quarta-feira, novembro 10, 2010

«HERÓIS»

Calhou, no passado dia seis do corrente, eu deixar-me ficar a ver o «Heróis» («Heroes»), filme indiano transmitido por um dos canais Telecine (o Telecine 1, creio) da TV Cabo. Realizado em 2008, narra a história de dois jovens adultos urbanos, modernaços e mais ou menos ocidentalizados, de orientação humanista, a modos que Esquerda liberal,  apostados em fazer uma espécie de documentário com o intuito de propagar uma mensagem pacifista, a saber, a de que ninguém se deveria juntar ao exército indiano. Para isso, vão entrevistar várias famílias de soldados indianos mortos em combate. Do que não estavam à espera era que em todas essas famílias, de todas as classes sociais e níveis educacionais, os familiares dos soldados revelassem, ainda acima da dor, um inabalável orgulho pelo heroísmo dos seus parentes caídos em batalha... Os dois realizadores acabam, a pouco e pouco, por perceber que o seu propósito é medíocre e que, acima da sua filosofia pacifista, está o orgulho como razão de viver e de morrer, e como último e sólido baluarte contra a dor da perda: um orgulho patriótico, também marcial, de quem toma consciência de que a tranquilidade quotidiana dos civis só pode ser comprada com o sacrifício dos militares na linha da frente e de que a Pátria só pode ser mantida com o sangue dos que com bravura defendem as suas fronteiras.  
Não deve também esquecer-se a frieza objectiva deste orgulho diante do inimigo - não prega o ódio aos oponentes do País, em vez disso encara a coisa como uma espécie de «jogo», aliás, de dever, porque o soldado do inimigo ao fim ao cabo faz o seu papel, tal como o compatriota deve fazer o seu.
Pelo meio há uma quota parte de choradinho e pieguice popularucha - percebe-se que o filme é dirigido às massas - e espaço ainda para uma cena de acção que de inesperada passa rapidamente a inverosímil, e de inverosímil a ridícula, quando um sujeito em cadeira de rodas dá porrada a rodos em para aí uns dez jovens rufias e às tantas já está no chão, de barriga para baixo, e mesmo assim continua a desfechar invencível bordoada nos rapazelhos todos à volta, enfim. Não podia faltar depois a cena musical, como é da praxe em filmes indianos, menos mal. Consegue, em contrapartida, transmitir remotos laivos de grandiosidade trágica na curta passagem em que o capitão da Força Aérea, em cadeira de rodas, contempla os fulgurantes caças de combate que cruzam os ares.
Com vários defeitos e qualidades, uma coisa é certa: dificilmente se via um filme destes a ser feito no actual Ocidente. Não porque na Europa e nos EUA não haja cinema lamechas e com toneladas de cenas de acção mentecaptas, além de passagens musicais de piroso para baixo (e haverá algum filme musical que não seja foleiríssimo?) - mas porque uma mensagem patriótica e bélica expressa com tanta clareza estaria quase por completo fora de questão num filme dramático ocidental. Quando muito, talvez um Mel Gibson fosse capaz de algo parecido, mas ainda assim muito matizadamente; quanto aos «300», aos «Rambos» e aos «Senhores dos Anéis», o género é outro, mas mesmo assim são relativamente raros no que ao seu carácter marcial diz respeito (e por alguma razão irritaram muito a elite intelectual dominante, percebe-se porquê). Este «Heróis» indíano merece, só por isso, ser visto.

21 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"quanto aos «300», aos «Rambos» e aos «Senhores dos Anéis», o género é outro, mas mesmo assim são relativamente raros no que ao seu carácter marcial diz respeito "

Imaginem um filme então do Conan original. A esquerdada elouqueceria.
hehehe

E o filme do Senhor Dos Anéis é mesmo meio esquerdizado.
No livro original os "homens escuros" e os "bárbaros orientais" são mais claramente repudiados.

10 de novembro de 2010 às 16:03:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

caramba, onde é que tu vais achar essas coisas?lol!quanto garimpo..essa mina é indiana?serio?que gata!

