terça-feira, agosto 30, 2011

PARTIDO DO POVO DINAMARQUÊS CERCADO PELA ELITE DO SISTEMA


Na Dinamarca, o Partido do Povo Dinamarquês (DanskeFolkeparti - DF) não faz parte do governo - mas, devido à quantidade de lugares que detém no parlamento, oferece apoio parlamentar ao governo em troca de concessões governamentais em áreas importantes para o DF, tais como a da imigração. Isto faz com que a Dinamarca seja o país europeu para onde é mais difícil imigrar.
E isto é, inequivocamente, exercer o Poder, mesmo sem ter chegado a constituir governo...

Claro que só por si não é garantia da felicidade eterna, o combate nunca acaba. E a influência da DF está agora a ser posta em causa, à medida que primeiro-ministro e líder do Partido Conservador, Lars Barfoed, tenta estabelecer laços com a Esquerda...
O líder conservador diz agora que está pronto para amolecer a legislação sobre a imigração, de modo a permitir que mais imigrantes se estabeleçam no país. Esta tomada de posição dá-se na sequência do estabelecimento de um pacto entre os Conservadores e os Social-Liberais para levar a actuação política mais para o «centro»...
A pressão das grandes empresas e do poder do dinheiro adivinham-se por trás das seguintes palavras de Barfoed: «à medida que avançamos, enfrentamos diferentes desafios, que, entre outras coisas, estão ligados à necessidade de trabalho. Os negócios estão a salientar isto como uma mudança a fazer nos próximos anos. A Dinamarca tem de ser vista como um país onde é fácil recrutar os empregados de que precisar

Fácil... portanto, magotes de trabalhadores à mercê de quem os quiser utilizar, sem poder de negociação, o senhor empregador oferece a miséria de salário que quiser e os trabalhadores, ansiosos por um posto de trabalho, é pegar ou largar, se o indígena não quiser, o imigrante prontamente salta para o lugar, que é para ficar estabelecido em território nacional...

É assim que o interesse individual ditado pelo dinheiro se sobrepõe aos interesses dos trabalhadores nacionais e, deste modo, à predominância do indígena na sua própria terra. Porque o capital é mesmo assim - não tem pátria.

Mais afirmou Barfoed que «é demasiado cedo para dizer o que irá acontecer no que respeita à legislação. Penso simplesmente que indo em frente podemos encontrar uma política juntamente com outros partidos no parlamento em matérias que dizem respeito à política de imigração».
Ainda assim, o DF apresenta agora uma nova lista de exigências e iniciativas no campo da política de imigração - quer que haja menos centros de recepção de refugiados na Dinamarca e mais centros para refugiados nas zonas donde estes vêm, quer também que haja mais exigências para com os estrangeiros em solo dinamarquês.

E o combate continua.