terça-feira, março 15, 2011

DECLARAÇÃO A RESPEITO DA OCUPAÇÃO TURCA DE CHIPRE

Encontrei numa página do sítio internético do Partido Nacional Britânico (BNP)
uma referência à Declaração de Chipre
, que data de 2009 e foi elaborado pelo Europa da Liberdade e da Democracia (EFD), grupo do parlamento europeu.
O documento afirma a soberania, independência, integridade territorial e unidade da República de Chipre, e repudia a invasão e ocupação continuada de parte de Chipre por tropas turcas. Manifesta por isso indignação pelo facto de a União Europeia (UE) continuar as conversações de ingresso da Turquia, enquanto este país viola as leis internacionais e recusa-se a retirar os seus quarenta mil soldados da República de Chipre.

Entretanto, uma declaração da EFD no parlamento europeu reunido em Outubro de 2010 na cidade de Limassol para discutir a questão de Chipre,
1 - afirma o seu apoio à soberania, independência, integridade territorial e unidade da República de Chipre;
2 - lamenta profundamente a ocupação turca do norte de Chipre e considera que se trata de uma invasão e ocupação de um Estado-membro da UE por outro Estado;
3 - manifesta-se profundamente chocado e decepcionado pelo facto de que apesar da ocupação de um Estado-membro da UE, a Turquia seja ainda um país candidato ao ingresso na UE e continue activamente a negociar a sua entrada na UE, e considera que esta é outra razão para um travão imediato a tais negociações;
4 - salienta que trinta e seis anos após a invasão, a Turquia continue a ocupar áreas de Chipre e a violar a lei internacional e as resoluções das Nações Unidas que exigem a retirada do Exército turco e o direito de retorno aos refugiados gregos cipriotas;
5 - enfatiza que mais de quarenta e três mil soldados turcos de ocupação, equipados com armamento moderno e apoiados pela Força Aérea e Marinha turcas estejam ilegalmente estacionados na área ocupada, que cobre cerca de trinta e sete por cento da ilha e faz com que esta seja uma das áreas mais altamente militarizadas do mundo em termos de proporção numérica entre tropas e população civil;6 - condena a transferência de cento e sessenta e dois mil colonos da Turquia para a área ocupada, com o intuito de alterar a demografia da ilha, o que constitui um crime internacional;7 - recorda os termos da resolução do Parlamento Europeu (2006/2050(INI)) a respeito da herança natural, arquitectónica e cultural europeia em regiões rurais e insulares; exige o fim da pilhagem e destruição dos mosteiros e das igrejas Ortodoxas Gregas e da remoção e tráfico ilegais de items e obras de arte eclesiásticos em violação da Convenção da Unesco de 16 de Novembro de 1972 a respeito da protecção da herança mundial cultural e natural;
8 - apoia o início de um inquérito independente para a investigação do destino de aproximadamente mil e quinhentos cipriotas gregos ainda desaparecidos, na sequência da invasão de 1974 por parte da Turquia, de acordo com as exigências do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos;
9 - denuncia as violações dos direitos humanos que continuam a ser cometidas contra os Gregos Cipriotas devido à sua etnicidade, religião e cultura.


Não encontrei rigorosamente nada disto em Português, apesar de Portugal ser membro da UE.

No Parlamento Europeu, o eurodeputado Andrew Brons, do BNP (acima citado), declarou que a Turquia não só não deve ser admitida na UE, como além disso devem ser suspensas todas e quaisquer relações da UE com este país asiático. Uma posição «extremista», dirão alguns - e mal vão os tempos em que uma posição perfeitamente legítima só é defendida por um partido considerado extremista, em vez de ser promovida pelos principais partidos e suscitar manifestações nas ruas, junto às embaixadas turcas e não só. A sorte dos Turcos, sendo asiáticos, muçulmanos e inimigos históricos da Europa (portanto, inimigo do Nós, que, na mentalidade politicamente correcta, é eternamente culpado) é que fazem parte do «amado outro», o alógeno, o «outra-raça», o não europeu, pois claro... se uma Áustria com um Haider no governo fizesse dez por cento disto já tinha sido posta fora da UE (aliás, a Áustria foi ameaçada de expulsão da UE só por Jorg Haider ir para o governo) e se calhar militarmente invadida...

Fica por isso mais uma vez provado que só as forças nacionalistas defendem verdadeiramente a Europa em todos os sentidos, a começar pelo começo, isto é, a sua identidade e dignidade.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tudo bem que é grande a cultura e a população grega, mas o Chipre parece mais localizado na Ásia do que na Europa. É cercado pela vizinhança musla e judia.

16 de março de 2011 às 18:33:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

E por acaso há um partido nacionalista greco-cipriota para pôr ordem naquela ilha?? Ou só as armas resolvem o caso da invasão musla?

16 de março de 2011 às 18:37:00 WET  

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