«CONCLAVE» DE PARTIDOS NACIONALISTAS ANTI-ISLAMIZAÇÃO VÃO LANÇAR CAMPANHA ANTI-TURQUIA NA UNIÃO EUROPEIA
Seis partidos de extrema-direita europeus realizaram no passado dia 23 de Outubro em Viena de Áustria a conferência "EU after the Lisbon Treaty" ou «A União Europeia Após o Tratado de Lisboa», cujo principal objectivo foi o lançamento de uma campanha a nível continental para exigir um referendo pan-europeu sobre a entrada da Turquia na União Europeia.
As seis formações europeias - o anfitrião FPO (Partido da Liberdade da Áustria), o belga VB (Vlaams Belang ou «Interesse Flamengo»), a italiana Lega Nord, o Partido Nacional Eslovaco e o partido dos Democratas Suecos - pretendem assim, com a sua Iniciativa dos Cidadãos Europeus (ICE), seguir na esteira do sucesso do grupo de pressão internético Avaaz, que no início do mês conseguiu reunir um milhão de nomes a exigir a proibição de organismos geneticamente modificados em toda a UE. A ICE tem por objectivo forçar a Comissão Europeia a propôr uma determinada legislação, caso se consiga que um milhão de eleitores da UE assinem uma petição.
A conferência de Viena serviu também para discutir o Islão na Europa e a imigração, dois dos principais cavalos-de-batalha dos partidos.
Já no ano passado se tinha realizado similar encontro em Viena, dessa vez para dinamizar um segundo referendo ao Tratado de Lisboa na Irlanda, onde muitos dos mesmos partidos referidos desenharam estratégias para fazer campanha contra a aprovação do tratado.
A respeito do tema prioritário, diz Heinz-Christian Strache, líder do FPO, que o ingresso da Turquia na UE «seria o fim da União Europeia e o início de uma União Eurosasiática-Africana que iria completamente contra o projecto de paz europeu e não pode portanto ser permitida.»
A nível euro-parlamentar, também o grupo EFD (Liberdade e Democracia Europeia), que inclui vários partidos europeus de Direita, está contra a entrada da Turquia na União Europeia, conforme diz o seu porta-voz Hermann Kelly: «todos os membros da EFD são extremamente críticos quanto ao ingresso da Turquia. A Turquia é demasiado grande, demasiado pobre e demasiado diferente. O Estado Turco é culpado do abuso de direitos humanos básicos, e invadiu e ocupa a República de Chipre.» Não se sabe ainda se a EFD vai participar na petição anti-Turquia lançada pela conferência de Viena.
Em Portugal, só o PNR e o CDS tomam posição contra a entrada da Turquia na UE.
Ora o partido dos democratas-cristãos não é grande companhia, mas, de momento, todos os Europeus conscientes estão do mesmo lado na resistência a uma das maiores calamidades que poderia acontecer à Europa, pois que a Turquia, que não é europeia nem geográfica, nem cultural nem etnicamente, actuaria no seio da UE como um autêntico cavalo de Tróia, tanto mais bizarro quanto mais este seu carácter visceralmente anti-europeu nem sequer está nada bem disfarçado nos últimos tempos.
2 Comments:
Essa coisa de referendo ainda dará muita dor de cabeça à elite, ou melhor, já está dando.Só falta inventarem não sei o que para justificar que um referendo é anti-democrático ou racista, ou seja lá o que fõr, pois sabemos do que a elite é capaz de fazer.Mas pelo algo estpa sendo feito.
Essa coisa de referendo ainda dará muita dor de cabeça à elite, ou melhor, já está dando.Só falta inventarem não sei o que para justificar que um referendo é anti-democrático ou racista, ou seja lá o que fõr, pois sabemos do que a elite é capaz de fazer.Mas pelo algo estpa sendo feito.
pois, a democracia directa é mal pras elites..por isso que não querem acabar nunca com a falsa e indirecta..
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