segunda-feira, janeiro 31, 2011

HÉCATE, OU TRÍVIA

Vai-se o dia, sobe a Lua
Álgida treva no arco celeste
Olhai de frente a sombra nua
Pés ao caminho do bosque agreste

Ladra lá longe, augúrio da Sorte
Cão dos abismos, porteiro da Morte
Árvore egrégia na encruzilhada
Gélido altar na bruma estrelada

À fria luz do silêncio astral
Sibilam os ventos por entre as fragas
Conclave na névoa da Hoste Espectral
Mais trasgos e bruxas, corujas e magas

Urdindo sortilégio
Pedindo privilégio
À Vingadora
Aterradora

Pálida face de lívido plasma
Em trono augusto de funda caverna
Tríplice Rainha da Coorte Fantasma
Reina Suprema na Noite Eterna