«THOR» - FILME DE PERSONAGEM DA MARVEL
Um filme de acção e Fantasia - a modos que retocada com Ciência - bastante razoável. Fica-lhe evidentemente muito mal a representação de um Deus nórdico, Heimdall, com um actor negro, mas vá lá que a personagem é secundária e até aparece pouco. Quem apelou ao boicote contra esta película devido a este pormenor racial politicamente correcto, não deve ter visto o «Jack Percy e os Ladrões do Olimpo», contra o qual não «ouvi» barulho nenhum, e esse sim, tem lá presença negróide em alta quantidade e «qualidade», pois que logo à partida o herói anda sempre acompanhado de um «fauno» «bléque» que não pára de aparecer em toda a parte, às vezes até dá impressão que se põe à frente da câmara e ocupa o ecrã quase todo, sempre com aqueles repugnantes trejeitos de «tineige» afro-americano, e depois ainda por cima há pelo menos duas Divindades propriamente ditas que também são representadas com actores raça negra, enfim, não é de ir às lágrimas mas sim ao chamado gregório. Claro que não sabe nada bem ver o papel de Heimdall a ser protagonizado por um africano, ainda para mais a Divindade tem por epíteto «o Deus Branco» (na melhor das hipóteses é piada...), mas este pelo menos nem se mexe muito e nem diz «africanices», deve ser da escola «shakespereana» que tem. Depois, há também um amarelo entre os três amigos de Thor, mas de qualquer modo estes nem sequer pertencem à mitologia nórdica - constituem um acrescento do criador do Thor da banda desenhada, o judeu Stanley Martin Lieber, mais conhecido por Stan Lee, quando este na primeira metade dos anos sessenta adaptou a mitologia nórdica à histórias em quadradinhos da editora norte-americana de super-heróis Marvel Comics Group. O asiático representa o papel do taciturno e pessimista Hogun, que por acaso tem na banda desenhada um aspecto remotamente mongólico; Stan Lee diz que a personagem é inspirada no actor Charles Bronson, que por acaso até é de ascendência remotamente asiática (tártara). Quanto aos outros dois amigos, igualmente inventados por Lee, são Fandral, espécie de garboso espadachim inspirado nas personagens usualmente interpretadas pelo actor Errol Flyn, e Volstagg, gordíssimo e ruivo glutão, fanfarrão e trapalhão, baseado na personagem shakespereana de Falstaff, segundo conta a Wikipédia...
Os efeitos especiais estão sem mácula; os cenários, que unem com vigor o épico viquingue ao cósmico, fazem só por si com que valha a pena dar uma vista de olhos ao filme, numa noite despreocupada.
Os efeitos especiais estão sem mácula; os cenários, que unem com vigor o épico viquingue ao cósmico, fazem só por si com que valha a pena dar uma vista de olhos ao filme, numa noite despreocupada.
A beleza das actrizes que dão corpo às personagens «Jane» (Natalie Portman) e «Sif» (Jaimie Alexander) também não desagrada a quem tiver bom gosto.
A justificação que por aí tem circulado para que o filme apresentasse uma cara negra a representar um(o...) Deus branco está formalmente bem defendida mas não convence: a de que o filme não pretende pôr em cena a tradição mitológica escandinava mas sim uma banda desenhada norte-americana que é baseada na tradição mitológica escandinava.
É certo que, logo à cabeça, o super-herói Thor, espécie de príncipe galante imberbe e loiro numa coorte presidida por um rei velho, arquétipo do cavaleiro medieval, distingue-se notoriamente do Deus Thor, belicoso, justo e ingénuo ruivo barbudo, grosseiro ferrabrás, assim uma espécie de camionista do Céu. Mas essas e várias outras diferenças, todas ao monte e aumentadas com banha da cobra, não escondem o carácter claramente gratuito, e ideológico, da escolha de um negro para o lugar de um Deus germânico. Tão ostensiva opção, a que os «bifes» chamam uma «in your face», parece querer confirmar, mais uma vez, que o Branco Europeu não tem direito a nada de exclusivamente seu, nem sequer a uma merda de um filme de entretenimento popular...
