segunda-feira, janeiro 31, 2011

LIDER ISLAMISTA «MODERADO» AUTORIZADO A RETORNAR À MODERADÍSSIMA E LAICÍSSIMA TUNÍSIA

Mais de um milhar de pessoas receberam ontem, em Túnis, Rachid Ghannouchi com cânticos de "Allahu Akhbar". O líder islâmico do al-Nahda estava exilado no Reino Unido há mais de 20 anos e regressou à Tunísia depois de o governo interino ter permitido ao partido e a outros movimentos da oposição voltarem a reunir. O al-Nahda foi considerado grupo terrorista islâmico pelo regime de Zine Ben Ali e perdeu o estatuto de partido político em 1989, depois de ficar em segundo lugar nas eleições, com 17% dos votos.
Alegações de fraude eleitoral levam os analistas a crer que o al-Nahda teria cerca do dobro dos pontos percentuais. Ghannouchi, que ainda está sujeito a uma pena de prisão perpétua imposta pelo governo do presidente deposto por alegadamente conspirar contra o Estado, deu ontem uma entrevista à Associated Press (AP) em que reforçou o que tinha afirmado pouco antes. "Não vou candidatar-me à presidência da Tunísia, nem a ministro, nem a deputado", explicou Ghannouchi aos jornalistas. No aeroporto de Londres o islâmico tinha afirmado que "se houver eleições livres e justas, o al-Nahda vai participar - nas legislativas, não nas presidenciais", mas não mostrou intenção de ambicionar um cargo público.
O regresso de Rachid Ghannouchi, segundo os especialistas da BBC, é um dos sinais de mudança mais poderosos em termos políticos e sociais na Tunísia. O governo de transição ainda não adiantou data para um novo escrutínio desde a queda do presidente Ben Ali, a 14 de Janeiro, depois de uma vaga de violentos protestos antigovernamentais que acabariam por se espalhar aos países próximos, como o Egipto, a Jordânia ou o Iémen.
O líder do al-Nahda, porém, foi prudente no discurso sobre a situação no país. "A sharia não tem lugar na Tunísia", afirmou, referindo-se à ultraconservadora lei islâmica. Ghannouchi, que se assume como islamista moderado, considera que os seus pontos de vista se aproximam dos do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan. "Porque é que as pessoas insistem em me comparar com o Bin Laden ou com o [aiatola Ruhollah] Khomeini, se estou mais próximo de Erdogan?", questionou Ghannouchi em declarações à AP.

Ah, mas c'a g'anda alívio, porque de facto o regime de Erdogan não é nada islamista, pois não, por isso é que tentou obrigar um país europeu a suprimir a sua própria liberdade de expressão, a Dinamarca, aquando da crise das caricaturas, tendo até guardado rancor ao primeiro-ministro dinamarquês e querendo mais tarde impedi-lo de dirigir a OTAN... e, aquando dos motins norte-africanos em França, insinuou que a culpa era do governo francês por causa da proibição da burca... um governo cujo primeiro-ministro diz, em discurso à comunidade turca na Alemanha, que «os minaretes são as nossas baionetas», e que protege o genocida de Darfur com o argumento de que «um muçulmano não comete genocídios»...

15 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se eles está mais próximo do Erdogan, com toda certeza é do outro tipo islamista, que utiliza da tática de conspiração.

31 de janeiro de 2011 às 22:55:00 WET  
Anonymous Ademar César Faria said...

«regressou à Tunísia depois de o governo interino ter permitido»

O teu texto responde a este teu sublinhado: ao partido e a outros movimentos da oposição voltarem a reunir. O governo interino legislou no sentido de permitir a liberdade de associação, pensamento, participação cívica, e constituição de partidos políticos. Só faltava que o fizesse, como em Portugal se faz com considerados fascistas (sob teu protesto), estabelecendo limitações que marginalizassem o Islão político...


«perdeu o estatuto de partido político em 1989, depois de ficar em segundo lugar nas eleições, com 17% dos votos. Alegações de fraude eleitoral levam os analistas a crer que o al-Nahda teria cerca do dobro dos pontos percentuais.»

São dados com mais de 20 anos, saídos de um contexto que nada tinha a haver com o actual: a Primeira Intifada tinha sido dois anos antes, a Guerra Irão-Iraque no anterior, Khomeini morreu nesse ano, a efervescência do Islão político era muito superior à de hoje. Pelo menos, tirando a Palestina, não conheço nenhuma revolução islâmica com menos de 32 anos...

