PRIMEIRO-MINISTRO BRITÂNICO DENUNCIA MULTICULTURALISMO, ESPECIFICANDO O CASO ISLÂMICO
Agradecimentos ao camarada Titan por ter aqui trazido esta significativa notícia, que dá pano para mangas:
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, atacou três décadas de multiculturalismo no Reino Unido, defendendo que as políticas de integração têm alimentado o extremismo. As associações de muçulmanos já se manifestaram desiludidas com um discurso que, dizem, estigmatiza a comunidade e alimenta “a histeria e a paranóia”.
Cameron defendeu que é preciso uma identidade nacional mais forte e uma política de “liberalismo musculado” para reforçar os valores da igualdade e da lei junto de todos os elementos da sociedade. O tema da integração está no centro das preocupações no Reino Unido desde o atentado que fez 56 mortos nos transportes públicos de Londres em Julho de 2005, mas o líder dos conservadores ainda não tinha feito nenhum grande discurso sobre o tema desde que chegou à chefia do Governo, em Maio do ano passado.
Na Conferência de Munique sobre segurança, Cameron criticou o que chama “multiculturalismo de Estado”, sustentando que organizações que pouco fazem para combater o extremismo devem deixar de receber dinheiros públicos. “Vamos avaliar correctamente estas organizações: Acreditam nos direitos universais – incluindo para as mulheres e membros de outras crenças? Acreditam na igualdade perante a lei? Acreditam na democracia e no direito do povo a eleger o seu governo? Encorajam a integração ou o separatismo?”, questionou.
Todos os imigrantes devem aprender a falar inglês e as escolas têm de ensinar “a cultura comum do país”, defendeu ainda o primeiro-ministro.
“Francamente, precisamos de muito menos da tolerância passiva dos últimos anos e de um liberalismo musculado muito mais activo”, disse. Para Cameron, a doutrina dominante encorajou as diferentes culturas a viverem separadamente e isso conduziu, por isso, “ao fracasso de alguns em confrontarem os horrores do casamento forçado”.
Ao tolerar que “as comunidades se comportassem de formas que contrariam os valores” do país, o Estado contribuiu para “deixar alguns jovens muçulmanos a sentirem-se sem raízes”. E muitas vezes, essa “busca por um sentimento de pertença pode conduzi-los a uma ideologia extremismo”, afirma. Segundo o chefe do Governo, os britânicos falharam ao não “dar [aos jovens muçulmanos] uma visão da sociedade de que eles queiram fazer parte”.
Em Londres, a generalidade das organizações que representam os muçulmanos britânicos reagiram mal à intervenção de Cameron. “Uma vez mais parece apenas que a comunidade muçulmana é posta no centro das atenções, sendo tratada como parte do problema e não da solução”, disse à Rádio 4 o secretário-adjunto do Muslim Council of Britain, Faisal Hanjra, considerando ainda que “em termos de abordagem de combate ao terrorismo”, o discurso “não parece trazer nada de particularmente novo”.
Também a associação de jovens The Ramadhan Foundation considera que ao nomear especificamente os muçulmanos, Cameron está a alimentar a “histeria e a paranóia”. “Os muçulmanos britânicos odeiam o terrorismo e o extremismo e temos trabalhado muito para erradicar este mal do nosso país. Mas sugerir que não partilhamos os valores da tolerância, do respeito e da liberdade é profundamente ofensivo e incorrecto”, disse o líder deste grupo, Mohammed Shafiq, citado pela emissora BBC.
Foi o seu primeiro discurso sobre as causas do terrorismo desde que está à frente do Governo e aconteceu na Conferência de Munique. Por coincidência, Cameron estava sentado ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, que em Novembro também que a Alemanha não tem feito o suficiente para integrar os seus imigrantes. “Desde há anos, há décadas, que a abordagem tem sido que não é preciso promover a integração. Isso provou estar errado”, afirmou Merkel.
