segunda-feira, outubro 25, 2010

LUA TEM ÁGUA - MAIS DO QUE SE PENSAVA

Existe água gelada em grandes quantidades no pólo sul da Lua, confirma a NASA.
A agência espacial norte-americana analisou os últimos dados da missão que levou o satélite LCROSS a despenhar-se a grande velocidade na grande cratera Cabeus, no dia 9 de Outubro.
Esta depressão localizada no pólo sul da Lua está permanentemente na sombra, numa região onde a temperatura nunca sobe acima dos 170 graus negativos. O violento impacto do LCROSS na Cabeus provocou um jacto de vapor de 1,6 km de altura equivalente a mais de cem litros de água.
Antes de deixarem de funcionar, os sensores da nave (espectrómetros de infravermelhos e ultravioletas) detectaram vapor de água e gelo. "Não encontrámos apenas um pouco de água mas uma quantidade significativa", afirmou Anthony Colaprete, cientista chefe desta missão.
Em todo o caso, Colaprete ressalvou que "a concentração e distribuição da água no solo lunar requer mais análises e a plena compreensão dos dados da LCROSS vai levar algum tempo".
(...)
Missões posteriores dos EUA, Europa, Japão e China analisaram também a presença de água na Lua. Mas foram os dados da nave indiana Chandrayaan-1 e da sua Moon Impact Probe, lançada sobre a cratera Shackleton no pólo sul da Lua em 14 de Novembro de 2008, que trouxeram mais novidades.
Com efeito, esses dados foram analisados pela NASA, que confirmou a 25 de Setembro de 2009 a existência de água em vastas áreas da superfície da Lua, embora em concentrações reduzidas.
A confirmação da presença de água na Lua em quantidades apreciáveis é fundamental para tornar viável, no futuro, a existência de uma ou mais bases permanentes no único satélite natural da Terra. A água poderia ser usada para consumo humano e para o fabrico de combustível.

Uma das melhores notícias dos últimos tempos para a humanidade - ou pelo menos para a humanidade que for capaz de se lançar ao espaço. Pode ser que um dia algum Povo consiga ter aí o seu refúgio, vivendo em paz sem ter de disputar a sua terra com outros... mas duvido que mesmo na Lua alguma raça seja deixada em paz.

59 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Bem, ja tou farto dessas noticias que dizem que ha agua, depois ja dizem que nao ha, depois dizem que ha pouca, agora ha muita.
Enfim tem sido uma constante dessas noticias de agua sobre a lua e marte. Sempre com recuos e avanços.


"Pode ser que um dia algum Povo consiga ter aí o seu refúgio, vivendo em paz sem ter de disputar a sua terra com outros... mas duvido que mesmo na Lua alguma raça seja deixada em paz.
"

Bem quanto à colonização da Lua e Marte, isso traz grandes alterações genéticas, a menos que o ser humano consiga evoluir muito cientificamente e anular o impacto de viver noutro planeta.
1 O problema da radiação fode os genes, o que leva a problemas de cancro e outras coisas.
Este problema são capazes de resolver em breve, até ha quem diga que em Marte e Lua vamos viver debaixo das rochas, para anular a radiação.

2 O grande problema de menor gravidade, que tem um grande impacto nos mamiferos.
Experiencias feitas em gravidade 0 mostraram que os ratos apos nascerem neste ambiente nao cosneguem detectar para onde nadar quando numa piscina, tanto nadam pa cima como para o fundo, ao contrario dos k nascem na terra k nadam imediatamente pa fora da agua, pa cima.
Depois tambem tem problemas de ossos, medula e muitos outros problemas de saude.
A longo prazo, geraçao apos geraçao teria grande impacto no ser humano, nas raças que la vivessem.
Mas claro a tecnologia vai evoluindo e poderemos fazer uma maquina que simule a gravidade da terra e até possa meter um pouco mais de gravidade.

Mas presumo que quando essa tecnologia for conseguida ja nao haja por ca europeus ou entao ja estejam muito misturados.

25 de outubro de 2010 às 19:28:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo qual a tua explicação para o facto de os portugueses terem dado 20% do total de votos à extrema-esquerda (julgo que isto seja caso único na Europa Ocidental)? Será culpa de uma possível ignorância e/ou burrice que nós tenhamos a mais que os outros países europeus (principalmente as faixas etárias mais jovens pois parecem ser as que mais votam BE - enfim, crianças) ou será culpa dos nossos
mé(r)dia que dão a estes partidos tempo de antena que, se fosse noutros países da Europa, provavelmente receberiam tanto tempo de antena como aquele que recebe, por exemplo, o PNR desses nossos mesmos mé(r)dia? Ou serão ambos os culpados? Ou serão outras causas as responsáveis?

De qualquer das formas é vergonhoso que isto aconteça, isto mais parece a América Latina.

25 de outubro de 2010 às 20:06:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Eu tambem duvido. Ate me admira como e' que ainda nao apareceram pretos a pedir quotas para a profissao de austronauta...

25 de outubro de 2010 às 21:20:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

claro, por que os 2.0s querem meter ate lixos nas supostas colonias..

ja vejo ate os lixos e sua instabilidade destruindo elas tipo como fazem nas ruas de paris..lol

já são reservas pro futuro incerto..

25 de outubro de 2010 às 21:52:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Será culpa de uma possível ignorância e/ou burrice que nós tenhamos a mais que os outros países europeus (principalmente as faixas etárias mais jovens pois parecem ser as que mais votam BE - enfim, crianças) ou será culpa dos nossos
mé(r)dia que dão a estes partidos tempo de antena que, se fosse noutros países da Europa, provavelmente receberiam tanto tempo de antena como aquele que recebe, por exemplo, o PNR desses nossos mesmos mé(r)dia?»


Evidentemente que é a segunda hipótese que explica o fenómeno...

Já estou cansado de dizer que o voto na extrema-esquerda NÃO É uma questão de intelecto, mas de MORAL. É precisamente a elite intelectual do País que mais vota no B.E.. Isto é absolutamente óbvio e fácil de explicar, como já aqui tenho feito toneladas de vezes: o B.E. tem uma postura politicamente correcta, «sofisticada», mas ao mesmo tempo o seu triunfo ideológico já andava a ser preparado há décadas pela elite reinante. Primeiro, doutrina-se pesadamente os intelectuais com o anti-racismo, a simpatia pelos homossexuais, o apoio às drogas, etc.., depois quando surge um partido com estas bandeiras, é evidente, evidentíssimo, que os votos já estão praticamente encaminhados.

26 de outubro de 2010 às 00:03:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caso não exista mais brancos no futuro quem é que vai colonizar? Talvez os chineses/japoneses? Porque o resto...

26 de outubro de 2010 às 00:31:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Bem quanto à colonização da Lua e Marte, isso traz grandes alterações genéticas, a menos que o ser humano consiga evoluir muito cientificamente e anular o impacto de viver noutro planeta.
1 O problema da radiação fode os genes, o que leva a problemas de cancro e outras coisas.
Este problema são capazes de resolver em breve, até ha quem diga que em Marte e Lua vamos viver debaixo das rochas, para anular a radiação.

raios uv é que não..

falas de raios cosmicos?

rastrear rochas radioativas da lua tambem seria evitar disgenias adquiridas no meio..