«"Não vou candidatar-me à presidência da Tunísia, nem a ministro, nem a deputado", explicou Ghannouchi aos jornalistas. No aeroporto de Londres o islâmico tinha afirmado que "se houver eleições livres e justas, o al-Nahda vai participar - nas legislativas, não nas presidenciais", mas não mostrou intenção de ambicionar um cargo público.»

«"A sharia não tem lugar na Tunísia", afirmou, referindo-se à ultraconservadora lei islâmica.»

Estas já tu não sublinhaste, «estranhamente». Não compunham o teu boneco...

1 de fevereiro de 2011 às 02:41:00 WET  
Blogger Caturo said...

«O teu texto responde a este teu sublinhado: ao partido e a outros movimentos da oposição voltarem a reunir. O governo interino legislou no sentido de permitir a liberdade de associação, pensamento, participação cívica, e constituição de partidos políticos. Só faltava que o fizesse, como em Portugal se faz com considerados fascistas (sob teu protesto), estabelecendo limitações que marginalizassem o Islão político...»

Pois claro, e ninguém diz o contrário (quer dizer, se fossem nazis caía o Carmo e a Trindade, mas pronto). O que isto mostra é simplesmente aquilo que tenho dito - está aberto o caminho para os islamistas.


«perdeu o estatuto de partido político em 1989, depois de ficar em segundo lugar nas eleições, com 17% dos votos. Alegações de fraude eleitoral levam os analistas a crer que o al-Nahda teria cerca do dobro dos pontos percentuais.»

«São dados com mais de 20 anos, saídos de um contexto que nada tinha a haver com o actual: a Primeira Intifada tinha sido dois anos antes, a Guerra Irão-Iraque no anterior, Khomeini morreu nesse ano, a efervescência do Islão político era muito superior à de hoje. Pelo menos, tirando a Palestina, não conheço nenhuma revolução islâmica com menos de 32 anos...»

Pois, mas há trinta e dois anos o Islão não tinha a pujança política que tem hoje, como se constata em TODOS os casos que referiste (até o laico Iraque, que ganhou mais do que perdeu a guerra contra o Irão, até esse está cada vez mais na mão dos islamistas), e também, toma nota:
- na Indonésia
- na Malásia
- na Chechénia
e, naturalmente, na Turquia...
Ou seja, o argumento do «contexto» contraria-te radicalmente.


«"A sharia não tem lugar na Tunísia", afirmou, referindo-se à ultraconservadora lei islâmica.»»

Também era melhor, quando o País é laico e ainda há potentados laicos à espreita e a postos, que ele se atrevesse já a dizer uma dessas...


«Estas já tu não sublinhaste, «estranhamente». Não compunham o teu boneco...»

Pois, mas não a ocultei. TU, entretanto, «esqueceste» esta:
O al-Nahda foi considerado grupo terrorista islâmico pelo regime

Mas é que «esqueceste» mui criteriosamente, com uma pontaria de alto lá com ela, uma vez que foste capaz de citar a passagem imediatamente a seguir, pois foi... Pois foi: essa já tu não comentaste, «estranhamente». Estragava-te o boneco...

1 de fevereiro de 2011 às 17:20:00 WET  
Blogger Caturo said...

E quanto à referência «ui-tão-moderada» à Turquia de Erdogan, também te esqueceste de piar...

E vão dois... «esquecimentos». Ai esse boneco tão evidentemente mal composto...

1 de fevereiro de 2011 às 17:22:00 WET  
Anonymous Ademar César Faria said...

O regime de Ben Ali, evidentemente, considerava quaisquer opositores tudo e mais alguma coisa. Ao tempo do salazarismo os opositores, comunistas ou republicanos, eram também proclamados terroristas e conspiradores subversivos - os republicanos até tinham tido a formiga branca... - pelo poder instalado. A opinião de um ditador sobre um dos partidos que reprimia? É esse o teu argumento? Não me gozes...
E sobre a Turquia, mesmo sob Erdogan, que eu saiba não proibiu a oposição, não impôs o hijab às mulheres, nem a sharia, nem coisa que valha. Teve uma frase condenável sobre as mesquitas alemãs - e eis o alicerce de todo o seu perigo para o Ocidente.
PS - Há quantos anos é que o Islão político radical não chega ao poder num país? Aguardo resposta.

1 de fevereiro de 2011 às 18:28:00 WET  
Blogger Caturo said...

Depende do que se considera «Islão radical»... pelos vistos, o Erdogan para ti é um gajo porreiro, moderadíssimo, só porque AINDA não instituiu a charia, apesar de a hoste laica já andar assustada há muito tempo, e de ter denunciado o facto de a burca ter deixado de ser proibida na universidade, o que levará a que se possam exercer pressões sobre as mulheres que a não usarem,

e só porque ainda não acabou com a democracia...