Ou seja, duas das figuras mais destacadas da política europeia, e até mundial, vieram a público reconhecer o que os «nazis», os «extremo-direitistas», os «xenófobos» e os «islamófobos» já andam a dizer há décadas
... por um motivo muito simples: porque, em não havendo já maneira de ocultar a verdade, o melhor que têm a fazer, para segurar ainda um bocado o seu eleitorado mais realista, é pôr as cartas na mesa, e isto é verdade sobretudo para o caso inglês, onde o «racista» Partido Nacional Britânico (BNP) subiu de uma votação residual à posição de quinto partido mais votado, e ainda em crescimento...
... por um motivo muito simples: porque, em não havendo já maneira de ocultar a verdade, o melhor que têm a fazer, para segurar ainda um bocado o seu eleitorado mais realista, é pôr as cartas na mesa, e isto é verdade sobretudo para o caso inglês, onde o «racista» Partido Nacional Britânico (BNP) subiu de uma votação residual à posição de quinto partido mais votado, e ainda em crescimento...
Claro que os camerons, afins dos sarkozys, não desarmam totalmente, antes pelo contrário, procuram outra via para fomentar a misturada, ou pelo menos dizem que o vão fazer - e caberá aos nacionalistas denunciar-lhes as patranhas que entretanto venham a desenvolver, para impingir ao povo a mesmíssima monstruosidade mas com um ar mais «ordeiro»...
12 Comments:
Este comentário foi removido pelo autor.
Ai ai ai, como podem os políticos renderem-se aos caprichos do 'povinho racista'?
Os americanos estão cada vez pior. Olha-me para esta noticia, camarada Caturo:
http://bigpeace.com/pspoole/2011/02/03/vmi-celebrates-muslim-invasion-brutal-781-year-occupation-of-spain/
http://www.youtube.com/watch?v=kureFeGmoDI
"Cameron defendeu que é preciso uma identidade nacional mais forte e uma política de “liberalismo musculado” para reforçar os valores da igualdade e da lei junto de todos os elementos da sociedade."
Tudo isto parece-me demagógico. 1º porque os partidos do sistema não são capazes de definir o que é a identidade nacional derivado ao medo que têm de serem considerados racistas, xenófobos, islamófobos e nazis quanto mais torná-la mais forte. 2º se já é difícil nós fazermos com que pessoas da nossa própria etnia aceitem valores que vão contra os delas, então é mesmo impossível nós fazermos com que pessoas de outras etnias aceitem valores contrários aos seus.
Não consigo encontrar aquele artigo cuja sondagem indica que 75% dos Britânicos não deseja tornar-se uma minoria no seu próprio país.
Este?
http://gladio.blogspot.com/2011/01/maior-parte-do-povo-britanico-quer.html
Sim, obrigado. E qual era aquele Partido Espanhol de Esquerda não-imigracionista?
Por curiosidade, nem todos os Muçulmanos em França são tão fanáticos como se pensa, visto que de acordo com L'Islam en France et les réactions aux attentats du 11 septembre 2001, Résultats détaillés, Ifop, HV/LDV No.1-33-1, 28 September 2001, dos 100% de 4.155.000 de Muçulmanos em 2000, 36% descreveram-se como "crentes observantes", e apenas 20% vão regularmente à Mesquita para o serviço de Sexta-Feira, sendo que apenas 70% dizem "observar o Ramadão". Não resta muito espaço para radicais, mas como são barulhentos e de vez em quando explodem, notam-se mais. A não ser pior podemos agradecer à política francesa que preza os valores da República.
Espere, não é esse artigo, desculpe, é o do inquérito em que os 2% da "elite reinante" não se opõem a ser uma minoria na sua própria terra - a ironia é que esses 2% já o são!...
se já é difícil nós fazermos com que pessoas da nossa própria etnia aceitem valores que vão contra os delas, então é mesmo impossível nós fazermos com que pessoas de outras etnias aceitem valores contrários aos seus.
Acrescente-se alguém que, não sendo da mesma etnia, partilhe dos mesmos valores, como se vê na Turquia, Tunísia, Egipto, Jordânia, Irão, Hirsi Ali, etc.
«Sim, obrigado. E qual era aquele Partido Espanhol de Esquerda não-imigracionista?»
http://gladio.blogspot.com/2011/01/nova-frente-politica-no-pais-irmao.html
6 de Fevereiro de 2011 20h10min00s WET
mero minho-timorismo 2.0..
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