26 de outubro de 2010 às 03:17:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Eu tambem duvido. Ate me admira como e' que ainda nao apareceram pretos a pedir quotas para a profissao de austronauta...

nem precisa pedir, ja mandam ate aqueles indianos encardidos do sul pos-medievais..

26 de outubro de 2010 às 03:19:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

estão é a contaminar o espaço ja com a merda..lol

26 de outubro de 2010 às 03:19:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Já estou cansado de dizer que o voto na extrema-esquerda NÃO É uma questão de intelecto, mas de MORAL.

só se for a moral alien..

26 de outubro de 2010 às 03:22:00 WEST  
Anonymous Anti-ex-ariano said...

«Bem quanto à colonização da Lua e Marte, isso traz grandes alterações genéticas, a menos que o ser humano consiga evoluir muito cientificamente e anular o impacto de viver noutro planeta.»

Mesmo assim não deve ser fácil. Criar humanos em laboratório demora o seu tempo.

«1 O problema da radiação fode os genes, o que leva a problemas de cancro e outras coisas. Este problema são capazes de resolver em breve, até ha quem diga que em Marte e Lua vamos viver debaixo das rochas, para anular a radiação.»

A ausência de luz natural também não é nada boa para os seres humanos. Mas, há tempos, vi num documentário da National Geographic que uma outra hipótese seria viver em instalações revestidas por vidros que filtrassem as radiações.

Estão a usar essa tecnologia no Dubai, naquele mega-edifício que os monhés decidiram contruir (o Burj Dubai), porque os engenheiros chegaram à conclusão que nenhum sistema de ar condicionado seria capaz de refrigerar um edifício com aquelas dimensões em pleno deserto sem acarretar custos incomportáveis. Os vidros reflectem a maior parte das radiações do espectro infra-vermelho, evitando o sobreaquecimento interno do edifício.

É claro que a intensidade das radiações na lua e em Marte é muito superior, mas a NASA está já há vários anos a estudar vários tipos de vidro que reflectem certas gamas dos comprimentos de onda das radiações do espectro electromagnético. Não sei com que sucesso, mas poderá ser uma hipótese viável.

26 de outubro de 2010 às 12:16:00 WEST  
Anonymous Anti-ex-ariano said...

«2 O grande problema de menor gravidade, que tem um grande impacto nos mamiferos.

(...)

Mas claro a tecnologia vai evoluindo e poderemos fazer uma maquina que simule a gravidade da terra»

Há já algumas soluções conceptuais:

http://en.wikipedia.org/wiki/Artificial_gravity

...mas, infelizmente, não conheço nenhuma aplicação prática.

26 de outubro de 2010 às 12:19:00 WEST  
Anonymous Anti-ex-ariano said...

«Eu tambem duvido. Ate me admira como e' que ainda nao apareceram pretos a pedir quotas para a profissao de austronauta...»

O grande problema aqui é que os austronautas pertecem a uma das elites mais restritas do planeta. E nós já sabemos que, quanto mais se sobe na escala social, maior a probabilidade de esbarrarmos contra o dogma multiculturalista.

Eu não acredito que nenhuma raça humana possa colonizar a lua ou Marte sozinha, porque haverá logo uma mão-cheia de multiculuralistas a reivindicar uma porção do território para eles.

Aliás, basta relembrar o Tratado sobre o Espaço Exterior, assinado pelos EUA, Reino Unido e União Soviética em 1967, onde se estabeleceu:

«The treaty also states that the exploration of outer space shall be done to benefit all countries and shall be free for exploration and use by all States.

The treaty explicitly forbids any government from claiming a celestial resource such as the Moon or a planet, since they are the Common heritage of mankind.»

Art. II of the Treaty states that "outer space, including the Moon and other celestial bodies, is not subject to national appropriation by claim of sovereignty, by means of use or occupation, or by any other means".
»

http://en.wikipedia.org/wiki/Outer_Space_Treaty

Os multiculturalistas não dormem em serviço!...

26 de outubro de 2010 às 12:25:00 WEST  
Anonymous Anti-ex-ariano said...

«Primeiro, doutrina-se pesadamente os intelectuais com o anti-racismo, a simpatia pelos homossexuais, o apoio às drogas, etc.., depois quando surge um partido com estas bandeiras, é evidente, evidentíssimo, que os votos já estão praticamente encaminhados.»

Exacto. E nesse processo de lavagem cerebral continuada, nenhuma organização é mais eficiente do que a comunidade científica internacional.

26 de outubro de 2010 às 12:28:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Eu não acredito que nenhuma raça humana possa colonizar a lua ou Marte sozinha, porque haverá logo uma mão-cheia de multiculuralistas a reivindicar uma porção do território para eles.»

Às vezes lembro-me dos desenhos que vão na Voyager... se fosse hoje, em vez de representarem uma mulher e um homem brancos, representariam para aí uma chinesa e um mulato ou coisa assim...

26 de outubro de 2010 às 15:19:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Agora, se entretanto alguma civilização vir aquelas imagens e a partir daí vier à Terra ver como é isto, é capaz de achar que se calhar a nave partiu de outro planeta qualquer, porque a fauna humana é cada vez mais diferente dos espécimes representados na nave...

26 de outubro de 2010 às 15:20:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Os multiculturalistas não dormem em serviço!...

pena que considerem infra-humanos simiescos pre-neanderthais como humanoides a serio..

e mesmo os negroidizados podres tambem

o von braun ns ariano cria o v2 e no final a merda é quem se beneficia de todo o nosso neuro-esforço via 2.0s..

isso é anti-natural e destroi o mecanismo evolutivo, pois em tese os mais evoluidos deveriam ir mais longe no setor militar e destruir o menos evoluido para ir a outro patamar de evolução..mas claro, o cerne ja impede de usarmos nossa vantagem neural contra eles via adm´s e cia pioneiras..morte ao cerne alien now!88

26 de outubro de 2010 às 15:42:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

comunidade científica internacional.

lembrar que os patrocinadores das pesquisas geralmente são elementos da alta burguesia traira do pos-65 e portanto os investigadores muitas vezes tem de se submeter aos gostos e resultados que os seus donos querem..hoje em dia não existe mais pesquisa independente..parece ate a istoe comprada pelo aparelho estatal do mula e ainda se dizendo "imparcial"..lol

26 de outubro de 2010 às 15:44:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Às vezes lembro-me dos desenhos que vão na Voyager... se fosse hoje, em vez de representarem uma mulher e um homem brancos, representariam para aí uma chinesa e um mulato ou coisa assim...

a pioneer tambem..eram dois exemplares aryas a representar humanos a serio de ambos os generos..