Claro que um comentariozito «condenável« proferida na Alemanha não tem importância nenhuma, nenhuma!, de todo, ele disse aquilo porque estava com os copos (isso era se bebesse) ou estava chateado, ou então foi no gozo, porque sem ser por isso é óbvio que um primeiro-ministro de um país que quer entrar na UE não dizia uma daquelas, a menos que tivesse quentes as costas...

Constato todavia mais um esquecimentozito teu - é que fazes crer que o meu argumento se baseia só numa frase do teu amigo turco, quando na verdade se basearia pelo menos em duas frases, uma delas, a que te esqueceste de citar, diz que «um muçulmano não comete genocídios» e portanto o genocida de Darfur é um gajo porreiro...

Basear-se-ia pois em duas frases se não houvesse outras questões, tais como o seu procedimento a respeito do genocídio dos Arménios, do que se passa em Chipre, da tentativa de sufocar a liberdade dinamarquesa (que eu referi, mas tu «esqueceste»...), dos comentários aos motins em França (que eu também referi, e tu igualmente «esqueceste»)...

Pelos vistos nada disto te parece «radical». Fica registado.

Assim, a tua pergunta é um pouco descabida, depois disto e daquilo que eu já disse anteriormente, e que tu «esqueceste», quando referi o crescimento do radicalismo islâmico em países até há pouco tempo «moderados».

1 de fevereiro de 2011 às 19:57:00 WET  
Blogger Caturo said...

Quanto ao pacifista e moderadíssimo muslo que retornou à Tunísia, é conveniente mantê-lo debaixo de olho:
http://www.jihadwatch.org/2011/01/tunisia-supporters-of-islamist-leader-assault-opponents.html

De resto, seria interessante saber com que critério é que à partida invalidas o que diz um ditador, só por ele ser ditador... e presumes que o acusado é um gajo porreiro, sem mais quê nem para quê.

Bem, talvez este último tenha realmente mudado de ideias e seja hoje um sujeito moderado. Mas isso é se, repito, tiver mudado de ideias, pois que nos anos setenta pronunciava-se contra o laicismo e os direitos das mulheres:

http://www.jihadwatch.org/2011/01/tunisia-thousands-greet-return-of-islamist-leader.html

1 de fevereiro de 2011 às 20:05:00 WET  
Anonymous Ademar César Faria said...

Erdogan para ti é um gajo porreiro, moderadíssimo

Lamento, mas só posso classificar este teu comentário como infantil: como não considero Erdogan um potencial Estaline da Antioquia logo simpatizo com ele? É a magna criancice, Caturo. Erdogan tem uma linha política de que eu discordo em absoluto, mas a questão aqui é saber se é um radical islâmico. E por radical islâmico, e embora isto provavelmente te vá soar estranhíssimo, eu entendo alguém que impõe, por métodos radicais (violentos, brutais, ditatoriais, totalitários...) a doutrina islâmica no seu país, ou que defende essa imposição. Quem diz que as mesquitas turcas na Alemanha são baionetas, ou quem subvaloriza os motins de afro-descendentes em França merece-me condenação,e eu disse que a frase era condenável. O problema é que a tua forma de raciocínio, que é irremivelmente fascista quer tu gostes quer não, não se contenta com a asserção de que um posicionamento é condenável: para ti, ou eu fazia da condenação de Erdogan (e do Islão político de todos os matizes por atacado) a sanha da minha vida, como tu fazes, ou então não era suficientemente condenatório. Passos Coelho já por diversas vezes comparou a situação orçamental portuguesa com a de 1973, para enaltecer a segunda; o Friedrich Hayek, liberal em política, apoiou o Pinochet por liberalizar a economia; tu, embora digas discordar - e acredito que o fazes sinceramente - do nazismo, quantas vezes já referiste Hitler como um exemplo de «líder nacionalista que o povo escolheu com o seu voto»? Gente com um ideário político similar tenderá sempre a ter-se em menos má conta do que aqueles que estão a milhas de distância sob o ponto de vista ideológico. O que não implica que essa similaridade seja o mesmo que igualdade - suponho que tu não és nazi, nem que se ache que o Passos Coelho é salazarista, e menos ainda que alguém julgue que o Hayek propugnava a instauração de ditaduras militares como panaceia para a salvação do mundo. Assim, porque é que o Erdogan o Khomeini e o bin Laden têm de ser «tudo a mesma coisa»? Porque, e novamente de uma forma fascista, tu queres meter todos no mesmo saco, para os proclamares igualmente inimigos «da raça» e poderes partir para cima deles de caçadeira engatilhada. É puro expediente. E só come esse discursório quem quer.
A terminar, não é por maiusculares o AINDA que a ameaça de instituição da sharia na Turquia se torna mais premente. E se tivesses o mais ínfimo conhecimento sobre a tal hoste laica, a elite militar kemaliana e demasiado (mal) habituada a interferir no poder político turco, verias que andar assustada há muito tempo não será bem o termo: eu apontava mais para andar de há muito tempo a aproveitar os descuidos (graves) do Erdogan para tentar justificar uma postura crescentemente intervencionista.

