O PAPA «ECOLOGISTA» - E MUNDIALISTA

Recomenda-se vivamente que se dê uma valente vista de olhos a este artigo sobre a tendência mundialista do papa. Começa por observar a crescente aproximação do supremo vigário do Judeu Morto ao tema do ambiente, como está na moda - e a Igreja sempre soube colocar-se, tanto quanto possível, na crista da onda, esperteza nunca lhe faltou - isto apesar do escândalo recente sobre os cientistas que foram apanhados a dizer, em privado, que distorcem e inventam provas para justificar a teoria do aquecimento global. Na verdade, o que o papa acaba por fazer é lamentar que da cimeira de Copenhaga não tenha partido nenhuma decisão - e já se sabe que o que dali poderia partir seria uma decisão para punir os países ocidentais. Segundo o autor do artigo, o papa apela também a que surja uma nova autoridade política mundial, a coberto do pretexto de estabelecer uma política ecológica a nível mundial para, note-se, «gerir a economia mundial, restaurar as economias em crise, evitar a deterioração da crise presente e os grandes desequilíbrios daí advindos, trazer desmarmento integral e atempado, segurança alimentar e paz, para garantir a protecção do ambiente e regular as migrações...» Isto depois de ter dito que perante «o notório aumento da interdependência global», a ONU teria de se reformar no sentido de que «o conceito de família das nações adquirisse força real».

Ou seja, a coberto do «bem-estar da humanidade», o papa apela a que se estabeleça um governo mundial, com sacrifício das soberanias nacionais - um mundialismo em toda a acepção da palavra, novo imperialismo humanista.

Mais não faz o servidor máximo do Carpinteiro Crucificado do quer coerente - porque, de facto, o Cristianismo é em si mesmo um mundialismo espiritual. Os seus sequazes levaram a toda a parte uma acção de destruição das identidades espirituais nacionais, destruição dos altares dos Deuses Nacionais, com o intuito de impor a todos o mesmo Deus, a mesma moralidade, a queda das divisões e das fronteiras entre os homens, em nome do amor universal.

O que o papa agora declara é por conseguinte tão somente a continuação do que um dos principais doutores da Igreja, Justino o Mártir, tinha declarado, há mais de um milénio e oito séculos, que já aqui se repetiu aqui neste blogue inúmeras vezes e que novamente se recorda:
nós que antes matávamos e nos odiávamos e não compartilharíamos nosso lugar com pessoas de outra tribo devido a seus [diferentes] costumes, agora, depois da vinda de Cristo, vivemos juntos com eles.

Não admira pois que a Igreja esteja cada vez mais empenhada, abertamente, no combate contra o Nacionalismo - porque, tal como o resto da elite dominante, da qual é mãe, ainda que os seus «filhos» muitas vezes não o saibam, a Igreja reconhece na força política nacionalista o único obstáculo sério à concretização de um mundo sem fronteiras, no qual todas as identidades estejam já aniquiliadas ou submetidas à moralidade do Amor Universal, inimigo do que de mais nobre existe na Natureza.