26 de outubro de 2010 às 15:46:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Agora, se entretanto alguma civilização vir aquelas imagens e a partir daí vier à Terra ver como é isto, é capaz de achar que se calhar a nave partiu de outro planeta qualquer, porque a fauna humana é cada vez mais diferente dos espécimes representados na nave...

pois, eles imaginavam encontrar brancos evoluidos colonizando o espaço e encontram bestas simiescas vivendo em ruas/ruínas decadentes de cidades destruidas como detroit e cia..lol

26 de outubro de 2010 às 15:47:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Já estou cansado de dizer que o voto na extrema-esquerda NÃO É uma questão de intelecto, mas de MORAL. É precisamente a elite intelectual do País que mais vota no B.E.. Isto é absolutamente óbvio e fácil de explicar, como já aqui tenho feito toneladas de vezes: o B.E. tem uma postura politicamente correcta, «sofisticada», mas ao mesmo tempo o seu triunfo ideológico já andava a ser preparado há décadas pela elite reinante. Primeiro, doutrina-se pesadamente os intelectuais com o anti-racismo, a simpatia pelos homossexuais, o apoio às drogas, etc.., depois quando surge um partido com estas bandeiras, é evidente, evidentíssimo, que os votos já estão praticamente encaminhados"


Seja como for, esta quantidade abismal de votos dados á extrema-esquerda é sintoma claro do atraso que vigora em Portugal.

26 de outubro de 2010 às 20:54:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não tem nada a ver com atraso, mas sim com «progresso».

26 de outubro de 2010 às 21:04:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Não tem nada a ver com atraso, mas sim com «progresso»."


Os outros países da Europa têm exactamente os mesmos ideais de «progresso» e «sofisticação», seja o antirracismo, seja a questão dos homossexuais e do aborto, mas no entanto não se vêem os partidos comunistas e os demais da extrema-esquerda a prosperarem e a proliferarem aí e julgo que nem as elites e os mérdia desses países, por mais traidores e antirracistas que sejam, tenham
simpatia e dêem tempo de antena a esses partidos. Somente em países atrasados como os da América Latina é que a extrema-esquerda tem expressividade e as suas elites políticas e intelectuais são constituídas também por gente da extrema-esquerda, e a direita quase que não existe, ou não existe de todo (e já nem falo obviamente da extrema-direita, pois a essa nem sequer é-lhe dado o direito de existir).
Por isso, mesmo que a culpa da prosperidade e proliferação da extrema-esquerda em Portugal não seja do povo português, só o facto das nossas elites e os nossos mérdia serem, não só simpáticos para com a extrema-esquerda, mas também eles mesmos constituidos por gente da extrema-esquerda, é a meu ver um claro sinal de um certo terceiro-mundismo político e social vigente em Portugal.

26 de outubro de 2010 às 22:12:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Partidos comunistas a crescer em Portugal? Nem por isso. O PCP, apesar de todas as suas bazófias tradicionais (nos anos setenta até parecia que o Povo era todo deles, quando na verdade não ia além dos 14%) tem tido votações geralmente baixas. O BE, por seu turno, nunca fala em Trostky e a sua argumentação económica também poderia ser apresentada por um partido de extrema-direita, mais coisa menos coisa.

Lá fora, partidos com discursos similares - como o dos Verdes, na Alemanha - têm um destaque social comparável ao BE. Não se trata pois de um atraso dos Portugueses, mas apenas, e sempre, das taras das elites.

26 de outubro de 2010 às 22:25:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

esses 20% saem do sul..igual ao gramsci sul-italiano e cia, pois a padania e o norte de portugal são menos a esquerda..

27 de outubro de 2010 às 01:29:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Partidos comunistas a crescer em Portugal? Nem por isso. O PCP, apesar de todas as suas bazófias tradicionais (nos anos setenta até parecia que o Povo era todo deles, quando na verdade não ia além dos 14%)"

Mesmo assim 14% já um abuso, mas ok, isso era nos anos setenta, ainda se compreendia, mas hoje não se "admite" que o PCP obtenha 8% de votos nas eleições, e se isso só por si já é anormal para um país da Europa Ocidental, então juntando os 10% do BE (este sim, tem vindo a crescer) a coisa torna-se quase surreal.





"O BE, por seu turno, nunca fala em Trostky e a sua argumentação económica também poderia ser apresentada por um partido de extrema-direita, mais coisa menos coisa."


Pois, a diferença é que ao BE é dado o direiro de falar, falem eles ou não em Trotsky, o que é certo é que se admite que eles falem mais do que o que seria de esperar, já o PNR nem precisa de falar para que nós sejamos de tempos em tempos (só não somos mais porque o PNR não representa um perigo) "chamados à atenção", seja pelos mérdia, seja pela classe política, intelectual, etc, que o PNR é o papão e quer fazer coisas muito más como o Hitler. E o pior é que mesmo tendo o BE dois terroristas nas suas fileiras isso não parece provocar comichões a ninguém, já com o PNR é o histerismo total por causa dos skinheads. E a diferença entre nós e a restante Europa é essa: embora tanto aqui como lá as extremas-direitas sejam vistas como um bicho-papão, lá as extremas-esquerdas não são vistas também com bons olhos, enquanto que aqui pelo contrário são tidas como algo normal e pior que tudo, mais do que aceitáveis, até correctas.


Algo de errado se passa connosco, temos um IDH de 0,909, similar aos dos países de Leste, enquanto que os dos restantes países da Europa Ocidental estão bem acima de 0.950, temos a maior desiguladade da distribuição da renda na Europa Ocidental, e aparecemos quase sempre ora na base dos rankings positivos, ora no topo dos rankings negativos da Europa e seja lá de quem for a culpa (para mim a "culpa" é da sociedade no seu todo, não só das elites como tu dizes), este poder que a extrema-esquerda detém em Portugal é um claro reflexo desse atraso.



"Lá fora, partidos com discursos similares - como o dos Verdes, na Alemanha - têm um destaque social comparável ao BE."

Pois o discurso pode ter semelhanças, mas a diferença é que os Verdes alemães são de centro-esquerda e o BE é de extrema-esquerda.

27 de outubro de 2010 às 12:06:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«hoje não se "admite" que o PCP obtenha 8% de votos nas eleições,»

Compreende-se, é toda uma geração que só tinha aí a sua «luz» - além de que o Alentejo é grande - mas é uma geração que está a morrer.


«e se isso só por si já é anormal para um país da Europa Ocidental,»

A Itália também tinha um partido comunista forte, tal como a França.



«então juntando os 10% do BE (este sim, tem vindo a crescer)»

Sim, mas aí o caso é diferente, não se costuma encarar o BE como «comunista», não é esse o rótulo que publicamente lhe está associado. Recorde-se por exemplo o modo como Pacheco Pereira faz notar que o BE tem um discurso para as cúpulas e outro para o exterior. É preciso perceber isto.

27 de outubro de 2010 às 16:59:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Pois, a diferença é que ao BE é dado o direiro de falar, falem eles ou não em Trotsky, o que é certo é que se admite que eles falem mais do que o que seria de esperar, já o PNR nem precisa de falar para que nós sejamos de tempos em tempos (só não somos mais porque o PNR não representa um perigo) "chamados à atenção", seja pelos mérdia, seja pela classe política, intelectual, etc, que o PNR é o papão e quer fazer coisas muito más como o Hitler.»

