«THE WICKER TREE» JÁ ESTÁ NO HORIZONTE
O que acima se vê é uma espécie de chamaril para o filme britânico «The Wicker Tree», ou «A Árvore de Vime» que tem estreia agendada, no Reino Unido, para Janeiro do próximo ano. Não é nada impossível que, em Portugal, passe directamente para dvd sem parar nas salas de cinema, por isso os bons apreciadores do cinema europeu que se preparem para procurar a obra em clubes de dvd e afins.
Trata-se de um novo filme feito a partir do magnífico «The Wicker Man» (um dos meus dois filmes de eleição), realizado no Reino Unido em 1973 (e que na década que ora termina originou uma versão americana, que já foi aqui comentada) por Robin Hardy e que se tornou numa obra cinematográfica de culto, particularmente, mas não apenas, no seio da comunidade pagã anglo-saxónica.
«The Wicker Tree» não é contudo nem uma nova versão da mesma história nem uma sequela, mas simplesmente um outro filme.
«The Wicker Tree» não é contudo nem uma nova versão da mesma história nem uma sequela, mas simplesmente um outro filme.
No de 1973, um polícia, por acaso mui devotamente cristão, penetrava numa comunidade rural sita numa ilha das Hébridas, ao norte da Escócia, para aí investigar a alegada morte em circunstâncias estranhas de uma criança. Acaba por ser vítima de um sacrifício humano realizado por toda a aldeia em honra dos Deuses antigos, nomeadamente Nuada, aqui considerado como Deus solar.
No «The Wicker Tree», entretanto, a mesma ilha - Summerisle, nome fictício, mas assaz simbólico - é visitada por um casal de jovens evangelizadores norte-americanos do Texas que usam a música country como veículo da sua pregação, bem ao estilo norte-americano. O nome da sua igreja, texana, é aliás sugestivo: «Cowboys for Christ». A dada altura, convencem-se de que a população indígena de Summerisle está mesmo interessada na sua mensagem. Mas acabam por descobrir, talvez tarde de mais, como estão enganados...
Tanto no filme de há trinta e sete anos como neste, parece haver pois um castigo para quem se dirige a uma determinada comunidade da Europa profunda para aí meter o bedelho e tenta impor os seus costumes cristãos contra as crenças pagãs locais. É bonito.
Na versão norte-americana do «The Wicker Man», feita na década de 2000 por outro realizador, não há qualquer confronto religioso, apenas investigação criminal, tensão crescente e ritual colectivo. Não há tampouco a rica parafernália de tradições e sons folclóricos que enriquecem exponencialmente a versão original. O polícia ianque é simplesmente um bom rapaz com os pés bem assentes no chão, nada tem de beato e nem tampouco discute quaisquer assuntos teológicos. A narrativa fica assim limitada ao aspecto exterior da obra, que é o de um simples «thriller», escapando-lhe deste modo o seu conteúdo (ou não fosse o filme a versão americana...), que é de carácter étnico e ideológico, tendo por foco o contraste de mentalidades definidas pela religião. Não deixa de ser um , mas é, sobretudo, um filme de ideias e de cultura, à maneira europeia.
Ficai pois com mais um «trailer», desta feita do «Wicker (clicar para ver, e é se quereis contemplar a bela Britt Ekland)» de 1973. Se souberem procurar, podem ver o filme todo no YouTube, creio, em dez partes.
Ficai pois com mais um «trailer», desta feita do «Wicker (clicar para ver, e é se quereis contemplar a bela Britt Ekland)» de 1973. Se souberem procurar, podem ver o filme todo no YouTube, creio, em dez partes.
5 Comments:
ta, matar cristãos classicos nem tem desafio algum..é muito facil..o legal é matar os 2.0s metidos a bravinhos..hehe!aí é que ta o desafio..
Acho que o Christopher Lee (Dracula, Scaramanga no James Bond e Saroumane no Senhor dos Anéis) tem um papel neste filme.
Desculpem para o meu português qué é muito fraco.
Abraço de França
No de 1973, é uma das personagens principais, neste agora não sei.
Saudações Lusas.
Disseste que este era um dos teus dois filmes de eleição. Qual é o outro?
«A Fantástica Aventura do Barão», ou, no título inglês original, «The Adventures of the Baron Munchausen», de Terry Gilliam, 1988.
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