10 de novembro de 2010 às 16:04:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

o cara parece arya med no resto, mas os olhos parecem meio semitas pos-medievais..

10 de novembro de 2010 às 16:05:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

dificilmente se via um filme destes a ser feito no actual Ocidente. Não porque na Europa e nos EUA não haja cinema lamechas e com toneladas de cenas de acção mentecaptas, além de passagens musicais de piroso para baixo (e haverá algum filme musical que não seja foleiríssimo?) - mas porque uma mensagem patriótica e bélica expressa com tanta clareza estaria quase por completo fora de questão num filme dramático ocidental

Ora nem mais, na Europa perdeu-se o patriotismo e orgulho de pertencer a uma Nação, a uma tribo a um clã. Como chegámos até aí não sei, mas agora é muito difícil sair desta situação.
Nos EUA tenho ideia que as coisas são diferentes, para melhor, têm patriotismo e têm orgulho no país deles.


quanto aos «300», aos «Rambos» e aos «Senhores dos Anéis», o género é outro, mas mesmo assim são relativamente raros no que ao seu carácter marcial diz respeito (e por alguma razão irritaram muito a elite intelectual dominante, percebe-se porquê). Este «Heróis» indíano merece, só por isso, ser visto.

Até o Fight Club consideraram um filme fascista

10 de novembro de 2010 às 16:28:00 WET  
Anonymous Anti-ex-ariano said...

«Com vários defeitos e qualidades, uma coisa é certa: dificilmente se via um filme destes a ser feito no actual Ocidente.»

Ui, caiam logo o Carmo e a Trindade! Apareciam logo aquelas hordas de pseudo-intelectuais multiculturalistas a condenar veementemente o "arrebatamento nacionalista", o "saudosismo imperialista" ou a "vocação belicista". O controlo intelectual sobre tudo o que se escreve, fotografa, filma e se diz no Ocidente é implacável, só não o vê quem não quer.

10 de novembro de 2010 às 16:57:00 WET  
Blogger Caturo said...

Adenda:

Não deve também esquecer-se a frieza objectiva deste orgulho diante do inimigo - não prega o ódio aos oponentes do País, em vez disso encara a coisa como uma espécie de «jogo», aliás, de dever, porque o soldado do inimigo ao fim ao cabo faz o seu papel, tal como o compatriota deve fazer o seu.

10 de novembro de 2010 às 17:00:00 WET  
Blogger Caturo said...

«E o filme do Senhor Dos Anéis é mesmo meio esquerdizado.
No livro original os "homens escuros" e os "bárbaros orientais" são mais claramente repudiados.»

Não sei, mas mesmo no filme o contraste «racial» é notório, e ainda por cima não há um único herói negro, houve no seio da pretalhada racista ianque quem tivesse reparado nisso...

10 de novembro de 2010 às 17:02:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Até o Fight Club consideraram um filme fascista

10 de Novembro de 2010 16h28min00s WET

pois eu achei ate meio 2.0..numa cena em que eles subsidiam um lixo simiesco..

10 de novembro de 2010 às 17:07:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

ja em 300 o unico espartano morto é o que tem mais cara de latrino das americas, filho do "germanico"(norte-grego antigo) com alguma escrava..lol

10 de novembro de 2010 às 17:08:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

se bem que no final o leonidas morre com a chuva de flechas..ele lutou ate o final..é nele que temos de nos espelhar..grande ariano leonidas!orgulho do verdadeiro ocidente!!

10 de novembro de 2010 às 17:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ui, caiam logo o Carmo e a Trindade! Apareciam logo aquelas hordas de pseudo-intelectuais multiculturalistas a condenar veementemente o "arrebatamento nacionalista", o "saudosismo imperialista" ou a "vocação belicista". O controlo intelectual sobre tudo o que se escreve, fotografa, filma e se diz no Ocidente é implacável, só não o vê quem não quer.

sim, nem na idade media ou no leste..