Claro - porque, como tenho dito repetidamente, a Esquerda não é tão adversa aos senhores do poder como quer fazer crer, antes pelo contrário: o BE é simplesmente um produto típico da elite reinante, embora com roupagem jovenzinha e «irreverente» e «revoltada» para conquistar a(s) marginalidade(s) (as chamadas «minorias») e «os jovens». E tanto assim é que em França, na Bélgica, em Inglaterra, etc., toda a Direitinha copo de leite se associa de bom grado à comunistagem declarada para fazer frente ao partido nacionalista. Porque o Comunismo e o Capitalismo apátrida estão, diante do Nacionalismo, do mesmo lado, o do universalismo e do homem sem raça, do sem estirpe, do sem casta, do pária natural.

27 de outubro de 2010 às 17:00:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«E o pior é que mesmo tendo o BE dois terroristas nas suas fileiras isso não parece provocar comichões a ninguém, já com o PNR é o histerismo total por causa dos skinheads.»

Pelo motivo explicado acima. Tudo muito óbvio. Vem-me à memória, entretanto, um dichote do «Contra-Informação» (que incomodava muita gente porque também satirizava a Esquerda...) a pôr na boca de Mário Soares, ou de qualquer outra figura da Esquerda moderada e merdiática, que o terrorismo de extrema-esquerda ao menos era «um terrorismo de rosto humano» (portanto, muuuuuuuito menos mau do que o de extrema-direita...).

27 de outubro de 2010 às 17:00:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«E a diferença entre nós e a restante Europa é essa: embora tanto aqui como lá as extremas-direitas sejam vistas como um bicho-papão, lá as extremas-esquerdas não são vistas também com bons olhos,»

Alto, não é bem assim. Para já, a comunistada PCP já só atrai o gozo geral. Quanto ao BE, podes ter a certeza que a maior parte dos seus eleitores não o vê como «extrema-esquerda» MAS SIM como «o partido que diz as coisas mais normais e legítimas, aquilo não é política, aquilo é o normal...»

Não sou de querer encerrar um debate, mas porra, eu com isto acho que digo tudo: até o copinho-de-leite ultra-mete-nojo Miguel Esteves Cardoso, que nos anos oitenta era uma «figura» (triste) da Direita, da jovem direitinha Minho-timorense (anti-racista e monárquica), até esse recentemente assinou um longo artigo num jornal qualquer a manifestar o seu apoio ao BE, pura e simplesmente porque, a seu ver, a mensagem deste partido era «a mais normal».

E porquê?
Porque durante anos e anos foi esse o trabalho feito no seio da elite intelectual - quando o BE surge, vai ao encontro disso mesmo.



«Algo de errado se passa connosco,»

Não tem nada a ver com isso. Aliás, agora lembrei-me de um estrangeiro norte-americano, ou nórdico, como ele diz (o tocador ambulante de flauta que deambula, ou deambulava, por Lisboa), a dizer que nas autárquicas votava no BE e que até achava este partido muito conservador e pouco ousado, porque, diz ele, lá fora a Esquerda é mais radical. Isto dito por ele, que viveu nos EUA, Reino Unido, Dinamarca, Alemanha, creio.


«temos um IDH de 0,909, similar aos dos países de Leste, enquanto que os dos restantes países da Europa Ocidental estão bem acima de 0.950, temos a maior desiguladade da distribuição da renda na Europa Ocidental, e aparecemos quase sempre ora na base dos rankings positivos,»

Alto, isso é outro assunto.



«ora no topo dos rankings negativos da Europa e seja lá de quem for a culpa (para mim a "culpa" é da sociedade no seu todo, não só das elites como tu dizes),»

Isso é outro assunto, não tem nada a ver. Uma coisa, é o atraso do País, outra é o pendor natural das elites para o universalismo diluidor. São dois temas completamente separados.


«Pois o discurso pode ter semelhanças, mas a diferença é que os Verdes alemães são de centro-esquerda e o BE é de extrema-esquerda.»

Isso é para quem se interessa por política. Para a maioria, não há diferença nenhuma.

27 de outubro de 2010 às 17:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Os outros países da Europa têm exactamente os mesmos ideais de «progresso» e «sofisticação», seja o antirracismo

com base no cerne alien pseudo-nosso..

27 de outubro de 2010 às 19:41:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

A Itália também tinha um partido comunista forte, tal como a França.

garanto que era do sul, pois quem sustenta o merduscorno mafioso é o norte por falta mesmo de opções..

27 de outubro de 2010 às 19:43:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E tanto assim é que em França, na Bélgica, em Inglaterra, etc., toda a Direitinha copo de leite se associa de bom grado à comunistagem declarada para fazer frente ao partido nacionalista. Porque o Comunismo e o Capitalismo apátrida estão, diante do Nacionalismo, do mesmo lado, o do universalismo e do homem sem raça, do sem estirpe, do sem casta, do pária natural.

direita copo de leite o caralho, isso sequer é centro-direita pura; é mero centro-esquerda 2.0..

27 de outubro de 2010 às 19:45:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«temos um IDH de 0,909, similar aos dos países de Leste, enquanto que os dos restantes países da Europa Ocidental estão bem acima de 0.950, temos a maior desiguladade da distribuição da renda na Europa Ocidental, e aparecemos quase sempre ora na base dos rankings positivos,»

Alto, isso é outro assunto.

ah se o bostil tivesse esse idh..

ainda estamos em 800

mais ao menos é maior que o da ucrania..lol

27 de outubro de 2010 às 19:47:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«ora no topo dos rankings negativos da Europa e seja lá de quem for a culpa (para mim a "culpa" é da sociedade no seu todo, não só das elites como tu dizes),»

Isso é outro assunto, não tem nada a ver. Uma coisa, é o atraso do País, outra é o pendor natural das elites para o universalismo diluidor. São dois temas completamente separados.

na verdade ambos estão co-relacionados, pois as elites ao abrir as fronteiras e destruir o meio/gens e afins impede os nativos de irem alem no seu potencial pleno..

vide aquele cinturão negroide ao redor dos brancos do sul dos eua..

isso explica por que os brancos do norte sendo maioria foram bem alem e mesmo os brancos do sul do brasil em contraste com brancos de regiões onde são minoria..mas aí os residuos maiores tambem ja contam..

27 de outubro de 2010 às 19:49:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«Pois o discurso pode ter semelhanças, mas a diferença é que os Verdes alemães são de centro-esquerda e o BE é de extrema-esquerda.»

Isso é para quem se interessa por política. Para a maioria, não há diferença nenhuma.

o eleitor comum sequer sabe definir direita de esquerda..

só é a extrema esquerda dizer aos papagaios que a centro-esquerda é extrema direira e eles ja acham que é mesmo..idem a terceira via..

27 de outubro de 2010 às 19:50:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Compreende-se, é toda uma geração que só tinha aí a sua «luz» - além de que o Alentejo é grande - mas é uma geração que está a morrer. "

Morre a geração comuna, dos idosos semi-analfabetos, mas nasce a geração BE, dos jovens ignorantes que pensam que são intelectuais: não parece ter havido progresso algum.





"A Itália também tinha um partido comunista forte, tal como a França."

Pois, mas já não têm.





"Sim, mas aí o caso é diferente, não se costuma encarar o BE como «comunista», não é esse o rótulo que publicamente lhe está associado. Recorde-se por exemplo o modo como Pacheco Pereira faz notar que o BE tem um discurso para as cúpulas e outro para o exterior. É preciso perceber isto."


