«CAPITÃO AMÉRICA - O PRIMEIRO VINGADOR»
Rússia, Coreia do Sul e Ucrânia estão entre os países, onde o herói norte-americano ‘Capitão América’ não é visto com bons olhos. O patriotismo exagerado do personagem da Marvel já levou à mudança de nome para ‘O Primeiro Vingador’.
A pensar nos mercados mais sensíveis à palavra ‘americano’, a Marvel e a Paramount adoptaram a estratégia de alterar o nome do filme. Desta forma, as duas empresas esperam que as salas de cinema nesses países não fiquem tão vazias.
O herói da Marvel foi criado em Março de 1941, com o nome Steve Rogers, como arma de propaganda norte-americana em plena II Guerra Mundial. Na sua primeira aparição pública, ‘Capitão América’, o alter-ego de Steve Rogers, combate e derrota Adolf Hitler.
Fui ver o filme e confirmo, trata-se da já esperada propaganda americana, tal como, de resto, o era já na banda desenhada. Propaganda anti-nazi, também, era curiosamente o seja muito menos do que eu esperava. Aqui, o mau da fita, Caveira Vermelha, só formalmente se afirma ns - na verdade, a única coisa que tem de «nordicista» é o facto de nutrir um vívido fascínio pela tradição mágica pagã germânica, porque, de resto, o conteúdo do seu discurso deve muito mais a Nietzsche do que a Hitler ou a qualquer doutrinador de cariz especificamente racial ou nacionalista. Aliás, há até uma passagem, inesperada, devo dizê-lo, em que, durante o confronto final entre Capitão América e Caveira Vermelha, este diz «Junte-se a mim... eu vi o futuro e nele não há bandeiras», querendo com isto dizer que ele, CV, pretendia levar a bom termo o chavão de «conquistar o mundo» (um bocadito enjoativo, mas pronto). O herói ianque responde-lhe: «esse não será o meu mundo.»
Nacionalismo, sim - mas da linha «multirracialista», como não podia deixar de ser. A equipa de combate que segue CA torna-se ridícula de tão estereotipadamente escolhida a dedo por algum anti-racista: há um ruivo, um negro (que fala bem Francês e até sabe Alemão, para mostrar que o negro não é sempre burro...), um chinês e um francês. Só faltou um índio, um russo e um esquimó, e um muçulmano também lhe ficava «a matar». Claro está que também há um judeu - precisamente o cientista que dirige nos EUA o projecto biológico, à base de um soro especial e de «raios Vita», para efectuar a transformação de homens comuns em super-soldados.
CA é assim duplamente criado por judeus, pois que os seus criadores, refiro-me agora aos autores da banda desenhada, eram precisamente dois judeus: Joe Simon e Jack Kirby. Como acima se lê, CA foi criado na II Guerra Mundial como arma de propaganda americana contra o regime Nacional-Socialista alemão, e é aqui que se verifica uma dupla ironia:
- CA corresponde, fisicamente, ao ideal do super-homem «nazi», tal como foi popularizado nos média, a saber, o homem de físico atlético, forte, loiro, de olhos azuis e uma ética heróica a toda a prova, e sempre cheio de ideais (quem leu as histórias da personagem na bd sabe que em todas as lutas do herói, aquilo era cada soco cada sermão ideológico, é que não parava, eram autênticos compêndios de moral e política baratucha);
- ao ser criado por judeus, CA confirma os piores estereótipos «nazis» a respeito dos maliciosos Davides de nariz adunco e espírito tortuoso a manipularem os valorosos jovens loiros ocidentais (ingleses e americanos, sobretudo) contra a Alemanha, virando irmão ariano contra irmão ariano...
Para cúmulo da confirmação das teorias nazis sobre a actuação judaica, não deve esquecer-se que CA tem toda a pinta de constituir um plágio (lá dizia Hitler, «os Judeus não criam nada, só copiam!») de um outro herói de banda desenhada norte-americana, também criado durante a II Guerra Mundial, o Shield, que também era um loiro forte e rápido cujo uniforme representava um escudo com as cores da bandeira americana, e logo por coincidência a principal arma de CA é um escudo...
Repare-se na semelhança:
Não pode negar-se, de qualquer modo, a qualidade ficcional do filme - entretém, está bem feito, os efeitos especiais satisfazem, consegue criar um certo clima de conspiração e ficção científica da II Guerra Mundial baseando-se para isto nas lendas ou boatos sobre as poderosíssimas e sofisticadíssimas armas secretas do Eixo... como se vê aqui http://www.youtube.com/watch?v=krLAf07C-EU e em vários outros vídeos, imagens não faltam, sendo que algumas delas se assemelham extraordinariamente a actuais aparelhos militares norte-americanos... o que entretanto acaba por ser como que longuinquamente referido quando numa das passagens do filme se observa que um dos cientistas alemães de um grande projecto secreto alemão acabou por ser capturado pelo Americanos e por com eles colaborar.
Um filme que se vê com agrado e sem grande irritação, descontados os referidos venenos...