1 de fevereiro de 2011 às 20:23:00 WET  
Anonymous Ademar César Faria said...

De resto, seria interessante saber com que critério é que à partida invalidas o que diz um ditador, só por ele ser ditador...

Do que conheço da História, nunca ouvi falar de um ditador que não lançasse sobre os inimigos políticos o labéu do terrorismo e da subversão. Porque é que Ben Ali ia ser o primeiro ditador de todos os tempos a agir de outro modo?

e presumes que o acusado é um gajo porreiro

É mais uma vez o maniqueísmo fascista do costume: «não odeias quem eu odeio, logo nutres simpatia por ele, és aliado dele, amigo de longa data, tomavas armas contra mim com ele, és deles, dos maus do inimigo externo e interno, morre, morre morre!». É a costumeira criancice...

1 de fevereiro de 2011 às 20:28:00 WET  
Anonymous Ademar César Faria said...

Mas isso é se, repito, tiver mudado de ideias, pois que nos anos setenta pronunciava-se

Dados de 1989, declarações dos anos 70... Caturo, estás em 2011. Não é 1945, é mesmo 2011. Andares a esgravatar no lixo dos outros e a aplicá-lo directamente aos nossos dias ainda te vai levar a escrever um mail para o Parlamento Europeu a avisar que o Presidente da Comissão é um terrível maoísta...

1 de fevereiro de 2011 às 20:31:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Dados de 1989, declarações dos anos 70... Caturo, estás em 2011. Não é 1945, é mesmo 2011. Andares a esgravatar no lixo dos outros e a aplicá-lo directamente aos nossos dias ainda te vai levar a escrever um mail para o Parlamento Europeu a avisar que o Presidente da Comissão é um terrível maoísta..."


de facto, tens toda a razão...

2 de fevereiro de 2011 às 00:29:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Lamento, mas só posso classificar este teu comentário como infantil: como não considero Erdogan um potencial Estaline da Antioquia logo simpatizo»

Isso era uma maneira de falar, como é habitual numa discussão. Mas, já que estás com caguinchices, a coisa vira-se contra ti - porque o que tu fizeste é pior que uma criancice, é uma desonestidade um pouco grosseira: eu limitei-me a denunciar o aspecto falsamente moderado (e cada vez menos escondido) de Erdogan, e tu, primeiro nem piaste; depois, quando insisti, lá vieste condenar uma das frases dele, aproveitando entretanto para dar a entender, falsamente, que a minha argumentação se baseava numa frase, e entretanto aproveitaste para dizer que o sujeito não tinha acabado com a Democracia, o que constitui uma manigânciazita foleira para o fazer parecer «não assim tão mau». E nos entretantos vais-te ficando pela «condenação», primeiro de uma, depois de outra frasesita, agora quanto a concluir que o procedimento político de Erdogan é contrário à democracia e ao respeito pela liberdade e pela justiça, aí estás quieto. E, para disfarçar essa «indecisão», aliás, essa omissãozita de juízo de valor - logo tu, que és tão judicioso e vieste aqui repetidamente dizer que na Tunísia não há problema nenhum islamista e tal - julgas que te adianta partir para um contra-ataquezito, assaz empobrecedor, que foi acusar-me de fascista.

2 de fevereiro de 2011 às 00:34:00 WET  
Blogger Caturo said...

«para ti, ou eu fazia da condenação de Erdogan (e do Islão político de todos os matizes por atacado) a sanha da minha vida,»

Novamente, o exagero como forma de eximir-se de dizer o seu noutras alturas tão categórico «sim» ou «não»...