Mas é disto que eu falava, independentemente de o BE ocultar do público as suas reais posições ideológicas (nisto o PCP tem muito a aprender com eles, ou talvez não precise, porque parece que o PCP pode dizer em público que a Coreia do Norte é uma democracia, ou que a atribuição do Nobel da Paz ao chinês foi uma coisa má, que isso não parece afectar a sua popularidade) e da sua popularidade junto do povo advir dessa ocultação, só o facto dele ter o destaque que tem em Portugal, de ser-lhe dado todo o tempo de antena que lhe é dado e de ser tolerado e aceite pela sociedade em geral como algo normal, é sinal de um certo terceiro-mundismo político e social, pois há um padrão claro: países sub-desenvolvidos costumam ter uma elite política e intelectual ideologicamente situada na extrema-esquerda.




"Alto, não é bem assim. Para já, a comunistada PCP já só atrai o gozo geral."


Se só atraísse o gozo geral não obteria os resultados que obtém nas eleições.


"Quanto ao BE, podes ter a certeza que a maior parte dos seus eleitores não o vê como «extrema-esquerda» MAS SIM como «o partido que diz as coisas mais normais e legítimas, aquilo não é política, aquilo é o normal...»"


Eu sei disso e já vi até pessoas que votam BE a criticarem o extremismo dos comunistas, eheheh. E já vi também há uns tempos alguém a dizer com o tom mais sério do mundo que "não existe extrema-esquerda em Portugal". Mas isto vai dar à pergunta que eu tinha feito: será que também não é culpa da ignorância/burrice das pessoas? É que parece-me que elas não são minimanete capazes de formar uma opinião por elas próprias e engolem apenas os estereótipos partidários que lhes são incutidos pelos mérdia, políticos, etc.
E depois, repetindo-me mais uma vez, mesmo que o povo não tivesse parcela nenhuma de culpa (o que eu não acredito que seja possível, pois acredito que a culpa é, como eu já tinha dito,um pouco de todas as partes constintuintes da sociedade), mesmo que o povo só votasse na extrema-esquerda por culpa exclusiva das elites, somente o facto de a priori as elites políticas e os mérdia tolerarem e darem tempo e antena e serem eles próprias também constituidos por gente da extrema-esquerda é um sinal de atraso.

27 de outubro de 2010 às 20:43:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Claro - porque, como tenho dito repetidamente, a Esquerda não é tão adversa aos senhores do poder como quer fazer crer, antes pelo contrário: o BE é simplesmente um produto típico da elite reinante, embora com roupagem jovenzinha e «irreverente» e «revoltada» para conquistar a(s) marginalidade(s) (as chamadas «minorias») e «os jovens».

(...)

E porquê?
Porque durante anos e anos foi esse o trabalho feito no seio da elite intelectual - quando o BE surge, vai ao encontro disso mesmo."


Mas como eu já tinha dito esses ideais tidos como o "progresso" e a "sofisticação" são obviamente comuns a toda a Europa ( e nalguns países são muito mais extremistas do que aqui) mas "por alguma razão" nesses países, apesar da extrema-esquerda partilhar desses ideais, isso não culminou numa aceitação generalizada dessa extrema-esquerda, "por alguma razão" essas sociedades desses países mais desenvolvidos que o nosso não “deram trela" à extrema-esquerda ao ponto de ela ter crescido e consequentemente ganho a influência que aqui em Portugal ela possui.




"Isso é outro assunto, não tem nada a ver. Uma coisa, é o atraso do País, outra é o pendor natural das elites para o universalismo diluidor. São dois temas completamente separados."

Tem a ver na medida em que procurei demonstrar que esta nossa "apetência" pela extrema-esquerda é reflexo desse nosso atraso.





"Isso é para quem se interessa por política. Para a maioria, não há diferença nenhuma."


Pois Caturo, mas o facto do BE ter o destaque que na Alemnha é reservado a um partido de centro-esquerda é mesmo sinal de que algo está mal com a nosa sociedade (para além dos males que actualmente são transversais a todo o mundo Ocidental) ...





"Não tem nada a ver com isso. Aliás, agora lembrei-me de um estrangeiro norte-americano, ou nórdico, como ele diz (o tocador ambulante de flauta que deambula, ou deambulava, por Lisboa), a dizer que nas autárquicas votava no BE e que até achava este partido muito conservador e pouco ousado, porque, diz ele, lá fora a Esquerda é mais radical. Isto dito por ele, que viveu nos EUA, Reino Unido, Dinamarca, Alemanha, creio."


Não se pode tirar conclusões apenas tendo como base as afirmações de uma única pessoa...
Mas tens provas concretas que mostrem que, por exemplo, o BE seja equivalente a um partido de uma esquerda mais moderada de algum desses países?

27 de outubro de 2010 às 20:45:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"esses 20% saem do sul..igual ao gramsci sul-italiano e cia, pois a padania e o norte de portugal são menos a esquerda.."

Sim, ja sabemos que o norte de Portugal vota menos a esquerda porque e' geneticamente mais europeu. E depois e' a regiao mais pobre de Portugal continental, o unico caso europeu de um povo bravo que e' roubado pelos mouros..Sim, porque quando se fala da Ucrania, de distorcoes de mercado, subsidios a mais para alguns...tretas, isso nao explica nada, o que explica e' a genetica. Quando se fala do norte de Portugal, temos um caso allien. Lisboa deve ser mesmo uma mourisca do caracas.

P.S.: Eu nao concordo com o centralismo de Lisboa. Acho que o norte de Portugal e' tambem muito roubado pela sua propria corrupcao, e que de certa forma acaba por fugir para Lisboa. Mas nao me venham depois ca com argumentacoes de que "ai a politica economica nao influencia nada, e' tudo genetico", porque senao tem que responder a isso ai a cima!

27 de outubro de 2010 às 23:57:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Exactamente, Vera. E o mais idiota é que isso que agora disseste é absolutamente óbvio, nem era preciso ter de explicar, quanto mais de repetir tantas vezes...

28 de outubro de 2010 às 00:28:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Morre a geração comuna, dos idosos semi-analfabetos, mas nasce a geração BE, dos jovens ignorantes que pensam que são intelectuais: não parece ter havido progresso algum.»

Apenas mais instrução.



«Mas é disto que eu falava, independentemente de o BE ocultar do público as suas reais posições ideológicas (nisto o PCP tem muito a aprender com eles, ou talvez não precise, porque parece que o PCP pode dizer em público que a Coreia do Norte é uma democracia, ou que a atribuição do Nobel da Paz ao chinês foi uma coisa má, que isso não parece afectar a sua popularidade)»

Os seus eleitores não querem saber disso, isso é «lá longe». Os seus eleitores vêem é os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres e DIZEM e PENSAM que querem uma mudança que «dê a volta a isto tudo».
É preciso, repito, é preciso compreender estas nuances.