Outro aspecto da película, a ideia popularizada desde há décadas de que «o que para nós é ciência, para os antigos seria magia», apontando para a hipótese de os antigos Deuses serem na verdade extraterrestres, tem à partida um sabor baratucho, mas por acaso acaba por estar graciosamente representada no final, em que a busca pelo conhecimento do Cosmos assume uma aura de nostalgia pela Divindade de outrora... por coincidência ou não, houve um crítico qualquer que achou as vestes «armaduradas» dos «Asgardianos» do filme parecidas com as vestimentas da série de ficção científica britânica Blake's Seven, que por acaso até tinham um ar medieval...
Enfim, no seu todo vê-se com gosto, para quem estiver de boa vontade.
Outro aspecto da película, a ideia popularizada desde há décadas de que «o que para nós é ciência, para os antigos seria magia», apontando para a hipótese de os antigos Deuses serem na verdade extraterrestres, tem à partida um sabor baratucho, mas por acaso acaba por estar graciosamente representada no final, em que a busca pelo conhecimento do Cosmos assume uma aura de nostalgia pela Divindade de outrora... por coincidência ou não, houve um crítico qualquer que achou as vestes «armaduradas» dos «Asgardianos» do filme parecidas com as vestimentas da série de ficção científica britânica Blake's Seven, que por acaso até tinham um ar medieval...
Enfim, no seu todo vê-se com gosto, para quem estiver de boa vontade.
18 Comments:
E esse e o novo Conan polinésio.
Ambos denigrem a historia europeia porque ambos os personagens são inspirados na mitologia e historia europeia, sendo a bd thor inspirada na mitologia nordica e conan sendo um pré-celta.
No caso do novo Conan uma das justificações que dao nos youtube é que o verdadeiro conan dos livros de Howard era bronzeado e com cabelo negro.
Sendo o antigo conan a besta teutonica loira chamada Arnold Shwarzenegger, veio o conflito e dizem que o "moreno" Jason Momoa é melhor escolha.
O que se esquecem de dizer é que Howard visionou um Conan europeu sendo ele loiro ou moreno era europeu (branco).Um branco pode perfeitamente bronzear-se ou nao, que isso nao altera a sua genetica.
Por outro lado o polinesio nao e nem sera branco logo , a meu ver, nao devia interpretar a figura principal europeia de uma historia.
Que tens a dizer Caturo?
Rama called his father ” A FOOL, AN IDIOT” (Ayodhya Kandam, 53rd Chapter).
Que a escolha do polinésio mete nojo aos cães. Ser «moreno» não é ser mestiço nem nada que se pareça. Conan tem cabelo preto, olhos azuis e fica bronzeado porque anda toda a vida pelo Sul, mas já agora o bronze propriamente dito é vagamente avermelhado, não é escuro.
Por acaso nunca achei que Schwarzenegger tivesse sido uma boa escolha para o papel, e nem é por causa da cor dos olhos, mas sim porque tem um ar abrutalhado, um maxilar demasiado saliente (já me disseram que isso tem a ver com os exercícios de halterofilismo ou coisa assim...), enquanto o Conan «original» seria caracterizado por um semblante mais sombrio e reservado (o gajo dos Type O' Negative, que por acaso morreu, seria um bom exemplo, mas melhor ainda foi o «Kurgan» do filme «Duelo Imortal», interpretado por Clancy Brown - por quase coincidência, «Kurgan» é o nome da que é tradicionalmente considerada como a primeira cultura arqueológica dos Indo-Europeus).
Uma coisa é certa: a personagem criada por Howard é um bárbaro do Norte e o contraste do seu modo de ser, simples, puro e justo, com o modo de ser do Sul e do Oriente civilizados, sofisticado e tortuoso (conceito puramente romântico) é essencial para se perceber a personagem. Conan não é simplesmente um «bárbaro exótico», é um bárbaro do Norte diante de gente do Sul.
Pois, a maioria dos brancos já são um bando de frouxos capitalistas. Não há mais tanta gente da raça que seja digna de representar os Deuses europeus.
Não há barreira que impeça os donos de Hollywood colocar um preto ou um asiático no papel onde deveria estar um branco decente.