11 Comments:
Eu também fui ver e não vi nada de especial, esta propaganda não é nada comparada com a propaganda de à 10anos atrás, podia aqui por os filmes mas são tantos que não vale a pena, talvez os judeus de Hollywood estejam com medo do que os nacionalistas possam fazer a Hollywood no futuro ou talvez tenham medo de perder audiências visto que o povo europeu está cada vez menos aberto a estas brincadeiras judaicas.
Caturo, os ataques dos "jovens" chegaram já a Liverpool:
http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/08/tumultos-na-inglaterra-se-espalham-e-chegam-liverpool.html
Este filme é mais uma vítima do revisionismo anti-racista. Põe pretos e asiáticos aonde não havia nenhuns.
Caturo escreveu…
«Rússia, Coreia do Sul e Ucrânia estão entre os países, onde o herói norte-americano ‘Capitão América’ não é visto com bons olhos. O patriotismo exagerado do personagem da Marvel já levou à mudança de nome para ‘O Primeiro Vingador’.»
Aposto que, se estivéssemos a falar de um hipotético “Capitão Islão”, este tipo de sensibilidades não viria a de cima.
Caturo escreveu…
«O herói da Marvel foi criado em Março de 1941, com o nome Steve Rogers, como arma de propaganda norte-americana em plena II Guerra Mundial. Na sua primeira aparição pública, ‘Capitão América’, o alter-ego de Steve Rogers, combate e derrota Adolf Hitler.»
O capitão América poderia portanto ser uma espécie de “super-antifa”, não fosse o facto de o seu nome e o seu uniforme representarem justamente aquilo que os antifas mais odeiam: a América, bastião máximo do capitalismo e da globalização.
Caturo escreveu…
«Fui ver o filme e confirmo, trata-se da já esperada propaganda americana, tal como, de resto, o era já na banda desenhada.»
Devo confessar que não vejo nada de errado nisso. Fazer propaganda é sinal de inteligência. Nós devíamos era ter copiado o modelo e criado (super-)heróis portugueses que representassem e defendessem o nosso imaginário colectivo.
Caturo escreveu…
«(…) na verdade, a única coisa que tem de «nordicista» é o facto de nutrir um vívido fascínio pela tradição mágica pagã germânica, porque, de resto, o conteúdo do seu discurso deve muito mais a Nietzsche do que a Hitler ou a qualquer doutrinador de cariz especificamente racial ou nacionalista.»
O que tanto agrada aos conservadores cristãos, quanto aos libertários da esquerda dos EUA… uma vez mais, a Marvel fez o seu trabalho de casa.
Caturo escrveu…
«Aliás, há até uma passagem, inesperada, devo dizê-lo, em que, durante o confronto final entre Capitão América e Caveira Vermelha, este diz «Junte-se a mim... eu vi o futuro e nele não há bandeiras»
Bem, esta é de facto surpreendente, sobretudo pela manifesta incoerência que representa em relação ao ideário Nazi. Unificar todos os povos sob a mesma bandeira é a antítese do objectivo máximo do nacionalismo, que é a preservação dos povos.
Caturo escreveu…
«Um filme que se vê com agrado e sem grande irritação, descontados os referidos venenos...»
Epá, chamem-me radical, mas eu deixei de ir ao cinema. Esta atitude já me custou duas namoradas, mas eu recuso-me terminantemente a alimentar a máquina propagandística do universalismo que é hoje Hollywood. Há até produtores que já admitiram publicamente não contratar funcionários que subscrevam ou simpatizem com ideais conservadores. Filmes? Vejo no cabo, de tempos a tempos, e já chega. A maioria deles é tão desprovida de nexo e de conteúdo útil que nem vale a pena perder muito tempo.
'Eu também fui ver e não vi nada de especial, esta propaganda não é nada comparada com a propaganda de à 10anos atrás'
talvez pq ja estejas acostuma a lavagem recebral.
O pior é que o nazismo foi desejado pelo povo (e está sempre na iminência de tornar a ser) e pelas elites (no discurso, mais Céline do que Heidegger, aquilo andava tudo a bater mal)... O efeito grupal é perigoso. Sem falar nos pequenos gestos fascistas quotidianos (que todos temos) como, por exemplo, impor ditatorialmente ao nosso povo de células e neurónios alguns Zyklon B, tipo aquele que conduziu à morte a auto-fascista Amy. E o que é um aviário senão um campo de concentração à espera da sua câmara de gás? (o nosso forno doméstico)...
Já tinhas visto esta, caro camarada?
http://www.bnp.org.uk/news/national/black-%E2%80%98community-leader%E2%80%99-interview-went-wrong
Ah, e o Caveira Vermelha parece um antifa com aquele discurso de que no futuro não haverá bandeiras.
Um video para a malta se rir um bocado:
http://www.youtube.com/watch?v=LoVuqkZWHPc&eurl=http%3A%2F%2Fforum.chupa-mos.com%2Fgeral%2F416802-motins-em-londres-12.html&feature=player_embedded
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