28 de outubro de 2010 às 21:28:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«só o facto dele ter o destaque que tem em Portugal, de ser-lhe dado todo o tempo de antena que lhe é dado e de ser tolerado e aceite pela sociedade em geral como algo normal, é sinal de um certo terceiro-mundismo político»

Não, é sinal de que fez bem o trabalho de minar a sociedade. Não tem nada a ver com terceiro-mundismo. O cidadão comum ouve o Louçã a falar contra os ricos que não pagam a crise, e os bancos que só pagam 5% de impostos ao passo que as empresas pagam 25%. ISSO é que interessa às pessoas, querem lá saber do Trotsky, nem sabem quem é esse. E o Louçã tem fama de gajo inteligente, e é, foi nos anos oitenta um dos melhores alunos de Economia do País, e a sua Esquerda visível é a Esquerda caviar, sofisticada, «ai-laife». Nada disto lembra o terceiro mundo, nem de perto nem de longe. É tudo uma questão de imagem, e está-se aqui, na aparência, muito longe do terceiro-mundo, que de resto é até muito mais conservador do que o Ocidente. O BE num país do terceiro-mundo não tinha hipótese, pelo menos com o estilo que adoptou.



«países sub-desenvolvidos costumam ter uma elite política e intelectual ideologicamente situada na extrema-esquerda»

E não só. Também há uma «extrema-direita» forte no terceiro-mundo, a dos conservadores beatos. Qualquer esquerdista medianamente intelectual gritava já aqui por causa da Nicarágua de Somoza e do Chile de Pinochet, e também o regime da Colômbia.

Não esquecer também que no terceiro-mundo árabe a Esquerda quase nem se vê.


«Se só atraísse o gozo geral não obteria os resultados que obtém nas eleições.»

Cada vez mais baixos e sempre dos mesmos.

28 de outubro de 2010 às 21:28:00 WEST  
Blogger Caturo said...

«Mas isto vai dar à pergunta que eu tinha feito: será que também não é culpa da ignorância/burrice das pessoas?»

Também, mas não é isso o mais importante. É a prática que mais conta, para a maioria. Outro exemplo: é praticamente ponto assente que o PSD constitui o maior partido da Direita em Portugal.
Ora o PSD é, original e doutrinalmente, na sua raiz, um partido de Esquerda. Mas a esmagadora maioria da população não sabe disso - e se lho disserem uma vez, fica praticamente na mesma.



«É que parece-me que elas não são minimanete capazes de formar uma opinião por elas próprias e engolem apenas os estereótipos partidários que lhes são incutidos pelos mérdia, políticos, etc.»

Isso é igual em toda a parte.



«somente o facto de a priori as elites políticas e os mérdia tolerarem e darem tempo e antena e serem eles próprias também constituidos por gente da extrema-esquerda é um sinal de atraso.»

Não, é de contexto político. Ainda se vive os efeitos do 25 de Abril. Ora 25 de Abril + elite dominante no Ocidente, só podia dar nisto.



«Mas como eu já tinha dito esses ideais tidos como o "progresso" e a "sofisticação" são obviamente comuns a toda a Europa ( e nalguns países são muito mais extremistas do que aqui)»

Então está tudo dito. Percebes agora o real contexto do BE.



«mas "por alguma razão" nesses países, apesar da extrema-esquerda partilhar desses ideais, isso não culminou numa aceitação generalizada dessa extrema-esquerda,»

Por uma razão muito clara, sem aspas: lá não houve um 25 de Abril há escassos trinta e seis anos. Mas de resto, estás mais preocupado com os rótulos do que com outra coisa qualquer.



«"por alguma razão" essas sociedades desses países mais desenvolvidos que o nosso não “deram trela" à extrema-esquerda ao ponto de ela ter crescido»

Deram deram, e de que maneira. Tanto ou mais do que cá. Por isso é que por exemplo no Reino Unido até há ministros negros e cá o próprio BE só concorre com listas quase inteiramente brancas - e nos seus cartazes mais recentes não se vê um único negro.



«Tem a ver na medida em que procurei demonstrar que esta nossa "apetência" pela extrema-esquerda é reflexo desse nosso atraso.»

Não temos nenhuma apetência pela extrema-esquerda, só o Paulo Portas é que se queixa dessas votações, mas ninguém liga à origem extremo-esquerdista do BE.



«Caturo, mas o facto do BE ter o destaque que na Alemnha é reservado a um partido de centro-esquerda é mesmo sinal de que algo está mal com a nosa sociedade»

Nem por isso, nesse aspecto vai dar ao mesmo.


«Não se pode tirar conclusões apenas tendo como base as afirmações de uma única pessoa...
Mas tens provas concretas que mostrem que, por exemplo, o BE seja equivalente a um partido de uma esquerda mais moderada de algum desses países?»

O que vejo o BE defender é o mesmo que os «Verdes» alemães defendem, em matéria de imigração.

28 de outubro de 2010 às 21:28:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Sim, ja sabemos que o norte de Portugal vota menos a esquerda porque e' geneticamente mais europeu. E depois e' a regiao mais pobre de Portugal continental, o unico caso europeu de um povo bravo que e' roubado pelos mouros..Sim, porque quando se fala da Ucrania, de distorcoes de mercado, subsidios a mais para alguns...tretas, isso nao explica nada, o que explica e' a genetica. Quando se fala do norte de Portugal, temos um caso allien. Lisboa deve ser mesmo uma mourisca do caracas.

P.S.: Eu nao concordo com o centralismo de Lisboa. Acho que o norte de Portugal e' tambem muito roubado pela sua propria corrupcao, e que de certa forma acaba por fugir para Lisboa. Mas nao me venham depois ca com argumentacoes de que "ai a politica economica nao influencia nada, e' tudo genetico", porque senao tem que responder a isso ai a cima!

filham tras os montes é cheia de residuos judeus e é a mais pobre do norte..ai os judeus não foram subsidiados pelos brancos como são no ne dos eua e cia..

eu ao menos admito que existe 55% dos gens e 45% do meio, ja vc não admite a parte dos gens..

29 de outubro de 2010 às 05:50:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Sim, ja sabemos que o norte de Portugal vota menos a esquerda porque e' geneticamente mais europeu. E depois e' a regiao mais pobre de Portugal continental,

residuos judeus em tras os montes?e sem subsidios goys?

o unico caso europeu de um povo bravo que e' roubado pelos mouros..

o unico não, por que a padania tambem é ariana (cada vez menos graças a migração do sul pro norte e sub-isso..) e tambem é roubada pela mouraria da sicilia e roma ja decaidas; vide o califado de bari, o saque de roma e cia..

Sim, porque quando se fala da Ucrania, de distorcoes de mercado, subsidios a mais para alguns...tretas, isso nao explica nada, o que explica e' a genetica.

eu ja disse que o gulaguismo destruiu muito do potencial populacional do leste..esses 10 milhões de ucranianos mortos poderiam ter se multiplicado e hoje a ucrania seria bem maior, e isso não interessava a moscou que não queria concorrentes a líder do mundo eslavonico..

Quando se fala do norte de Portugal, temos um caso allien.

não, tras os montes tem residuos judeus e baixa densidade populacional..ma localização geografica diante do centralixo economico iberico..basta ver que mesmo a galiza sendo a mais pobre e isolada da economia espanhola, ainda assim comparada com portugal..

