SOBRE O PROTESTO DE DIA DOZE

Quem sabe como os Portugueses costumam ser passivos e acomodados em Política, nomeadamente no que respeita à classe que a conduz, pode ter uma ideia do ponto a que é preciso chegar para que tanta gente saia à rua a gritar de frustração e REVOLTA... Como diz o Povo, não há mal que nunca se acabe (a opressão económico-liberal do povo) nem bem que sempre dure (ou mais concretamente o bem-bom de quem vive de pança cheia à custa da precariedade e exploração da populaça).

Os Nacionalistas que compareceram no protesto estão de parabéns - a causa em questão é nacional, diz respeito a todos os Portugueses, e quem defende a Nação não pode aceitar que o seu povo seja oprimido por uma elite apátrida, que quer atirar com milhares, senão milhões, para a roda viva da imigração em massa a nível mundial. Hoje é essencial que a voz Nacionalista se faça ouvir para que o Povo saiba qual é a versão nacionalista do que se passa - para que o Povo saiba que em primeiro lugar há que garantir a segurança e o emprego DOS PORTUGUESES, contra os ventos da globalização, tanto capitalistas como esquerdistas, que são esses que estão a causar a carestia de segurança precisamente porque querem desenraizar de vez as populações, tirando-lhes os diferentes privilégios sobre as suas próprias terras, o que leva à indignidade de fazer com que um nacional tenha em sua própria casa de competir por um posto de trabalho em igualdade de circunstâncias com um alógeno.
E quem não marcha nas ruas quantas vezes pode, aproveitando todas as oportunidades - sim, é preciso ser oportunista no bom sentido - vai a caminho do oblívio. Como diz o Povo, quem não aparece esquece. Precisamente, mas precisamente, pelo facto de ter havido malta de extrema-esquerda na manifestação é que os Nacionalistas tinham de marcar posição, para que não parecesse que o protesto legítimo era «uma coisa de esquerda». Não é por «os outros» estarem «lá» que nós devemos deixar de «lá» ir, pelo contrário, a lógica democrática é completamente inversa a essa - em Democracia, é quando os outros berram que devemos também bradar, para que não seja só a voz dos outros a ouvir-se. É assim na Assembleia da República, com a Esquerda e a Direita sentadas lado a lado, e é assim na rua. A Rua não é nunca propriedade exclusiva «dos outros», e quando houver junto do povo a impressão de que «a rua é da Esquerda», a coisa está mal encaminhada. O povo que assistiu à manifestação, em directo ou em casa, ficou assim a saber que a ideia do protesto não é «típica da esquerda», até porque, como disse o Diário de Notícias, o grupo de extrema-direita que participou na manifestação «assumiu um espaço central á cabeça do desfile».