"(o gajo dos Type O' Negative, que por acaso morreu, seria um bom exemplo, mas melhor ainda foi o «Kurgan» do filme «Duelo Imortal», interpretado por Clancy Brown - "
este:
http://100grana.files.wordpress.com/2009/08/bruce-willis-photograph-c11796804.jpeg
Esse mete-nojo? Foda-se, eehehehh...
besta teutonica loira
ele ta mais pra magiar..jeje
outra: besta loira era uma ironia de nietzsche pra criticar a inveja primaria dos pre-arias usando dos valores cristãos proto-pos-classicos contra os loiros aryas que se instalaram nas elites europeias originais pre-infiltração simiesca..
depois os judeus deturparam e plagiaram ele..
7 de Maio de 2011 01h28min00s WEST
os brancos morreram no sentido da sua cernidade original..e logo no sentido genomico/evolutivo justamente por tal via residuos..
«outra: besta loira era uma ironia de nietzsche pra criticar a inveja primaria dos pre-arias »
Cuidado que o Nietzsche desprezava os Povos do Norte, do que ele gostava mesmo era do Sul mediterrânico...
Cuidado que o Nietzsche desprezava os Povos do Norte, do que ele gostava mesmo era do Sul mediterrânico...
errado, ele atira pros dois lados..
agora pra quem interpreta ele de modo primario ou não tem neuronios suficientes pra captar o que ele queria dizer..via pos-cernificação..outros escritores como aristoteles que originalmente eram politicamente incorrecto so faltam serem canonizados pos-deturpação..interpretam por exemplo signos de origem pre-cernica com significados pos-cernicos e ainda chamam isso de "ciencia" ou mesmo "filosofia"..jeje
http://www.cracked.com/article_15677_the-9-most-racist-disney-characters.html
Acerca dos alegados racismo e estereotipização de não brancos em filmes de animação da Disney. O artigo está em inglês, mas vale a pena ver.
PRA QUEM NÃO SABE INTERPRETAR AS IRONIAS BEM SACADAS E REFINADAS DELE SOMADO A CAUSA PROPRIA, DE FACTO..JEJE
agora pra quem interpreta ele de modo primario ou não tem neuronios suficientes pra captar o que ele queria dizer..via pos-cernificação..outros escritores como aristoteles que originalmente eram politicamente incorrecto so faltam serem canonizados pos-deturpação..interpretam por exemplo signos de origem pre-cernica com significados pos-cernicos e ainda chamam isso de "ciencia" ou mesmo "filosofia"..jeje
7 de Maio de 2011 04h24min00s WEST
a filosofia é uma ciência,sim senhor,quem é que afirma o contrário?quem determina a sua causalidade efectiva?a chamada ciência não tem que ser forçosamente determinista ao ponto de ser essencialmente exclusivista,que eu saiba...
o que está aqui em causa não é uma questão ucrónica,mas sim factual,circunstancial,que enforma todo um quadro de pensamento epocal.
as correntes filosóficas ao longo dos tempos,obedecem a ´n´ factores sociais,políticos,religiosos,económicos,entre outros;as estruturas analíticas alicerçam-se nos condicionantes ambientais que os cercam,dando-lhes um "corpus" identificativo.agora,dizermos que "a" é falso porque assim o entendemos revela uma grande desonestidade intelectual,além de um facciosismo pouco salutar.não pretendo ser relativista,mas creio que o reduccionismo "tout court" é sintoma de falta de inteligência e capacidade de raciocínio.numa palvra,umas valentes palas laterais...
saúde,amigo!
Ora nem mais. Até porque a expressão «besta loira» é aplicada ao «leão», como destruidor da cultura anterior, não aos nórdicos, pelos quais Nietzsche não teria especial respeito, antes pelo contrário.
Talvez este actor fosse bom para o papel de Conan.
http://2.bp.blogspot.com/_vNkvUZ55JXQ/S_sXyKJsfeI/AAAAAAAAAD4/o75lUVFX5Ao/s1600/paul_telfer1.jpg
O que fez de Hércules? Talvez, sim.
"O que fez de Hércules?"
Pois, esse mesmo.
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