembro de 2010 na Tunísia e se espalhou a outros países da região, levando à queda dos regimes do Egipto e Líbia, e causando profundas convulsões na Síria e Iémen.
«Os primeiros resultados confirmados mostram que o Ennahda obteve o primeiro lugar», disse o coordenador de campanha Abdelhamid Jlazzi na sede do partido, no centro de Tunes. Ao ouvirem a notícia, mais de 300 simpatizantes começaram a gritar «Allahu Akbar» («Deus é grande»), e alguns entoaram o hino nacional.
Cientes de que algumas pessoas na Tunísia e no exterior vêem os políticos islâmicos como uma ameaça a valores modernos e liberais, dirigentes do Ennahda salientaram a disposição em formar alianças com dois partidos laicos, o Congresso pela República e o Ettakatol.
«Não vamos poupar esforços para criar uma aliança política estável na Assembleia Constituinte. Tranquilizamos os investidores e os parceiros económicos internacionais», afirmou Jlazzi.
A votação de domingo, com participação superior a 90% do eleitorado, escolheu os parlamentares que passarão um ano redigindo a nova Constituição e que nomearão um governo provisório, que permanecerá até à realização de eleições no final de 2012 ou começo de 2013.
O sistema eleitoral tinha mecanismos para tornar quase impossível que um só partido formasse a maioria, o que dilui o poder do Ennahda e o obriga a formar alianças.
O Ennahda é dirigido por Rachid Ghannouchi, um académico que passou 22 anos exilado na Grã-Bretanha devido a perseguições sofridas durante o governo do presidente Zine al Abidine Ben Ali. Moderado, usa fatos e camisas de colarinho aberto, enquanto a sua mulher e a sua filha vestem o hijab.
Gannhouchi diz que o seu modelo é a Turquia do primeiro-ministro Tayyip Erdogan, um político islâmico moderado num sistema estritamente laico, e insiste que o seu partido não irá impor nenhum código de moralidade à sociedade tunisina ou aos milhões de turistas ocidentais que veraneiam nas suas praias.
Ora a Turquia de moderada tem cada vez menos - islamiza-se a considerável velocidade. Erdogan é um islamista que, discursando diante da comunidade turca estacionada em solo alemão, declarou que os minaretes serão as baionetas dos muçulmano; que defendeu o genocida muçulmano de Darfur com o argumento de que «os muçulmanos não cometem genocídios»; que quis obrigar o governo dinamarquês a exercer censura na Dinamarca contra quem criticasse o Islão; que rejeita o reconhecimento do genocídio turco contra os Arménios... Quem diz que isto é um moderado, e que quer ser assim, já disse muito sobre o real significado da sua «moderação»...
De notar entretanto que este partido «moderado» alcançou pelo menos cinquenta por cento dos votos entre os tunisinos estacionados na Europa, como aqui se lê: http://islamineurope.blogspot.com/2011/10/eu-tunisian-islamist-party-wins-50-of.html#more
Um facto que diz muito sobre a alegada «moderação» da maioria dos muçulmanos tunisinos que vivem no seio das sociedades ocidentais...
3 Comments:
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http://forum.chupa-mos.com/geral/410492-video-tv-noruega-apresenta-relatorio-com-estatisticas-etnicas-das-violacoes-em-oslo-8.html#post9422628
O que é bonito de facto não precisa de argumentos. Por isso é que o beato atrasado mental que deixou comentário à foto mais valia que estivesse calado.
«Allahu Akbar» («Deus é grande»),
«allahu akbar»: «allah é o maior»
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