Lisboa deve ser mesmo uma mourisca do caracas.

ou sub-isso..basta ver os niggers em suas praias..

o rio tambem só tinha niggers e era rico por que vivia de subsidios muito antes de produzir a sua primeira gota de petroleo, que alias nem é sua e sim do norte fluminense (campos e afins/baixo paraiba do sul); de 1808 a 1960/75 o rio vivia igual a lisboa..só de parasitar o resto!dinamismo dos niggers locais?claro que não..na verdade ate hoje sp só recebe 1 de cada 10 reais e o sul 1 de cada 25 que manda..e muito disso vai pra investimentos federais no rio e bahia..

P.S.: Eu nao concordo com o centralismo de Lisboa. Acho que o norte de Portugal e' tambem muito roubado pela sua propria corrupcao, e que de certa forma acaba por fugir para Lisboa. Mas nao me venham depois ca com argumentacoes de que "ai a politica economica nao influencia nada, e' tudo genetico", porque senao tem que responder a isso ai a cima!

ta, mas eu ao menos não ignoro os 45% do meio, mas tu ignoras os 55% dos gens e bases naturais..e aí, hein?

29 de outubro de 2010 às 06:02:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

não, tras os montes tem

residuos judeus e baixa

densidade populacional..

ma localização geografica

diante do centralixo

economico iberico..

basta ver que mesmo a

galiza sendo a mais pobre e

isolada da economia

espanhola, ainda assim

comparada com portugal..

29 de outubro de 2010 às 06:05:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

ou sub-isso..basta ver os

niggers em suas praias..

o rio tambem só tinha

niggers e era rico por que

vivia de subsidios muito

antes de produzir a sua

primeira gota de petroleo,

que alias nem é sua e sim

do norte fluminense (campos

e afins/baixo paraiba do

sul)

de 1808 a 1960/75 o rio

vivia igual a lisboa..

só de parasitar o resto

dinamismo dos niggers

locais?claro que não..

na verdade ate hoje sp só

recebe 1 de cada 10 reais e

o sul 1 de cada 25 que

manda..e muito disso vai

pra investimentos federais

no rio e bahia..

29 de outubro de 2010 às 06:05:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

ta, mas eu ao menos não

ignoro os 45% do meio, mas

tu ignoras os 55% dos gens

e bases naturais..e aí,

hein?

29 de outubro de 2010 às 06:05:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

ah, e quem entrou pro clubinho da preferencia federasta foi pernambucocô em terceiro lugar..por causa do mula que é de la..

29 de outubro de 2010 às 06:06:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"E não só. Também há uma «extrema-direita» forte no terceiro-mundo, a dos conservadores beatos. Qualquer esquerdista medianamente intelectual gritava já aqui por causa da Nicarágua de Somoza e do Chile de Pinochet, e também o regime da Colômbia."


Pois, mas esses antigos regimes de extrema-direita da América Latina deram hoje lugar a regimes esquerdizados onde a direita praticamente não existe e as elites constituem-se por gente da esquerda/extrema-esquerda, tipo o que acontece em parte connosco.
É claro que aqui a coisa não é tão grave, mas também era só o que faltava, nós somos primeiro mundo e por isso nunca poderíamos ser como uma república das bananas.






"Também, mas não é isso o mais importante. É a prática que mais conta, para a maioria. Outro exemplo: é praticamente ponto assente que o PSD constitui o maior partido da Direita em Portugal.
Ora o PSD é, original e doutrinalmente, na sua raiz, um partido de Esquerda. Mas a esmagadora maioria da população não sabe disso - e se lho disserem uma vez, fica praticamente na mesma"


O PSD é originalmente de esquerda mas hoje é ideologicamente de direita, o BE é originalmente de extrema-esquerda e hoje continua a ser ideologicamente de extrema-esquerda independentemente do seu discurso para o público.



"Então está tudo dito. Percebes agora o real contexto do BE."


E o que tu não explicaste ainda foi porque é que no nosso país é um partido extremo-esquerdista que ocupa o nicho que nos outros países é ocupado por partidos de esquerda moderada. Já sei que dizes que a esquerda cá é mais conservadora e portanto o BE deve corresponder a uma coisa mais moderada lá fora, mas não mostraste provas.







"Deram deram, e de que maneira. Tanto ou mais do que cá. Por isso é que por exemplo no Reino Unido até há ministros negros e cá o próprio BE só concorre com listas quase inteiramente brancas - e nos seus cartazes mais recentes não se vê um único negro."


Quais são os partidos de extrema-esquerda a que a sociedade inglesa "deu trela" lá em Inglaterra? E O facto de a Inglaterra ter um ministro negro não é sinal nenhum de extremo-esquerdismo. Este teu contra-argumento não contra-argumentou o meu.
Quanto ao BE, se o BE não concorre com negros isso é porque simplesmente não existem negros disponíveis para isso, pois quando houver um negro minimamente inteligente lá pelos meandros da extrema-esquerda não duvido que o irão utilizar.

29 de outubro de 2010 às 12:41:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

"Por uma razão muito clara, sem aspas: lá não houve um 25 de Abril há escassos trinta e seis anos."

Espanha saiu do franquismo pouco depois de nós e hoje na política espanhola não há lugar de destaque para a extrema-esquerda, e embora não tenha lá havido um 25 de Abril, o extremo-esquerdismo poderia ter-se desenvolvido como reacção ao franquismo, mas hoje a extrema-esquerda não tem expressão lá e meu ver isso é assim porque Espanha é um país muito desenvolvido. Não estou a dizer que o atraso de um país se deve ao facto de a extrema-esquerda ter destaque, estou a dizer que o facto da extrema-esquerda ter destaque é um sinal de atraso de um país.
É isto que eu acho, pois as evidência para isso apontam, e enquanto não me apresentarem provas inequívocas de que estou errado é isto que vou continuar achar.





" Mas de resto, estás mais preocupado com os rótulos do que com outra coisa qualquer"


Não, não estou preocupado com os rótulos, estou preocupado com o nosso atraso, não sei onde dei a entender que o que me preocupava era a aparências, mas pronto...




"O que vejo o BE defender é o mesmo que os «Verdes» alemães defendem, em matéria de imigração."


Mais uma vez tentas misturar os discursos com as ideologias. Isso da imigração até a direita defende, até os minho-timoristas todos conservadores defendem e por acaso isso faz dos minho timorenses marxistas? Isso da imigração é percepcionado por todo o Ocidente como "o correcto", o que não é tido como correcto já desde há muito na maior parte do Ocidente são partidos "far-left" prosperarem nas sociedades como aqui prosperam, não importa o seu discurso, a sua fachada, importa a sua ideologia.

29 de outubro de 2010 às 12:42:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Ainda a propósito disto:

"Não esquecer também que no terceiro-mundo árabe a Esquerda quase nem se vê."


Quando eu falo do terceiro mundo falo do terceiro mundo que tem um modelo político e social ocidentalizado, tipo a América Latina e África, o terceiro mundo árabe (e islâmico no geral) não segue este modelo e portanto não pode ser usado para comparação connosco.