10 de novembro de 2010 às 17:10:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caturo disse...
Adenda:

Não deve também esquecer-se a frieza objectiva deste orgulho diante do inimigo - não prega o ódio aos oponentes do País, em vez disso encara a coisa como uma espécie de «jogo», aliás, de dever, porque o soldado do inimigo ao fim ao cabo faz o seu papel, tal como o compatriota deve fazer o seu.

10 de Novembro de 2010 17h00min00s WET

é, mas se eles demonizam nossos leucocitos ultimos que tambem só estão a fazer o seu papel ainda sem sida castrante, por que não podemos atacar tambem as bacterias deles?ha 48 anos querem só bater sem levar de volta esses 2.0s..subsidiados pelas pseudo-ciencias sociais, estados ilegitimos e cia..

10 de novembro de 2010 às 17:13:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

e ainda por cima não há um único herói negro, houve no seio da pretalhada racista ianque quem tivesse reparado nisso...

10 de Novembro de 2010 17h02min00s WET

Não reparam eles noutra coisa, e em Portugal vão pelo mesmo caminho.

10 de novembro de 2010 às 18:00:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

subsidiados pelas pseudo-ciencias sociais, estados ilegitimos e cia..

10 de Novembro de 2010 17h13min00s WET

eles acham que forjar papeis, letras e falsos numeros é "legitimidade"..hehe

10 de novembro de 2010 às 20:14:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Não reparam eles noutra coisa, e em Portugal vão pelo mesmo caminho.

desculpa te dizer, mas portugal é dos países mais lixados ja da europa ocidental..

10 de novembro de 2010 às 20:15:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Até o Fight Club consideraram um filme fascista
______________

O Fight Club é mitico e todos os nacionalistas deviam de o ver.
Nem que seja pela revolta contra o mundo moderno e contra o internacionalismo

Contra a corrente!

10 de novembro de 2010 às 20:36:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O Fight Club é mitico e todos os nacionalistas deviam de o ver.
Nem que seja pela revolta contra o mundo moderno e contra o internacionalismo

Contra a corrente!

resistir forever..

mas acho ele meio anarco-comunista..

10 de novembro de 2010 às 21:05:00 WET  
Anonymous Anti-ex-ariano said...

«mas acho ele meio anarco-comunista..»

O personagem do Brad Pito no Fight Club – Tyler Durden - é um anarco-primitivista (como o Unabomber). Acredita que a revolução industrial foi a pior coisa que já aconteceu à humanidade (há gente para tudo). O seu derradeiro objectivo é a supressão da civilização tecnológica e o regresso ao mundo pré-civilizado. Até há um ponto no filme em que ele diz algo do género: "se dependesse de mim, viveríamos todos em cavernas, cobertos apenas por peles, e caçaríamos animais para comer como os nossos antepassados.»

11 de novembro de 2010 às 18:17:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Bom, um exemplo à ser seguido.

14 de novembro de 2010 às 01:12:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O personagem do Brad Pito no Fight Club – Tyler Durden - é um anarco-primitivista (como o Unabomber). Acredita que a revolução industrial foi a pior coisa que já aconteceu à humanidade (há gente para tudo). O seu derradeiro objectivo é a supressão da civilização tecnológica e o regresso ao mundo pré-civilizado. Até há um ponto no filme em que ele diz algo do género: "se dependesse de mim, viveríamos todos em cavernas, cobertos apenas por peles, e caçaríamos animais para comer como os nossos antepassados.»

bastaria retornar a alguns poucos milenios atraz e mesmo decadas ou seculos..pre-neolitico ja é exagero..

15 de novembro de 2010 às 18:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Bom, um exemplo à ser seguido.

o que?o anarco-primitivismo?

eles distorcem a realidade e anacronizam pre-cerne com pos-cerne 2.0..

no paleolitico superior a raça estava acima do individuo e do mundialixo..

mas eles colocam como se fosse ja mundialista..lol

15 de novembro de 2010 às 18:10:00 WET  

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