«Assim, porque é que o Erdogan o Khomeini e o bin Laden têm de ser «tudo a mesma coisa»? Porque, e novamente de uma forma fascista, tu queres meter todos no mesmo saco, para os proclamares igualmente inimigos «da raça» e poderes partir para cima deles»

Não É porque, pelo que tem sido demonstrado por Erdogan, percebo que, conquanto os meios possam ser diferentes, os objectivos coincidem em muito... para ti, o que interessa é a diferença dos meios. Se uma sociedade se torna crescentemente islâmica, à surrelfa, não há problema nenhum, não é nenhum sinal de radicalismo, pois não, desde que ninguém se aleije, é tudo «moderado».
Ora para mim os meios, embora nunca devam ser desprezados, não contam tanto como os fins. E o perigo está na dominação islâmica - o terrorismo, a violência imediata, que para ti é o critério principal de julgamento, é a meu ver mera táctica, e não necessariamente a mais perigosa, logo, não necessariamente a mais perigosa, a longo prazo. E até os serviços secretos dessa potência fascista e racista que é o Reino Unido actual afirmam algo de similar, desta feita a respeito dos muçulmanos estacionados no seu território: as grandes organizações muçulmanas só diferem dos terroristas nos métodos, não nos fins, pelo que a ameaça radical islâmica no Reino Unido é uma realidade, mesmo que não explodam as «tuas» bombas e tal.
Ora uma fuga do Wikileaks indica que essa outra potência racista e fascista, os EUA, também lá têm gente bem colocada, ao mais alto nível das embaixadas, que também pensa que a Turquia actual é expansionista é islamista. Isso para ti não é «radical» que chegue, para ti só é radical a sério para cima dos 9 mm de calibre e das explosões nas ruas.

E depois ainda falas em criancices e em comer discursos?

2 de fevereiro de 2011 às 00:34:00 WET  
Blogger Caturo said...

«E se tivesses o mais ínfimo conhecimento sobre a tal hoste laica, a elite militar kemaliana e demasiado (mal) habituada a interferir no poder político turco, verias que andar assustada há muito tempo não será bem o termo: eu apontava mais para andar de há muito tempo a aproveitar os descuidos (graves) do Erdogan para tentar justificar uma postura crescentemente intervencionista»

Pois, essa é a tua opinião, que me parece francamente mal sustentada, mas que apresentas como se fosse o produto da reflexão de «alguém que sabe». Por acaso estás redondamente enganado, essa elite tem estado à defesa desde a ascensão de Erdogan, e está a ser destituída tanto no campo militar como no jurídico - ou seja, nas suas principais áreas de acção até ao momento. Mas tu, mais uma vez, continuas agarrado às aparências mais primárias, atitude que deriva da interiorização de dogmas liberais laicos: para ti, tal como para os DanieisOliveiras, os maus da fita são os que têm as armas e fazem uso delas, e intervêm na política, ui!, que horror, os militares na Politica, isso em Democracia é inconcebível!!, isso é que não pode mesmo ser, vai daî de certeza que são muito mais perigosos do que um poder «civil» que ganha poder pela via democrática e deita abaixo os militares, e é porreiro para toda a humanidade, mesmo que queira subjugar ou silenciar uma parte dessa humanidade, e não haja maneira de o travar, a esse poder civil, a não ser pela via dos militares «intervencionistas» na política...



«Do que conheço da História, nunca ouvi falar de um ditador que não lançasse sobre os inimigos políticos o labéu do terrorismo»

Alto - quantos terroristas laicos é que retornaram à Tunísia?


«É mais uma vez o maniqueísmo fascista»

E mais uma vez estás a enveredar por questões de linguagem para substituires o conteúdo pela forma, uma atitude de grosseira incompreensão do que esta em causa.


«Dados de 1989, declarações dos anos 70... Caturo, estás em 2011. Não é 1945, é mesmo 2011. Andares a esgravatar no lixo dos outros»

Dizes tu que é lixo. E pronto, o passado não interessa, 1970, uui, isso foi há imeeenso tempo, nessa altura ainda nem eras nascido e entretanto toda a humanidade mudou e o Islão nasceu de novo, nada é como dantes, pois não.


«e a aplicá-lo directamente aos nossos dias ainda te vai levar a escrever um mail para o Parlamento Europeu a avisar que o Presidente da Comissão é um terrível maoísta...»

Não preciso, eles já devem saber... e se porventura derem com o dito a dizer que se calhar a China até e mais democrática do que muita gente pensa, são capazes de ficar ligeiramente desconfiados de que, contrariamente ao que tu julgas, o passado se calhar interessa...

2 de fevereiro de 2011 às 00:34:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Tópico exurbitante nesta página, postagens como aqui está dão motivação a quem aparecer aqui !!!
Entrega muito mais do teu sítio, aos teus leitores.

16 de fevereiro de 2011 às 02:30:00 WET  

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