29 de outubro de 2010 às 20:39:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Isso é mais conversa da treta. A região mais pobre é Trás-os-Montes, mas logo a seguir vem o Minho:

http://www.mundoportugues.org/content/1/5292/regiao-norte-portugal-entre-mais-pobres-uniao-europeia-estudo/

Curiosamente, as maiores fortunas do País estão igualmente no Norte...
Quanto à Galiza, é das regiões mais pobres de Espanha, e por acaso até tem uma certa «tradição» judaica, passe a expressão.

Agora vir dizer que a culpa de tudo isto é do sangue judaico, sabendo-se, por outro lado, que os Judeus até têm fama de riquíssimos, é o cúmulo de já não ter conversa...

29 de outubro de 2010 às 22:24:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo quando tencionas publicar os meus comentários?...

8 de novembro de 2010 às 16:27:00 WET  
Blogger Caturo said...

«filham tras os montes é cheia de residuos judeus e é a mais pobre do norte..ai os judeus não foram subsidiados pelos brancos como são no ne dos eua e cia..»

Conversa da treta, porque os Judeus sempre tiveram fama de ricos e desenvolvidos. Inventa outra...



«eu ao menos admito que existe 55% dos gens e 45% do meio, »

Uma coisa é admitir a possibilidade de os genes influenciarem; OUTRA, bem diferente, é PARTIR DO PRINCÍPIO de que tudo se explica pelos genes, que é o que tu fazes.

8 de novembro de 2010 às 16:47:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Pois, mas esses antigos regimes de extrema-direita da América Latina deram hoje lugar a regimes esquerdizados»

Sim, mas isso não muda nada. Os países não mudaram a sua forma de ser, sucede simplesmente que vivem agora noutro contexto. Não mudaram a sua essência por causa de umas quantas revoluções armadas.

8 de novembro de 2010 às 17:27:00 WET  
Blogger Caturo said...

«onde a direita praticamente não existe»

Bem, a Colômbia é de Direita, e Direita assaz conservadora.



«O PSD é originalmente de esquerda mas hoje é ideologicamente de direita,»

Isso é duvidoso e discutível. Algumas das suas mais destacadas individualidades dizem claramente que não são de Direita, como é o caso de Cavaco Silva e de Pacheco Pereira.


Então está tudo dito. Percebes agora o real contexto do BE."

«E o que tu não explicaste ainda foi porque é que no nosso país é um partido extremo-esquerdista que ocupa o nicho que nos outros países é ocupado por partidos de esquerda moderada»

Porque os líderes desse partido souberam mascarar o discurso de uma forma sofisticada, o que até então não existia em Portugal de forma tão assumida e definida, que o PS é ligeiramente mais conservador ou menos extremista. Não é aliás por acaso que há quem diga que o BE tira votos à ala esquerda do PS. Os extremo-esquerdistas mais sofisticados do País foram simplesmente ocupar um lugar que nos outros países já estava preenchido por uma Esquerda caviar que em Portugal ainda era comparativamente - com os casos desses outros países - incipiente.

8 de novembro de 2010 às 17:27:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Já sei que dizes que a esquerda cá é mais conservadora e portanto o BE deve corresponder a uma coisa mais moderada lá fora, mas não mostraste provas.»

Que provas é que querias?



«Quais são os partidos de extrema-esquerda a que a sociedade inglesa "deu trela" lá em Inglaterra?»

Não conheço. E?...
Mas é mesmo preciso um partido de extrema-esquerda, quando a Esquerda reinante dá exemplos desses?
Já agora, a organização antifa que tem andado a atacar o BNP é de raiz comunista e tem como militantes vários líderes políticos ingleses de primeiro plano.



«O facto de a Inglaterra ter um ministro negro não é sinal nenhum de extremo-esquerdismo»

É seguramente sinal de maior receptividade da elite a algo que em Portugal ainda é difícil de conseguir.

8 de novembro de 2010 às 17:27:00 WET  
Blogger Caturo said...

«quanto ao BE, se o BE não concorre com negros isso é porque simplesmente não existem negros disponíveis para isso,»

Existem existem, que o BE já uma vez concorreu, em Oeiras, com uma cabeça de lista negra. Não obteve bons resultados... já agora, o que impediria o negro Mamadou Ba de ingressar como cabeça de lista no BE?



"Por uma razão muito clara, sem aspas: lá não houve um 25 de Abril há escassos trinta e seis anos."

«Espanha saiu do franquismo pouco depois de nós e hoje na política espanhola não há lugar de destaque para a extrema-esquerda,»

O caso espanhol não é constitui um bom exemplo, que a mudança de regime em Espanha não foi radical e violenta como em Portugal. Muita da Direita espanhola nunca foi destituída.
De resto, convém notar que o país teve mais de uma década de governo de Esquerda sem interregno.


«e embora não tenha lá havido um 25 de Abril, o extremo-esquerdismo poderia ter-se desenvolvido como reacção ao franquismo,»

Há um forte anti-franquismo em Espanha, e boa parte dele está no PSOE, partido do governo.



«mas hoje a extrema-esquerda não tem expressão lá e meu ver isso é assim porque Espanha é um país muito desenvolvido»

A meu ver, é porque não houve lá uma revolução radical. Até aos meados dos anos oitenta, a Espanha não era mais desenvolvida do que Portugal.



«estou a dizer que o facto da extrema-esquerda ter destaque é um sinal de atraso de um país»

Isso não é verdade, como o exemplo imediatamente acima demonstra - a Espanha não era mais avançada do que Portugal no dealbar da década de oitenta, antes pelo contrário.


«Mais uma vez tentas misturar os discursos com as ideologias»

Não, tu é que só te preocupas com os rótulos e esqueces a natureza das ideologias. Continuas por isso apostado em dizer que os Portugueses têm especial apreciação pela extrema-esquerda, quando na verdade o «grande» partido de extrema-esquerda que consegue notória quantidade de votos tem na verdade um discurso de Esquerda sofisticada, e deixou para trás, escondidas, as referências mais radicais.


«Isso da imigração até a direita defende, até os minho-timoristas todos conservadores defendem e por acaso isso faz dos minho timorenses marxistas?»

Não, porque não defendem a imigração da mesma maneira - para eles, a imigração só é boa se vier das ex-colónias africanas, e não de qualquer país do terceiro-mundo, como os da extrema-esquerda querem. Aliás, já ouvi Miguel Portas, do BE, a criticar o CDS por este querer só os imigrantes das ex-colónias.


«o que não é tido como correcto já desde há muito na maior parte do Ocidente são partidos "far-left" prosperarem nas sociedades como aqui prosperam,»

Não, porque o único «far-left» que aqui prospera tem na verdade um facies de «soft-left».



«Quando eu falo do terceiro mundo falo do terceiro mundo que tem um modelo político e social ocidentalizado, tipo a América Latina e África, o terceiro mundo árabe (e islâmico no geral) não segue este modelo e portanto não pode ser usado para comparação connosco.»

Pode sim, porque também segue em parte o modelo ocidental, visto que foi bastante ocidentalizado. Não é por acaso que por exemplo Saddam Hussein tinha um posicionamento ideológico socialista e (pelo menos) inicialmente laico; também não é por acaso que Kadafi é socialista.

8 de novembro de 2010 às 17:27:00 WET  

Enviar um comentário

<< Home